Capitulo 12

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Emalinne on

Se quero ir embora não posso ficar sentada aqui, levanto e vou andando pela estrada, o Justin vai me pagar por isso, eu espero que ele nunca mais olhe na minha cara.

Já estou andando cerca de 30 minutos e eu ainda não sei aonde estou, isso que dá nunca sair de casa e quando saio não faço nem ideia dos bairros. Vou andando mais um pouquinho e passa um carro e para na minha frente.

" Menina porque tá andando na estrada sozinha? Não sabe que é muito perigoso?" São uns 3 caras no carro, bom na verdade eles nem queiram saber o porque.

"É uma história longa." Eu digo apertando meus braços em mim já que estava de noite e ficando muito frio.

"Entra aí, nós estamos indo pra cidade, lá você pode pegar um ônibus pra qualquer lugar." Eles riem um pouco.

Eu olho em volta, aqui só tem árvores e está uma escuridão, melhor mesmo é aceitar essa carona, não se sabe quando  vai aparecer pessoas de má intenção. Entro no carro e me sento do lado dos dois que estão atrás. E eles se entreolham.

"Não se incomoda de chegar um pouquinho tarde em casa né? Porque vamos pegar um atalho pra chegar mais rápido a cidade." O moço que está dirigindo me pergunta.

"Er.. Acho que não." Se bem que não faz muito sentido o que ele falou mais ok, tanto que chegue em casa.

Só percebo as ruas ficando cada vez mais escuras e parecendo ficar mais longe da cidade.

"Você é bem gostosinha." Um deles que está sentado do meu lado diz passando a mão na minha perna.

"VOCÊ TÁ DOIDO?" Eu grito assustada, isso não foi uma boa ideia, eu to com mal pressentimento.

"Calma aí branquinha, a gente te fez um favor e você faz um pra gente." O outro diz passando a mão na minha nuca.

"Eu acho melhor você tirar a porra da sua mão fedorenta de mim seu porco." Digo e cuspo na cara dele.

"Você não devia ter feito isso sua idiota." Ele vira pra fazer alguma coisa comigo quando o motorista interrompe.

"Vocês dois seus idiotas parem com essa porra." Pelo menos alguém aqui presta. Ele para o carro e não estamos na cidade grande, aqui é o interior, eu já estive aqui perto no dia que segui o louis até a casa dele. O que eles vão fazer comigo?

"Deixem eu ser o primeiro." O motorista diz e apaga a luz do carro e passa pra parte de trás. Ele vem passando a mão em mim e tentando me beijar, dessa vez eu travo a boca e não desiste e vai passando a mão por dentro dos meus peitos enquanto os outros me seguram.

"PAREM, POR FAVOR, ME DEIXEM." Eu grito mas ele me dá um tapa na cara.

"Cala a boca sua vadia." Ele me dá outro tapa. Me esperneio tentando me soltar mas eles são mais fortes que eu e me seguram ainda mais forte e eu continuo gritando.

"Se for uma menina boazinha a gente ainda te leva em casa." O outro menino da ponta diz.

Essa hora eu já estou chorando e não aguento mais gritar, acho que dessa vez ninguém vira me salvar, e eu fico pensando, eu sou uma aberração pro mundo. Sabe eu nunca fiz nada de mal a ninguém, e já é a segunda vez que tentam me estuprar.
Ele agora rasgou minha blusa fora e está chupando meus seios, eu não sinto nada, apenas nojo. Cada lágrima é como um soco na minha cara por ter entrado em um carro com um monte de homens.

"O mano não perde o foco da missão." Um dos caras que menos falou diz pro motorista, e ele apenas termina de arrancar o resto da minha roupa, me deixando no meio da rua apenas de calcinha e sutiã.

"Não se meta mais com ela ou virá muito mais." Eles disseram assim que me largaram aqui semi-nua.
Eu não faço a mínima ideia do que eles estavam falando. Continuo caminhando chorando e recebendo muitos olhares de homens que estavam em grupos nas ruas, homens com má olhares.

"O que está fazendo aqui e assim?" Essa voz, viro e me dou de cara com louis. Eu deveria saber que o encontraria em algum lugar por aqui porque a casa dele é só mais uns cinco minutos daqui. O abraço fortemente chorando.

"Louis você não sabe o quanto eu estou feliz por te ver. por favor me ajuda a voltar pra casa." Eu digo saindo de seus braços e enxugando minhas lagrimas.

"É claro. Hum, vamos na minha casa antes ok? Não é bom que você fique andando por aí assim." Ele me dá o casaco dele que é como um vestido pra mim e me veste, agora nem dá pra perceber que estou sem nada.

Chegamos a casa dele e uma moça está sentada na sala vendo tv e quando ela me vê, abre o maior sorriso e eu estranho, eu acho que ela deve me conhecer.

"Mãe essa é a Emalinne." Ele pisca pra ela e ela sorri e me abraça.

"Hum, que linda sua namoradinha." Ela ri e pisca pra ele. Que? Namoradinha? O que eu To perdendo aqui?

"Mãe, ela não é minha namorada e eu vou levar ela em casa. E posso pegar alguma coisa sua pra ela vestir?" A moça assente e ele sobe correndo deixando nós duas sozinhas.

"E então porque está com essa roupa? Aconteceu alguma coisa com você?" Já sei, todos vão me julgar, mas ninguém sabe o verdadeiro motivo e nem saberão.

"Eu ainda estou verdadeiramente tentando entender." Uma lágrima escapa e eu a limpo de pressa quando vejo louis descendo com algumas roupas na mão.

"Toma Emalinne, o banheiro é por ali." Ele aponta.

"Eu sei onde é." Eles me olham estranho e percebo que falei merda e vou direto pro banheiro. Quase que me entrego. Ponho a roupa que deu muito bem em mim e saio do banheiro.

"Vamos?" Ele me diz e me despeço da moça e entramos no carro.

"Onde você mora?"

"No centro, zona oeste." Eu digo prestando atenção na janela e relembrando do terríveis momentos, mas quem será que não me quer no caminho? E tudo isso só está acontecendo por causa do idiota do Justin. Se havia alguma possibilidade de eu voltar a falar com ele algum dia, acabou inteiramente, a partir de agora ele vai ser um completo desconhecido.

"É aqui?" O louis pergunta e vejo que já cheguei na minha rua.

"Sim, a próxima casa." Ele para o carro e finalmente estou em casa, sério que pensei que não sobreviveria pra isso.

"Obrigado louis, de verdade. Eu não sei o que seria de mim sem você. Muito obrigada mesmo." Digo saindo do carro.

"De nada, é pra isso que servem os amigos. Se precisar é só me ligar, e me visite quando puder." Ele me dá um tchauzinho e eu abro a porta de casa. Enfim em casa, se pudesse ficaria somente aqui para sempre. Subo e me deito na cama lembrando do meu dia inteiro, desde o meu beijo com o justin até essa parte desastrosa, que pena, eu realmente gostava da amizade do Justin pra acabar com isso assim.

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