Vampira? Não pode ser!

5 1 0
                                    

Dias Depois

¬ Será que ela morreu? Perguntava o menino que se chamava Maurício, ele estava preocupado com Mille, pois ela não acordava fazia 5 dias, todo dia ele sentava-se ao lado dela na cama e conversava com ela, ele se apresentava, deixava comida no criado-mudo e ia se deitar com a esperança de que no próximo dia ela iria acordar.

Enquanto isso na tribo, os monstros estavam preocupados com Mille, pois ela ainda não havia aparecido, durante esses 5 dias eles ficaram sem rumo, ainda um pouco bestas com o ocorrido na luta entre os vampiros, aquele raio verde de Mille tinha assustado a todos nenhum se quer havia achado isso normal, pois Mille era uma humana, ou para eles tinha deixado de ser desde o momento em que matou aquela vampira, mas em meio a essa confusão um dos monstros lembrou que Mille só matou aquela vampira por que aquela mesma vampira, à mordeu, todos começaram ou pelo menos tentaram raciocinar se aquele seria ou não o motivo dela ter fugido, sumido ou qualquer outra coisa para eles... Mas eles decidiram deixar aquele assunto um pouco de lado e foram em busca de comida, os machos saíram e foram para a floresta, as fêmeas ficaram para cuidar das cabanas, longe dali na montanha, ainda havia muita fumaça, e logo os monstros perceberam, ao chegarem lá eles observaram tudo e viram um pedaço de pano preso em um dos galhos, um deles escalou a montanha e conseguiu pegar, logo desceu quando conseguiu identificar aquele pano, era do vestido utilizado por Mille, então voltaram correndo para a tribo e mostraram o pedaço de pano para as fêmeas que ficaram mais preocupadas ainda.

Na casa de Maurício, enquanto ele dormia, Mille se movimentava na cama, até o momento em que ela acordou, se levantou e acabou perdendo o equilíbrio e caindo, levantou-se e saiu, foi em direção a escada e desceu, deu de cara com a cozinha e como estava faminta, com 5 dias deitada sem comer nem beber, atacou o armário, pegou doritos, ruffles, nutella, e foi comendo tudo, pegou um refrigerante que estava na geladeira e começou a beber, quando de repente sentiu um embrulho no estômago e jogou tudo para fora, lavou o rosto na pia da cozinha e foi para o banheiro, abriu o armário e viu que tinha uma escova de dentes usada e outra ainda na embalagem, abriu a da embalagem e escovou os dentes, logo depois saiu e desceu novamente, foi para a cozinha e viu que tinha uma porta, abriu-a e ficou maravilhada, havia um jardim muito bem cuidado, com flores de todos os tipos, orquídeas, rosas, cravos, lírios, e outras, tudo muito colorido, Mille observava tudo até que focou em uma flor muito diferente, o que chamou sua atenção, era uma flor branca com riscos verdes e roxo, seu formato era bem diferente, era uma circunferência, e no meio dela tinha um formato como se fosse uma rosa, pétalas com as bordas onduladas e uma pedra brilhante como miolo, Mille ia tentar pegar quando uma voz atrás dela a assustou,

¬ É de outro país... Por isso o formato estranho. Falou Maurício que observava atentamente os seus movimentos, de repente um silêncio matador se instalou no local, o que deu a Maurício a vontade de quebra-lo,

¬ Mas mesmo sendo linda e bem diferente ela ainda precisa de muita proteção. Falou colocando um cilindro sobre a flor, fazendo com que Mille não pudesse mais ver a tão linda flor estrangeira.

¬ Com licença. Foi a única coisa que Mille disse durante todo esse tempo em que estava na presença de Maurício, mas antes de passar pela porta ela parou e se virou,

¬ Lindo seu jardim, eu esperava que você continuasse cuidando dela mas acho que não será possível...

¬ Por que?

¬ Por isso... Mille alcançou sua velocidade máxima e sem perceber atacou Maurício, que estava imóvel, do mesmo jeito que Mille o deixou antes, se separou rápido Maurício e jogou todo o sangue dele para fora, Maurício imóvel do jeito que estava, se moveu e foi até Mille,

¬ Você é uma iniciante... Falou e Mille o olhou com cara de desentendida, ele percebeu que ela estava assustada e pegou um banco que estava próximo para ela sentar,

¬ Você não está entendendo nada não é? Perguntou Maurício... Mille apenas assentiu e ele continuou,

¬ Bom você é uma iniciante no vampirismo, ou seja, você me atacou pensando que eu era um humano e como vampiros não toleram sangue de vampiro acabam vomitando e com isso você pode entender que eu também sou um vampiro.

¬ Eu não sou vampira. Tentava afirmar Mille, mas era em vão, pois, seus dentes afiados e seus olhos vermelhos confessavam tudo,

¬ Então me explique o que são esses dentes afiados e esses olhos vermelhos. Falou Maurício pegando um espelho e dando a Mille que, quando viu se reflexo ficou pasma e ao tocar seus dentes afiadíssimos começou a chorar,

¬ Eu não posso ser uma vampira, olha a minha marca. Falou soluçando e mostrando seu raio verde que já não tinha mais o mesmo brilho de antes.

¬ E olha isso. Falou Maurício passando a mão na marca de Mille fazendo aquele raio verde e sem brilho sumir.

¬ Mas eu estou com uma dúvida, se eu sou uma vampira só posso me alimentar de sangue humano e você também, porque sua casa é cheia de biscoitos e salgadinhos, refrigerantes?

¬ Ninguém nesse mundo, tirando você é claro, sabe que eu sou vampiro e eu tenho amigos que vem aqui em casa de vez em quando e são humanos então eles se alimentam de comida humana.

¬ Ahh, onde você se alimenta? Por que eu estou morrendo de fome.

¬ Haha, vem eu te levo ao meu estoque, mas hoje é só um, porque já está anoitecendo.

Eles entraram e Maurício levou ela para uma sala onde tinha um frizzer cheio de bolsas de sangue, ele tirou um e deu para Mille que bebeu tudo em um minuto,

¬ Hm, que delícia.



Monstros ✔Where stories live. Discover now