13. Macãs

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Já estava ficando frio.

Claire esfregava suas mãos a fim de que esquentasse, Misty estava tranquila, pois sua roupa era quentinha, ambos os faunos já estavam acostumados com aquele clima, Chris estava com uma blusa amarrada na cintura.

– Ei, Claire. – Falou o garoto.

– Hã? Oi.

– Quer minha blusa emprestada? Eu nem estou usando e você está aí morrendo de frio.

Antes mesmo dela responder, Christopher tirou o casaco de sua cintura e colocou em Claire. Ele era cinza com umas listras pretas e tinha cheiro de perfume masculino, mas o que mais importou era que Claire agora estava aquecida.

– Obrigada. – Falou, dando um abraço
em Chris.

Todos estavam ficando cansados, com sono e fome, então quase não conversaram, só focavam em encontrar alguma caverna para dormirem.

Já andaram pela floresta durante horas e nada de encontrar a casa de Louie, ou o príncipe perdido que Tina procurava. Só árvores, bichos e mais árvores.

Claire não conseguia enxergar nada à sua frente. Sua visão estava cansada e a escuridão impedia ela de ver qualquer palmo à sua frente.

Tudo era escuridão.

Durante aproximadamente mais uma hora eles procuravam um lugar para descansar, sem sucesso, até que de longe consegue-se ver uma luzinha de um lampião, então correm até ele.

- A gente pode ficar aqui até amanhã. Sabe, iluminado aqui, se algum bicho vier para nos atacar, conseguiremos ver. - Disse Louie.

- Concordo. - Responderam os outros, um de cada vez.

Misty deitou-se do lado de Claire, que se apoiou numa árvore. Christopher ficou do lado do lampião, de vigia. Tina e Louie deitaram-se próximos da onde Misty estava. Por três minutos cada um falava alguma coisa sobre o dia, até que Claire interrompeu a conversa, pois já estavam falando coisas sem sentido de tanto sono, orou agradecendo por tudo e adormeceram.

Amanheceu.

Louie espreguiçou-se, tomando cuidado para não acabar esbarrando em Tina, por estarem próximos. Levantou e foi procurar algo para todos comerem.

Caminhou pela floresta, a grama estava cheia de orvalhos, as flores exalavam um cheiro um pouco mais forte, sem deixar de ser doce e delicado, dava para ver o Sol nascendo entre picos de duas montanhas, seu brilho era diferente do brilho do Sol da cidade dos filhos de Adão e Eva.

Mais à frente, achou uma macieira que estava próxima de um riacho. "Ótimo!" pensou, "Já tenho algo para saciar a fome e a sede de todos nós. Só preciso acordar meus amigos para eles virem aqui."

Correu até onde seus amigos estavam. Todos já haviam acordado, então só chamou-os para que o seguissem.

Ainda sonolentos, seguiram os passos do fauno, mesmo sem saber aonde isso daria.

Não se falaram nem um pouco, porque estavam com a famosa preguiça matinal.

Comeram maçãs até não aguentarem mais, beberam bastante água e já aproveitaram para lavar o rosto.

Os filhos de Adão e Eva nunca haviam bebido uma água que saciasse a sede desse jeito. Era uma água cristalina que, praticamente, deu à eles forças o suficiente para caminhar até a mais alta montanha.

Após tomarem seu café da manhã seguiram caminho pela direção leste.

Vivendo Como NarnianoOnde histórias criam vida. Descubra agora