1. A Chuva

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"Oi, hum... Meu nome é Christopher, tenho dezesseis anos, sou meio viciado em jogos e internet, não tenho muita vida social e... Acho que é só isso, por enquanto".

Depois de escrever o primeiro parágrafo de sua biografia (vai que algum dia Christopher vira um grande astro da televisão?), o garoto desligou a tela de seu celular, pensando num lugar mais apropriado para escrever sua história de vida, já que estava escrevendo no bloco de notas de seu telefone.

- Filho, eu e seu pai vamos ao mercado. Cuide de sua irmã! - gritou sua mãe, Polly, que estava na cozinha.

- Mas mãe... A Misty já tem doze anos!

- Tanto faz, só fique de olho nela por nós.

Seus pais adoravam sair. Não
importava onde. Às vezes iam para a calçada de sua casa e por lá ficavam. Falando da vida e fingindo que não tinham nada para fazer dentro de casa.

Em geral, Chris e Misty se viravam sozinhos. Limpavam a casa e faziam a comida, enquanto seus pais brincavam de ser adolescente.

  Chris era meio solitário, mas tinha uma grande amiga, chamada Claire.
  Eles eram amigos desde seus três anos de idade, e, agora, estudam no mesmo colégio.

  A garota gosta muito de livros fictícios, como Harry Potter, Maze Runner, dentre vários outros.

  Um dia, Claire entregou um livro chamado O Sobrinho do Mago, que contava a história de duas crianças que encontram um mundo mágico, resumidamente falando, para o garoto.

  Chris, todavia, deixou o livro jogado dentro de seu guarda-roupas gigantesco, e por lá o mesmo ficou durante anos.

    Ele não gostava da ideia de ter que ler algo para viajar, preferia ser alguém que não se prendia em páginas. Algo que não tem nada a ver, não é mesmo?

Chris estava lá, jogando em seu PlayStation, enquanto Misty estava fazendo um bolo de caneca para ela comer na cozinha.

Seus pais não chegavam, o garoto começou a ficar tenso, pois eles nunca demoraram tanto assim.

Olhou pela janela da sala e, para a sua surpresa, estava chovendo muito.

Começou a ligar para seus pais, sem sucesso, a luz começou a falhar de repente e Chris desligou seu jogo, correu atrás da irmã, abraçou-a e a mesma disse:

- Não se preocupe, maninho. Vamos ficar bem. Papai e mamãe estão vindo... Pode me soltar.

- Hum, é, desculpa Misty. Eu estava preocupado. Um pouco.

- Sei que você me ama, não precisa nem assumir.

- Sonhe, vai.

- OK, vamos esperar nossos pais. O tio Digorio...

- Digory.

- Esse mesmo. Bem, ele está vindo, né?

- Acho que não, Mis.

A chuva aumentava cada vez mais e nada de Polly e Andersen chegarem.

A preocupação subia por entre os pensamentos de Chris, novamente.

Vivendo Como NarnianoOnde histórias criam vida. Descubra agora