A Culpa É Do Destino (2° Temporada)

2- Da tristeza ao desgosto de viver.

Quando saí do escritório, Kassie estava lá junto com todos, Helena subiu as escadas com a babá e meu telefone tocou.

-Alô?. - disse colocando no viva voz.

-Recebeu as fotos?.- Era Paul.

-Onde está a Kate? Fala logo!.- gritei.

-Não dá mais tempo Luke.- disse ele.

-Oque? Mas de que merda você está falando?.- disse.

-Você vai sentir a mesma coisa que eu Collins, você não vai ter vontade de viver, assim como eu NENHUM DE VOCÊS SERÃO FELIZES!. - ele gritou.

-Oque você está falando? ONDE ELA ESTÁ?. - gritei.

-Ela se foi Luke. - ele disse.

-Oque você fez?.- perguntei gritando.

-Eu.....só fiz a Kate dormir para sempre. Não precisa me encontrar mais, só que quiser ir sozinho.- disse ele e desligou.

Meu celular caiu da minha mão e eu caí de joelhos, eu não conseguia ouvir nada, tudo em volta estava preto, eu só conseguia ouvir a voz dele dormir para sempre ele a matou? Não, ele só pode estar brincando.

Kassie deu um berro muito alto, ela começou a socar o sofá e gritar na almofada, eu estava de pé olhando para Dylan.

-Ela? Morreu?.- perguntei com a foz falhada tentando andar mas estava travado, estava com minhas mãos tortas e minhas pernas pareciam estar coladas no chão, eu só abria e fechava a boca olhando para Dylan e olhava para mim.- Não...... ela ainda está no hospital e eu vou ir lá buscá -lá.

-Não se torture Luke.....

-Não..... ela não ...

-LUKE SERÁ QUE VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE ELA ESTÁ MORTA?. ELA ESTÁ M-O-R-T-A MORTA OKAY?.- Kassie gritou.

Me matar era oque eu queria, só isso me matar, tentei me mover e não consegui, falar parecia que era a coisa mais difícil do mundo, aos poucos fui me movimentando e comecei a andar até a cozinha, eu queria me matar de uma forma lógica e rápida.

Kate meu amor eu já estou chegando.

-Eu estou chegando, eu estou chegando para você, vamos nos ver de novo, estou quase chegando.- sussurrei

Abri as gavetas do armário e na a última achei um revólver, fechei os olhos deixando algumas lagrimas rolarem quando uma mensagem chegou em meu celular, ignorei e coloquei o revólver na cabeça, quando ouvi um choro.

Olhei para trás e ouvi passos da escada, guardei rapidamente a arma e Helena chorava no colo da babá.

-Senhor Collins, ela começou a chorar agora, chamando pelo senhor.- disse ela.

Helena quando me viu parou de chorar imediatamente.

Ela ainda precisa de você. Uma voz veio na cabeça, a abracei apertado e ela fez o mesmo comigo.

Jade.

Minha amiga, minha irmã, minha mãezinha trevosa, ela se foi.

Eu ainda não conseguia acreditar, não conseguia imaginar que ela estava morta, eu sei que a não está, eu sinto isso.

Uma semana depois.

Luke não estava mais trabalhando, ele ficou a semana inteira no hospital dopado e voltou ontem com um enfermeiro, estava tomando remédio anti-depressivos e não saía do quarto, no mesmo dia em que ele voltou recebemos uma mensagem de que já tinham feito o enterro dela.