18 - John disappearance.

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Meu corpo estremeceu por dentro e por fora. O suor prazeroso estava invadindo minha blusa por dentro, fazendo-a ficar colada nos meus seios e barriga. Em um momento, achei loucura o que estava fazendo, mais na verdade eu sentia que tinha que fazer aquilo. Nossos corpos se descolaram devagar, e o olhar dele estava concentrado nos meus olhos.

- Porquê fez isso? - Falou com sarcasmo. 

- Queria acertar as contas. - Falei despreocupada encarando seu rosto.

- Acha que funcionou? 

- Isso só quem pode dizer é você.

Suas mãos entrelaçaram-se em minha cintura,  me puxando para perto de si. Sua língua viajou por todos os cômodos da minha boca, me fazendo ficar arrepiada. 

- Isso serve como um sim? - Susurrou em meu ouvido.

- Serve. - Afastei seu corpo do meu e olhei diretamente nos seus olhos.

- O quê foi? - Perguntou receoso.

- Você sabe que não tá tudo certo Justin. Eu realmente achei tudo isso muito mágico, isso que tô vivendo com você, sabe? - Entristeci o olhar -, mais ainda está tudo errado. Essas mensagens, toda essa confusão de hoje me comoveram muito.. Estou assustada, e preciso saber o porquê disso tudo.

- Olha - Suas mãos seguraram a minha -, eu sei. Sei que isso tudo tá sendo muito mágico e que eu também estou curtindo você, mais como eu te disse não posso me aproximar de você, não posso arriscar sua vida por minha causa.

Ele baixou a cabeça.

- Laura, tudo que eu menos quero é que você sofra. Por favor, se afaste de mim, eu não sou pra você.. 

Como isso doeu. Um tiro doeria muito menos. Uma facada doeria menos ainda. Eu estava gostando dele, estava a ponto de morrer naquele momento.

- Como é que eu vou me afastar de você agora? - Enxuguei a metida lágrima que caiu sob meu rosto com as costas da mão - Não percebe que eu .. que eu estou gostando de você, que a cada minuto ao seu lado tudo se torna diferente?

- Laura por favor, não torne as coisas mais difíceis..

- Difícil vai ser conviver sem você, Justin. - Falei fria e andei em direção ao carro - Me leva pra casa, por favor.

- Espera - Segurou-me pelo braço - Por favor, fica só mais um pouco.

- Não! Não quero me iludir, já que daqui pra frente não vou te ter por perto! 

- Para de teimosia e escuta! Estou fazendo isso por nós dois! - Seus olhos voltaram a ficar vermelhos.

- Não quero ouvir mais nada - Meu rosto queimava de ódio -, desde que saí de Nova York eu só queria esquecer que fui traída, eu estava conseguindo isso, porquê eu me apaixonei por você, seu idiota! Eu odeio amar, odeio amar você, odeio! Me leva pra casa, eu não quero mais ver você!

**

Após horas na estrada, eu ainda conseguia lembrar daqueles insignificantes segundos; nunca me imaginei falando que estava apaixonada para ele, nunca tinha se passado pela minha cabeça. Minha testa estava encostada sob o vidro, as lágrimas caíam devagar e meus lábios antes molhados agora estavam secos.

Finalmente, chegamos até minha casa. Olhei no celular, eram 2h22 da tarde. Abri a porta do carro e saí sem ao menos dar um tchau, já que agora eu  estaria sem ele, teria que aprender a viver sem ele.

- Ei, espera - Gritou. - Você não pode ir assim, sem falar nada.

- Posso - Ri irônica -, assim como você pode me largar sabendo que eu estou louca por você, eu posso sair sem ao menos me despedir.

Seus braços me agarraram por trás.

- Esqueceu o que aconteceu hoje? - Susurrou.

- Pelo contrário, eu estou muito bem lembrada, vai embora. - Me soltei de seus braços e entrei.

A casa estava escura, mais eu ainda podia ouvir murmuros vindo do andar de cima. Subi lentamente as escadas com todo cuidado para não fazer barulho, e coloquei minha mão na maçaneta, abrindo a porta.

Ashley estava com os olhos vermelhos, suas mãos estavam apoiadas na cama, ela segurava um celular e chorava. Por deus.

- Ashley? - Corri em sua direção - Ashley, o que aconteceu?

- O John - Falou enquanto soluçava. - ..meu irmão sumiu, Laura!





Criminal Life [J.B/L.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora