Ainda haviam estrelas no céu quando eu acordei, haviam em apenas um lado da imensidão do céu que cobria aquele reino, logo logo o sol apareceria no horizonte, por isso me apressei em estar no castelo o quanto antes, saindo da viela que me mantive escondido e cochilando a noite toda.
Quando cheguei lá, já estavam o rei, a menina e a criança me esperando, também havia três caras grandões, de pele escura, mas de olhos verdes, cheios de cicatrizes e umas armaduras bem forte, pareciam trigêmeos de tão iguais, não senti medo, mas senti receio pelo fato deles terem tanta cicatrizes, sinal que eles são resistentes, mas ainda são simples humanos feito de carne que podem sangrar.
- Você honrou o combinado, - disse ele assentindo com a cabeça - chegando antes do sol raiar, se quiser poderá iniciar o duelo.
- Tanto faz, - não me importava com a honra dele, só com a minha - quanto mais rápido for a luta, mais cedo sairei pra escoltar suas filhas e mais cedo terei suas moedas de ouro.
- HAHA! - ele gargalhou com meu jeito espontâneo de dizer - Muito ousado! Ataquem ele soldados!
- Com prazer, meu rei! - disseram eles todos ao mesmo tempo, como se ensaiassem isso pra dizer.
Falou os homens com uma voz bem grossa, parecia que tinha acabado de comer, bem rouca, e então eles vieram rapidamente pra cima de mim, apenas esquivei colocando meu pé, um caiu como uma árvore após ser cortada no tronco, só se ouviu o estrondo dele no chão. Depois o outro, me esquivei me abaixando, livrando minha cara de um mega soco. Já o terceiro veio com tudo como se fosse arrombar um portão de madeira resistente, mas pro azar dele, passou reto quando saltei por cima.
Se levantaram com dificuldade e vieram pra cima de mim de novo e de novo, em todas eles caíram como da ultima vez, ou quando eu saltei sobre eles e pisei em suas caras, ou quando passei por baixo das pernas deles, pisando em seus pés.
Até que em um momento de burrice, um resolveu pegar uma espada pra poder me atacar, veio pra cima de mim com tudo, foi quando desviei a mão dele que portava a espada e dei-lhe um upper no queixo, de baixo pra cima, foi tão certeiro que ele desmontou no chão inconsciente, nem precisei nenhuma vez usar minha espada, apenas agilidade e um golpe no lugar certo.
Os outros ficaram a me olhar pasmos, mas não demonstraram medo algum, pelo contrário, ficaram bem enfurecidos. Então quando o primeiro veio pra cima de mim com os dois punhos pra me socar, eu apenas me agachei e passei-lhe a rasteira. Quando caiu, eu apenas o golpeei com minha mão em sua garganta e ele cuspiu sangue, aí eu rolei pro lado esquerdo quando notei dois pés voando na minha direção.
Eu o encarei sem demonstrar nem mesmo cansaço, enquanto ele já soava, de chegar a pingar. Rosnou e veio pra cima de mim como se não houvesse amanhã, socando e socando o vento em volta de mim, pois eu desviava ligeiramente de seus golpes fúteis, então escorrei pra de baixo dele e quando o grandão se virou, dei-lhe uma joelhada no queixo, desmontando-o da pose de fodão.
O rei ficou me encarando perplexo com seus olhos arregalados não acreditando que eu teria derrotado seus melhores soldados, pois então, eu derrotei, e foi fácil, agora nem ligo se ele mande todo o exército dele em cima de mim, não será tão difícil poder derrota-los.
- Como você conseguiu fazer isso? - falou ele com um misto de raiva e admiração.
- Meu pai me ensinou que nunca deve ser o primeiro a atacar. - comecei dizendo - Se for apenas um duelo, nunca mate o adversário e nem o fira gravemente. Se for um duelo de vida ou morte, não se delongue nisto, ponha fim em apenas um golpe. Tudo você deverá usar a sutileza e não a força bruta, para ser um pacificador, primeiro precisa ter uma alma e corpo pacífico.
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Mizu No Hi
FantasyUm homem que almeja acima de tudo ser um pacificador, tendo em frente vários desafios que o fazem crescer tanto física quanto mental. Deparando-se com um amor puro por uma jovem princesa de um reino distante, que com ela ao seu lado, ele descobre ve...