Caçador

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Um ano depois

–Tio Cez! –Os gêmeos gritaram ao mesmo tempo quando viram na tela da Tv que o personagem do dito "tio" tinha ganhado a luta no vídeo game. Caio e Cleo podiam ter 4 anos, não entender muito bem o que estava acontecendo no jogo, mas quando viam as letras indicando "You Win!" e o grito de felicidade de Cezar, sabiam que ele tinha ganhado.

–YEAHH! Eu ganhei! –Falou o lobinho de cabelos brancos, se levantando e começando a fazer uma dancinha da vitória. Os menores riam, se divertido com a situação.

–Tsc... –Resmungou Angel –Não deveria ficar tão animado por me vencer em um joguinho... –De fato, não sabia jogar aqueles games, achava ilógicos além de não serem nada reais. Entretanto, seu melhor amigo era expert em tais jogos.

–Você é um mal perdedor! –Cez estirou a língua –Lógico que devo ficar feliz e comemorar!

–Angel é...- Começou a falar Cleo.

–Mal perdedor! –Completou Caio.

Os gêmeos começaram a rir ao verem o rosto irritado do pré-adolescente.

–Cuidado crianças! O lobo mau irá atacar! –Dramatizou Cezar se jogando na frente dos sobrinhos.

–Agora além de perdedor sou mau? Bem...-Angel sorriu –Vou te mostrar minhas habilidades como um caçador...E veremos quem é o verdadeiro ganhador aqui!

O garoto de cabelos prateados engoliu em seco.

–Cleo e Caio! Corram! –Mandou e os gêmeos logo obedeceram saindo correndo dali acompanhado de Cezar.

–Vou dar 10 segundos de vantagem para vocês...- Diz o mais velho se levantando.

–Angie! –Chamou Cez na saída da sala, o loiro levantou os olhos para olhar para o amigo que apenas estirou a língua provocando-o.

–Quer saber... Dane-se a vantagem! –Rosnou.

–Oh!...O lobinho ficou irritado?- Riu baixo o outro voltando a correr, a perseguição tinha começado. Os quatro corriam pela a grande casa, risos e gritaria eram ouvidos.

–Os dias de silêncio verdadeiramente acabaram...- Falou Amélia sorrindo com o que ouvia, as brincadeiras dos filhos realmente alegravam a alcateia. A loba lavava os pratos na cozinha, sobre o embalado da música emitida pelos lábios de Pablo que tentava embalar sua filha.

–Eles podiam fazer um pouco mais de silêncio...Principalmente enquanto estou tentando fazer Petúnia dormir! –Resmungou o Beta, o bebezinho em seu braço choramingava.

–Eles são filhotes, Pablo...A alguns anos atrás, se bem me lembro, era você e Trevis que estavam correndo pela floresta brincando... Eram tão fofos! Me lembro quando retornavam para casa cobertos de lama e resto de folhas... Tão levados!

O rapaz corou, a sua filha soltou uma risadinha, talvez tivesse gostado da reação do pai.

–Amélia, isso faz muito tempo! –Resmungou.

–Não tanto tempo assim... Só por que agora tens uma filha não te faz um adulto! –Piscou a loba para o jovem Beta.

– Mas... –Não pode se defender por que o bebê em seus braços começou a chorar. O Beta suspirou longamente, as vezes se perguntava se fizera a escolha certa... Se realmente Petúnia ficaria mais feliz sendo criada por ele. Mas, a realidade era que não tinha outra opção, a "mãe" dela a havia rejeitado, teria que se esforçar para ser o pai-mãe do seu filhote! Não iria desistir e nem desanimar...

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