Parte 15

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Mateus

Ainda estava muito frustrado com toda aquela situação, já fazia um bom tempo que a Bruna trabalhava para mim, por que tão repentinamente ela resolveu me deixar? Sempre fui um bom chefe, não entendo o motivo para tão ação. Enfim, eu estou decidido a esclarecer toda essa situação, hoje a noite irei atrás dela a procura das respostas que tanto flutuam em meus pensamentos.

Sigo para casa depois de um bom dia de trabalho, preciso descansar para ir até a casa da Bruna resolver essas questões. Durante o trajeto até a minha casa fui pensando em quais motivos a teriam levado a deixar o emprego como minha secretaria, seria o salário? Não, ela ganhava muito bem, não poderia ser isso. Seria o ritmo do trabalho? Não, acredito que não, Bruna sempre foi bem organizada e sempre cumpria com suas tarefas no prazo combinado, mas então o que poderia ser? O problema seria eu? Tudo bem que errei com ela, mas problemas pessoais não se misturam com problemas profissionais.

Chegando em casa retirei minhas roupas e tomei um banho gelado para despertar, comi uma boa salada de frutas para poder deitar e dormir um pouco, afinal, preciso evitar comer coisas pesadas antes de dormir.

Deitei e agarrei no sono, meu celular iria me avisar o momento de levantar, preciso descansar bem para poder ir e conversar com ela, não posso chegar lá com cara de quem deitou e não dormiu.

Dormi por um bom tempo até dar a hora, e quando levantei coloquei uma calça social mais descontraída, uma camisa social branca, e peguei as chaves do meu carro e segui até a casa dela. O caminho todo senti um frio tomar conta do meu corpo, meu coração batia de forma descompassada e parecia que eu ia travar na hora de falar algo para ela. Não entendia o motivo para tal reação, estava parecendo um adolescente apaixonado que estava prestes a dar o seu primeiro beijo.

Ignorei todos os sentidos do meu corpo e tomei impulso para seguir em frente, já estava quase chegando na casa dela, e não seria um moleque a ponto de voltar para trás, já estava aqui e seguiria em frente.

Quando finalmente cheguei em frente a casa dela, respirei fundo antes de descer do carro, eu podia sentir o meu coração batendo forte, sinto o seu pulsar na garganta e minhas mãos transpiram muito. Abro a porta do carro e desço, sigo até a casa dela e toco a campanhia, espero aflito mas ninguém atende, toco novamente mas dessa vez coloco meu ouvido sobre a porta para tentar ouvir algum barulho, as luzes estão acesas e tenho quase certeza de que ela está em casa. Volto a tocar a campanhia mas ninguém me atende, minha mente já começa a pensar mil coisas até que ouço um barulho de vidro sendo quebrado, olho para cima em direção da janela e vejo que vem do quarto dela, como eu sei que é o quarto dela? eu já estive aqui, mas calma, foi apenas para tratar de negócios sobre uma reunião com Bruna.

Será que ela está com alguém? Alguma visita? Ou algum... homem? Desesperado volto a apertar a campanhia freneticamente, não vou sair daqui até que ela abra essa porta. Depois de tanto insistir, a porta é aberta revelando uma Bruna descontraída, sempre vejo ela vestida em trajes formais, mas vê-la assim vestida da mesma forma do dia em que se entregou para mim, me deixa desnorteado.

- Oi, será que eu posso entrar? - Pergunto com a minha voz o mais suave possível.

- Ma... Mateus... - Diz ela quase que de forma inaudível.

- Sim, sou eu - Disse sorrindo - Parece surpresa ao me ver.

- Sim, quer dizer... Eu só não esperava você aqui...

- Tudo bem, mas será que eu posso entrar? Aqui fora está vetando muito. - Disse sorrindo.

- Claro, me desculpe. - Disse corando e dando passagem para que eu entrasse. - Entre.

Executivo PossessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora