Imperceptível

Capitulo 1

Amber POV:

Estava escolhendo uma roupa para ir a casa da Emilly, minha única e a melhor amiga, não sou de me enturmar muito, na realidade, nem sou notada, mal  saio de casa e quando saio é só com a Emilly ou algum jantar à negócios que meu 'pai' me convidou para lhe fazer companhia, hoje é por causa da Emilly. Hoje vamos a uma social que algum colega de classe vai dar, mas eu não estou muito a fim de ir, para falar a verdade, eu odeio festas, só vou porque ela insistiu muito. Lá estava eu de babydoll  parada em frente meu closet tentando escolher uma roupa para essa festa, quando ouço um barulho de alguma coisa sendo quebrada vindo do andar de baixo, eu estava sozinha em casa, Zack, como de costume, estava na empresa e a governanta estava de folga hoje. Calço meu chinelo, toda medrosa, desço a escada vagarosamente, pego um porta retrato de vidro que fica na escada de enfeite, paro no antepenúltimo degrau da escada quando me deparo com um garoto um pouco mais velho que eu no chão pegando alguma coisa que derrubou, pois está cheio de cacos de vidro no chão, seus cabelos são loiros levemente bagunçado, pele clara, alguns músculos, mas nada exagerado, estava muito bem vestido com uma calça jeans preta, uma camiseta branca que marcava seu poucos músculos e um tênis azul baixo da nike, e ao sei lado tinha uma mala.
Fiquei literalmente babando, travei, quem ele era? De onde veio? O que tava fazendo na minha casa? Ainda mais com essa mala na mão...Só pode ser filho de qualquer uma que Zack tenha transado em alguma de suas viagens e mandou ele aqui pra fingir ser filho do meu pai para ganhar uma boa pensão. Podem até pensar que eu sou louca pensando assim, mas isso já aconteceu aqui e ele realmente não era filho do meu pai.
Quando ele nota minha presença, o secando, ele vira e me olha de cima a baixo.

- Pode já fechar a boca, eu sei que sou gostoso.- fala o garoto me tirando do meu transe.
Argh, já vi que ele deve ser só mais um desses garotos fútil e idiota, que só pensa em sí mesmo, odeio esse tipo de pessoa.
- Idiota- falo, indiferente e  reviro os olhos.
- Aliás, você está muito gostosa nesse babydoll - ele fala com um sorrisinho malicioso e eu coro imediatamente. - Não precisa ficar vermelha! - diz debochado.
- Quem é você? - pergunto, mudando totalmente o assunto.
- Sou o Luke, o mais velho e o único filho de Zack, você deve ser a Amber. - Fala ele indo para a cozinha - Sabe onde encontro uma vassoura e uma pá? – diz, adentrando na cozinha, acho que deve estar procurando a despensa.
- Como assim filho de Zack? O filho dele só vai chegar semana que vem. - falo, o seguindo.
- E por acaso um mero desconhecido saberia que a governanta da casa se chama Lúcia Alberta, é Brasileira e desde que seu filho Luke nasceu trabalha aqui? – diz ele.
Realmente ele era o filho do Zack, pois ninguém se importaria em saber da vida de uma empregada, a não ser o Luke, já que Lúcia me disse um dia que para ele, ela era como uma mãe. - E eu adiantei algumas coisas lá em Toronto e por isso vim mais cedo. - diz, fazendo pouco caso.
- A vassoura e a pá ficam na despensa. – falo e retorno a sala para guardar o porta-retrato.
- Obrigada, gatinha. – diz ele, em um tom mais alto, para que eu pudesse ouvir.
- Garoto você é muito idiota, Okay? – grito, para ele escutar claramente.
Subo a escada e coloco o porta-retrato no lugar.
Entro no meu quarto e pego um shorts rosa, uma regata branca soltinha (roupa da multimídia), coloquei na cama e fui tomar meu banho. Sai do banheiro coloquei minha roupa, calçei o chinelo e desci e logo vi uma discussão entre Luke e Zack na sala, Lúcia já me disse uma vez que depois da morte de Claire,  Luke e Zack só discutem, e por isso que ele resolveu ir terminar o ensino fundamental e o médio em Toronto, na casa de uma de suas tias, logo que notaram minha presença pararam de discutir.

-Filha vamos almoçar em um restaurante aqui perto, nós três, para conversarmos um pouco. Vão se arrumar, saímos em meia hora. - caminhou em minha direção e me deu um beijo na testa e vai em direção  a escada.
- Zack? - o chamo e ele vira. - Por que não me avisou que ele viria hoje? - perguntei, me referindo ao Luke.
- Ele me ligou hoje mais cedo e você estava dormindo, então pedi para ele passar na empresa para pegar a chave, já que Lúcia está de folga presumi que você dormiria até tarde hoje e não quis acorda-la. – ele diz e eu assinto.
Ele volta a subir a escada e eu vou até a cozinha para beber um copo d'água, assim que coloco o copo na pia, dou de cara com o Luke me olhando.

- Sempre achei que fosse legal ter um irmão, agora vejo que não é bem assim. - disse, indiferente e caminhando até a porta onde Luke estava parado.
Ele puxou meu braço quando passava pela porta.
- Você está linda...- Fez um pequena pausa, como se estivesse procurando a palavra para terminar a frase -  Maninha - terminou, debochadamente e deu um sorisso e que sorriso.

Foco Amber, ele é um idiota.

O ignorei e saí de lá, subi as escadas, entrei no meu quarto, tranquei a porta e fui até o closet, peguei meu vans preto e coloquei, peguei minha bolsa preta de franja e joguei meu iPhone, meus fones e minha carteira lá dentro,  passei um gloss e depois coloquei na bolsa também peguei meus óculos de sol na penteadeira e desci.

-Vamos?- perguntei fazendo os dois no sofá me olharem.
- Sim- responderam juntos.

Caminho até o restaurante foi em silêncio.

-Boa Tarde, em que posso ajudar?- falou a recepcionista, que aparentava ter uns 20 anos, encarando descaradamente Luke.
-Boa Tarde! Tenho uma reserva no meu nome, Zack Moore.- Disse meu pai.
-Por aqui Senhor Moore. - Disse, ainda secando Luke que sorria maliciosamente, nós a seguimos até uma mesa perto de uma janela que mostrava a Praia.
- aqui está o cardápio e o garçom já está vindo, Bom apetite.- Disse entregando os cardápios e quase deitou na mesa para entregar o cardápio a Luke, só para mostrar mais  seu decote.
- Ridícula - murmurei.
-Obrigada - meu pai a respondeu e ela saiu rebolando.
- Gostosinha. - diz Luke e Zack lhe lança um olhar, o repreendendo.
- Já escolheram as entradas?- diz um garçom que aparenta ter uns 25 anos.
- Sim. - disse meu pai fechando o cardápio. -  Eu quero uma salada waldorf.
- Quero o mesmo- disse também fechando cardápio.
- Pode ser isso para mim também. - diz Luke entregando o cardápio ao garçom.
- Ok, e para beber vão querer algo?-  pergunta o garçom.
- Quero seu melhor vinho. - Diz meu pai apoiando seus cotovelos na mesa e entrelaçando as mãos.
- Quero um suco de Laranja por favor. - disse me levantando. - Já volto.
- Ok filha. - diz Zack me olhando.

Sai de lá e caminhei até o banheiro.

                    POV Luke:

Ela foi caminhando até o banheiro e entrou, segui cada um de seus passos até lá com meu olhar. Ela era bonitinha, não a conhecia muito bem, mas dava para ver que ela não era do tipo de garota fresca, patricinha e enjoada, só pelas suas roupas, já dava para notar. Tem olhos lindos verdes, cabelos pretos até a cintura, pele clara, boca pequena e levemente rosada, não tem lá aquele corpo de mulherão, mais assim mesmo tem algumas curvas.

- Filho! - saio do meu pequeno transe com meu pai me chamando.
- Sim - Disse o olhado.
- Vai querer o que para beber?- diz meu pai.
- Vou beber vinho também - respondi olhando para o garçom que assentiu e se afastou da mesa indo em direção a cozinha.

-Então, o que achou da Amber? - pergunta meu pai tentando puxar assunto.
- Desde quando se importa com o que eu penso? - perguntei, rispidamente.
- Filho, já faz 4 anos! - repreende-me.
Eu apenas fico quieto e espero pela salada ou, até mesmo, por Amber.
Alguns minutos depois Amber chega e meu pai logo já puxa assunto.
- Vocês têm algo planejado para hoje à noite? - pergunta.
- Vou a uma festa com A Milly. - responde Amber.
- Vou sair com alguns amigos hoje, por quê? - pergunto, desinteressado.
- Pensei em fazer uma noite em família, mas deixa para outro dia.
Logo a salada chega e comemos.

...