Capitulo 1 - O Novo Reinado

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Era fim de tarde, o sol estava quase se pondo quando ele atravessou a porta como um louco, derrubando todos que estavam em sua frente com a maior facilidade, pois claro que era fácil para ele, era um gigante orc verde com pelo menos 2,40m e seus singelos250kg de pura massa muscular. Vinha bufando pelo nariz e gritando:

- Seu desgraçado! Como pôde fazer isso?

Permaneci sentado em meu trono, esperava uma reação um pouco diferente do meu irmão mais velho que não via a 7 anos, até mesmo porque eu também estava desaparecido durante esse tempo enquanto ele lutava contra as forças do mal crescente Belial – O rei das Trevas – na antiga capital Edon. Mas se ele estava aqui só podia significar que haviam vencido, pois conhecendo ele como eu conheço ele só sairia de uma luta ou vencedor, ou morto. Mas a propósito me chamo Tristan, Tristan Kosmou Minos Wolf II, o sucessor do reino de Terion. Acabei de chegar de uma longa viagem, não planejada, até mesmo dizem que eu ressuscitei dos mortos após o desaparecimento do meu pai o rei Minos. Em plenos 27 anos sou o mais novo rei de Terion, claro que sou, na verdade sou o segundo rei e o primeiro Artea de asas cinzas. Já o brutamontes que está destruindo o salão real é meu irmão mais velho, Aldebaran, sim ele é um orc, o mais forte, inteligente e talvez o mais irritadiço do mundo até hoje, um guerreiro enorme com uma força descomunal e meio violento como pode se perceber alguns o chamam de "O Bárbaro Profano". Ai todos se perguntam "como um orc é irmão de um Artea?", digamos que minha família não é muito normal mesmo. Aldebaran é meu meio irmão mais velho, mas sua mãe era humana, assim como nosso pai, e além dele tenho mais três irmãos: Priston e Aegon, os gêmeos opostos, pois Priston é um elfo branco e Aegon é um elfo negro e o caçula Onick Drogon que é o único humano da família, além de nossos pais. Como um simples humano pode ter cinco filhos com cinco raças diferentes? Ninguém sabe, talvez a maior das bênçãos ou a pior maldição. Mas família a parte voltando ao que está acontecendo agora...

Aldebaran estava furioso e seus pequenos e fundos olhos alaranjados eram totalmente amedrontadores junto com uma cara feia com um grande nariz no centro e sua boca com aqueles dentes tortos e os caninos inferiores saindo pelos lábios, esse conjunto é capaz de assustar qualquer um, mas eu já estava acostumado com rostos como aquele. O que me assustava mesmo era aqueles dois machados gigantes que ele carregava consigo e quando eu digo gigantes é porque eram gigantes, quando ele os tirou das costas foi ai que fiquei com medo de verdade, confesso que quase sai correndo. Ele entrou em postura de combate e rosnou:

- Porquê Tristan? Porque roubou meu trono?

Permaneci sentado e me empurrei levemente para frente dizendo:

-- Al.. Al – pausei e respirei fundo pensando no que ia dizer, aparentemente não pensei suficiente – O trono nunca foi seu, você sabe, o pai sempre disse que um bastardo nunca seria o rei – mal terminei a frase e nem tive tempo de me arrepender pelo que havia dito, num golpe furioso Aldebaran afundou os dois machados no meio das minhas pernas os fincando no trono de pedra, apenas tive tempo de abrir as pernas para não perde-las, logo em seguida abrindo as asas e levantei voo no momento em que ele retirava os machados do trono com um pouco de dificuldade, logo lembrei que minhas espadas estavam próximas ao trono e entre mim e elas tinha um gigante orc furioso que queria me matar, mas ainda tinha meus escudos, que foram um protótipo que eu havia criado com um metal muito resistente e raro chamado de Treon, ou ferro flamejante, dito assim pois era retirado diretamente do centro da terra pelos anões de Aclar o reino minerador, sendo completamente leve e resistentes eles foram projetados em uma espécie de bracelete que quando ativado abria-se formando duas vembrassas de cerca de 20 dedos cada uma, eles me permitiriam usar duas espadas, que no caso não é possível, permaci voando e desviava dos golpes do Aldebaran, até que um vacilo de meu irmão eu me atirei por baixo de seus braços pegando minhas espadas, que eram negras e tinha uma inscrição em Nitalis a língua quase esquecida dos habitantes do céu, os nefilins e os arteas, nelas estava escrito "Thornh Fikald Kosmou" em cada lâmina , algo como "Espada do confins do universo". Agora totalmente equipado me coloquei em posição de batalha para enfrentar o Al, mas eu não seria capaz de aguentar um golpe dele nem quando ele estivesse calmo, pois sua força física era descomunalmente maior que a minha, mas eu tinha que para-lo, frente a frente com ele começamos a nos enfrentar ele aparava meus golpes com facilidade enquanto eu tinha que desviar dos dele, volta e meia tentava aparar um dos machados com minhas duas espadas mas era arremessado levemente para trás, mas naquele salão o som de metal era ensurdecedor. Sempre treinei contra meu irmão e sempre havia vencido mas não tinha certeza daquela vez e tive certeza quando ele me atingiu com o cabo no machado na perna me desequilibrando e quando estava prestes a desferir o golpe final uma fecha zumbiu tão perto do meu ouvido que achei que me acertaria, agora meu irmão urrava não de dor mas de raiva, pensei em me virar e agradecer o imbecil que só havia deixado o Aldebaran mais furioso, foi quando uma voz disse:

Terion - As crônicas de um rei (Editanto)Onde histórias criam vida. Descubra agora