O maior pessimista do mundo

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Esta estrada está escura e vazia, somente intermináveis milhas e milhas.
Eu tenho a doença latejando na minha cabeça, eu estou a mercê dos fantasmas. Meus pés estão cansados e estou sedento. Aliás, antes de tudo, meu nome é Harry. Dava aula de filosofia na Universidade Federal da Florida, antes disso tudo começar. Desde jovem, após de viver e escutar algumas experiências de vida, sempre gostei de gerar pensamentos filosóficos dentro da minha mente. Pensando, comigo mesmo, sobre a origem da vida e demais perguntas que ninguém encontrou respostas. Meu pai, o Sr. Johnson, era um grande otimista, ele sempre estava olhando o lado bom das coisas. Dizendo coisas do tipo "Filho, a vida não é tão dificil". Ele era um grande otimista. Eu sou o maior pessimista do mundo, eu acho que herdei isso da minha mãe, a Srt. Marry. Eu costumava ser bem resistente, não ganhava forças contando contas em um rosário, agora que a dor começa a se transformar em outra lição que passou desaprendida.
Mas isso não é um choro por piedade ou por simpatia.

Já é noite e preciso parar para descansar antes que eu retome minha jornada nessas intermináveis milhas dessa estrada, está um breu, e a única luz que tem por aqui é a da lua. Deito-me para dormir, na estrada mesmo, já que está tudo destruído e certamente não conseguirei achar nenhuma cama confortável para deitar. Ao deitar no asfalto, por um instante me deparo olhando pra lua e relembrando como tudo começou...

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