Capítulo 6 - Meow!

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Hayanna's mode on

Pouco depois de me trancar aqui, eu ouço passo descendo a escada e batidas na porta de vidro. Ainda estou sem forças para enfrentar o maremoto que está por vir.
Como vou concertar a vida do Ask?
Ouvi batidas na porta e a voz do Lucca, dizendo:
- Pode sair se quiser, ele já foi. Acho melhor subir.
Abri a porta e subi, logo atrás dele. Fui pro meu quarto e sentei na cama, encostada na parede. Ele me seguiu e deixou as sacolas perto da porta, antes de entrar e se sentar também.
- Quer falar sobre isso?
Balancei a cabeça negativamente. Ele sai do quarto e fecha a porta atrás de si. Depois de uns 10 min. ele volta com duas xícaras de chá. Ouço ele batendo na porta com o pé e abro. Ele me entrega uma e fica com a outra.
- Obrigada.
Sentamos na cama denovo e digo:
- Esse rapaz que você viu... Ele é o Askeron...
- Pensei que não queria falar sobre isso.
Ele diz me interrompendo.
- E não quero, mas também não quero continuar escondendo esse segredo de você. Eu não sou daqui. Na verdade, não sou desse mundo.
Ele arregala os olhos e me interrompe de novo
- V-Você é um alien?!
- hahahahah, não. Na verdade, eu sou desse mundo, só que de um tempo distante. Podemos dizer que eu tive 3 vidas e me lembro de todas. Eu conheci o Ask na 1° vida. Isso foi na idade média, mais ou menos. Nós éramos Escolhidos, os feiticeiros mais poderosos da luz e das trevas. Mas depois de algumas coisas, ele morreu naquela vida e... - Senti a dor daquele dia voltando e me esforcei ao máximo para poder conter as lágrimas - Não poderia continuar naquele mundo sem ele. Eu o amava demais. Recebi uma segunda chance e resolvi deixar tudo pra tràs por ele. Fui avisada de que seu eu o encontrasse, se visse o Ask uma vez se quer... Arruinaria tudo. Ele não seria mais feliz. E fiz merda! O que eu faço Lucca?
Perguntei colocando a xícara de lado e me jogando em seus braços e encostando minha cabeça em seu ombro. Ele gentilmente, acariciou meu cabelo e disse:
- Tá tudo bem, tudo vai ficar bem. Não se preocupe, vamos dar um jeito em tudo. Eu vou te ajudar.
Obrigado Lucca
Fechei os olhos e senti seu cheiro de perfume que ocultava o aroma do café, da canela e de shampoo. Senti ele beijando a minha testa e me encostando na cama. Ele de levantou e quando estava saindo, eu disse:
- Deveria parar de usar perfume, oculta seu cheiro.
Abri um dos olhos e vejo ele sorrindo, antes de apagar a luz e fechar a porta.
Acredito que adormecido, porque quando acordei, era noite e eu estava faminta. Não tinha comida e Lucca estava dormindo. Saí da cafeteria procurando um restaurante aberto e achei um mais rápido do que imaginei. Depois de comer, no caminho, encontrei um gato preto ainda pequeno. Ele estava dentro de uma caixa de papelão, com um lenço. Ao ouvir o som de um trovão , abri o guarda chuva e peguei o gato no colo.
Eu mesma vou cuidar dele
Ao chegar na cafeteria, Lucca está sentado na mesa da cozinha e assim que entro, me bombardeia de perguntas:
- Onde estava? Estava com alguém? Que gato é esse? Olha a hora mocinha! Quer me matar?
Acho que deixei alguem preocupado
- Eu estava com fome e saí pra comer. - respondi enquanto pegava uma tigela para colocar leite pro felino - Fui num restaurante aqui perto e voltando, achei o gato.
- E vai ficar com ele sem nem falar comigo antes?
- Se você não quiser ficar com ele, eu o coloco na rua de novo. Mas está chovendo, ele vai ficar molhado, quem sabe doente e pode até morrer, aí culpa vai ser toda sua.
Ele passa a mão pelo pescoço desconfortável e cede a culpa:
- Aah, tudo bem senhorita, podemos ficar com o gato. Qual vai ser o nome?
- Shiro!
- Mas Shiro não é branco em japonês?
- Por isso mesmo, ele é preto e tem o nome de branco.
Deixo o Shiro no chão, com a tigela de leite e abraço Lucca:
- Obrigado por hoje, sinceramente achei que seria um desastre.
Senti seu cheiro de café, canela e shampoo. Me afastei um pouco e disse:
- Você sem perfume?!
- Err, você falou pra mim parar de usar...
- Ficou melhor assim.
Sorri e ele, com as bochechas coradas, disse:
- Deveria parar de cheirar as pessoas, é estranho.
Meu breve sorriso se desfaz e vou pro meu quarto.
Qual é a dele?! Achei que estávamos nos dando bem, até ele dizer que cheirar os outros é estranho. Eu não fiz por mal. Se ele não gosta, tudo bem. Não comento mais nada então. :(

Hayanna's mode off

Lucca's mode on

Depois de fechar a porta, vou tomar um banho. Assim que saio do banho, pego o frasco de perfume e ouço a voz da Hayanna na minha cabeça
Deveria parar de usar perfume, oculta seu cheiro
Coloco-o de volta no lugar. Volto pro meu quarto e começo a fazer as contas da cafeteria
Começamos a vender mais desde que ela veio pra
Depois de algum tempo, fico com sono e vou tirar uma soneca. Assim que acordo, percebo que a Hayanna não está no quarto e nem em nenhum outro lugar. Penso em ligar para o telefone dela, mas ela não tem um. Assim que olho no relógio pela 10° vez, ouço a porta da frente abrindo.
Finalmente...
Ouço ela subindo as escadas e um miado
Mas que porra...?!
Sem pensar, as palavras escapam da minha boca:
- Onde estava? Estava com alguém? Que gato é esse? Olha a hora mocinha! Quer me matar?
Ela parecia surpresa, tanto quanto eu.
- Eu estava com fome e saí pra comer. - ela respondeu - Fui num restaurante aqui perto e voltando, achei o gato.
- E vai ficar com ele sem nem falar comigo antes?
- Se você não quiser ficar com ele, eu o coloco na rua de novo. Mas está chovendo, ele vai ficar molhado, quem sabe doente e pode até morrer, aí culpa vai ser toda sua.
Passo a mão pelo pescoço, desconfortável. Não é culpa, mas o gato é até fofinho e ela parece feliz com ele.
- Aah, tudo bem senhorita, podemos ficar com o gato. - digo desistindo - Qual vai ser o nome?
- Shiro!
Ela diz animada. A ponta do seu cabelo está úmida, acho que estava chovendo lá fora.
- Mas Shiro não é branco em japonês?
- Por isso mesmo, ele é preto e tem o nome de branco.
Ela deixa o gato no chão e me abraça. Sinto seus braços em volta de mim e é confortável. Ela se afastou um pouco e disse:
- Você sem perfume?!
- Err, você falou pra mim parar de usar...
Passei a mão na nuca de novo, desconfortável.
- Ficou melhor assim.
O.o
Ela dá um sorriso tímido.
Por que ela fica me cheirando?
E as palavras escaparam da minha boca novamente:
- Deveria parar de cheirar as pessoas, é estranho.
Assim que escuto o que disse e vejo seu sorriso desaparecendo, percebo que fiz merda.
(╯︵╰,)
Ela vai andando até o seu quarto e fecha a porta atrás de si.
- Mas que merda!
Meu celular toca, é a Daisy. Ela quer sair amanhã. É, acho que minha noite vai acabar assim. Uma merda!
( ̄へ ̄)

Lucca's mode off

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