Capítulo cinco

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NA: Antes tarde do que nunca não é mesmo? voltei com a fic! *-*


Não sabia bem como reagir em uma situação como essas, será que ele ia me beijar? bastante nervosa afastei meu rosto e ele parou, acho que sentiu envergonhado pelo que tinha feito.

-Desculpe.- Ele disse um pouco sem jeito.

-Tudo bem..-Respondi respirando forte pelo nervosismo.

Fui caminhando rápido pra casa com meus sentimentos a flor da pele, só conseguia pensar naquilo que tinha acontecido, fico me perguntando se chamei a atenção dele o que será que ele viu em mim? Assim que chego em casa escuto minha mãe falar com alguém no telefone parece que era o meu pai, isso me tirou a atitude de Scott da cabeça um pouco mas fui apenas pro meu quarto e fiquei olhando pela janela, também me pergunto se Scott está morando com sua mãe ou se ele saiu de casa quando começou o estagio, isso tudo é muito estranho. Tomei um banho quente e vesti meu pijama depois voltei pra janela e por fim me deitei na cama, estava sem sono e entediada não queria dormir e não sabia bem o que fazer, peguei meu notebook e comecei a navegar pela internet só que o problema agora é o seguinte: "Sobre o que eu pesquiso?" pois é acabei não sabendo o que fazer, não queria entrar em nem uma rede social pois sempre achei essas coisas muito sem graças, não sei por que mas prefiro muito mais os livros, por fim acabei entrando em um site de compras online e comprei um colar que achei legal, depois fui tentar dormir.

No dia seguinte eu me acordei bastante cansada por que demorei horas pra dormir, tive que me levantar de qualquer maneira o meu amado despertador sente todo prazer em me acordar pra me ver rastejar até o banheiro e me lavar pra tentar acordar e ficar normal, depois de pronta já estava quase saindo quando meu pai chega em casa.

-Oi pai!.-Eu disse o abraçando e feliz por ver ele.

-Oi Grace.-Ele respondeu passando as mãos nos meus cabelos.

Conversei um pouco com meu e ele se ofereceu pra me levar a escola, nós fomos como sempre sem conversar muito e ele me disse que viria me buscar pra gente comer um hambúrguer depois, logo encontrei Maik junto com seus amigos tímidos e ficamos esperando as aulas começarem, Maik era basicamente o único que eu considerava ser meu amigo de verdade naquele lugar fora Scott, tinha Lisa mas eu só falava com ela no ônibus de vez em quando.

-Não vai mesmo no baile né?.-Ele perguntou logo depois do sinal tocar.

-Não mesmo, desculpa.- Respondi me despedindo dele e dos amigos e indo pra minha primeira que seria de artes.

O dia se passou normalmente, procurei não pensar muito em certos problemas e quase esqueci que meu pai viria me buscar depois da aula, assim que entrei no carro ele disse OI e eu respondi quase imediatamente e tudo e passou como sempre até que meu pai passou em frente da minha casa e não parou.

-Pai, eu ainda estou aqui dentro.- Falei pensando que talvez ele tivesse me esquecido.

-Filha... Você vai ficar comigo algumas semanas.- Ele respondeu olhando pra frente.

-Tudo bem, mas por que?.- Eu perguntei.

-Bom é que ainda não decidimos certas coisas e em quanto isso não tiver certo acho melhor você ficar comigo.- Ele respondeu dessa vez olhando pra mim.

-Então a minha mãe não sabe disso.- Afirmei.

Ele não respondeu e continuou dirigindo, por um momento não acreditei que aquilo estava acontecendo, meu pai me sequestrando?

-Ela vai surtar.- Disse por vez e me estiquei no banco.

Assim que chagamos no apartamento em que meu pai estava fui rapidamente ligar pra minha mãe pra contar tudo, pude sentir que ela estava quase chorando assim como eu e foi só ai que me dei conta da raiva que estava sentindo, como ele foi capaz?.

Demoramos bastante no telefone até que ela pediu pra eu ir dormir e disse que iriamos resolver tudo isso amanhã e não me deixaria ficar nem mais um dia com meu pai. Em parte eu até entendo mas ele é meu pai e eu não quero que coisas ruins aconteçam por minha causa.

-Eu pedi piza.- Meu pai disse se sentando ao meu lado no sofá.

Fiz que sim com a cabeça e ele suspirou.

-Sei que não entende mas é o melhor agora.-Ele disse olhando em meus olhos.

-Pai, eu não quero conversar...-Disse olhando pro chão por que sabia que estava prestes a chorar.

-Tudo bem...-Ele respondeu compreensível.-Acho que a piza já está chegando.- Se levantou e saiu da sala.

Não estava com sono mas acabei dormindo de tão exausta que eu estava. No dia seguinte meu pai me acordou com um pouco de atraso pra aula ele me levaria já que eu nunca chegaria em menos de 02:00hrs. Me arrumei bem rápido e sem falar com ele, comemos panquecas também em silencio apenas com rápidas trocas de olhares. Chegamos na escola e ele me disse tchau mas fingi não ter ouvido e fui andando em direção a sala de aula onde teria aula de História. O dia se passou normalmente e bem chato, talvez por que eu não teria Biologia hoje.

Quando saí da escola minha mãe estava lá na frente e fui em sua direção, ela já me abraçou toda desmanchada em lagrimas.

-Querida.-Ele disse ainda me abraçando.

-Mãe.-Eu respondi.

Nós estavamos quase indo pra casa quando o carro do meu pai aparece na esquina e para na vaga a nossa frente, ele desce do carro e vem em nossa direção.

-Vamos filha.- Ele disse pegando na minha mão.

-Eu não vou com você.-Respondi soltando a mão dele.-Quero ficar com a minha mãe.

Ela o olhou como se dissese "Oque vai fazer agora?"

-Vamos logo, todos sabemos que isso é melhor até tudo se acertar.- Ele disse pegando na minha mão com mais força.

-Eu não quero!.- Respondi.

-Solte minha filha.- Minha mãe deu um passo a frente.

-Amanhã nós conversamos, mas hoje ela irá comigo.- Ele disse por fim.

Nunca vi meu pai dessa forma, me lavou até o carro e me colocou dentro com um facilidade incrivel e eu estava a todo momento lutando pra me soltar, minha mãe tentou empedir mas não conseguiu, ele entrou no carro bateu a porta ligou o motor e saiu deixando ela ficar sozinha lá atraz.

-Pare esse carro!.- Eu gritei, mas ele acelerou a velocidade.

-Pai para agora!.- Gritei de novo, ele estava indo muito rapido e eu estava com medo

-Não vou permitir o desmoronar desta familia.- Foi o que ele disse

Nesse ponto eu já estava chorando, convivi tanto tempo com um homem que se revelou outro agora diante dos meus olhos.

-VOCÊ É LOUCO!.-Gritei alto e com toda fúria contida em mim e deu um forte tapa em seu rosto.

Meu pai ficou me olhando sem reação, ele estava espantado mas a velocidade não deu trégua, ele acabou avançando um sinal e um caminhão enorme colidiu em cheio com o carro.

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⏰ Última atualização: Mar 15, 2016 ⏰

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