16 - Criminal?

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Saí de dentro do carro. Minhas mãos estavam trêmulas, e minhas pernas bambas. Justin parecia despreocupado, como se fosse destemido de tudo e de todos. Ele apenas olhava para mim, a cada passo, a cada movimento que eu dava. Antes mesmo que meus pés encontrassem o chão, ele segurou firme o meu pulso.

- Não saia de perto de mim - Falou firmemente como se soubesse o que estava fazendo.

Assenti com a cabeça. Começamos a andar, seus passos iam a qualquer custo tomando minha frente, enquanto eu o seguia atrás. Eu queria saber o que estava acontecendo, mais não havia como. Não existiam casas, comércios, nem nada do tipo, mais algo me chamou muito a atenção: Uma casa com algumas luzes acesas.

- Para onde estamos indo? - Parei na estrada.

- Está com medo? - Virou-se para me olhar.

- Estou.

- Não precisa, não vou deixar ninguém encostar em você - Me deu a mão - , vamos?

Segurei firme em sua mão. Droga, eu detesto dizer isso, mais eu me sinto segura quando estou com ele, tão segura que se estivesse em um penhasco e ele me mandasse pular, acho que só de saber que ele estaria lá embaixo, eu pularia.

Se aproximamos da casa. Sua mão livre afastava alguns galhos de folhas verdes que havia pelo local, e a outra segurava forte minha mão. Uma porta de madeira gigante estava a nossa frente, no qual Justin bateu e um homem reconhecível estava lá, era ele, o que me agarrou na festa. Meu deus.

- Se encostar nela, você morre - Seus olhos furiosos se voltaram contra o moreno que estava a nossa frente, que balançou a cabeça em sinal de confirmação.

A sala era enorme, vários quadros antigos decoravam as paredes cor de seda, e um enorme sofá vermelho destacava-se. Subimos uma enorme escada, e chegamos até uma sala onde um homem de olhos verdes estava sentado com alguns papéis, seus olhos logo levantaram-se para Justin.

- Bieber? - Interrogou - Que surpresa!

Suas mãos se soltaram das minhas, e se apoiaram a mesa de madeira, seu rosto ficou a alguns centímetros de distância do indivíduo.

- Nós tínhamos um trato, não tínhamos? - Falou sutilmente.

- Trato? - O homem contraiu a sobrancelha. - Está falando de algo que aconteceu a quatro anos atrás, Justin?! isso foi, é passado.

- Escuta aqui seu desgraçado - Socou a mesa -, vocês estão assustando uma garota que não tem nada a ver com isso!

- Ah, ela? - Apontou para mim, que estava imóvel. - Nós só estávamos brincando, não queríamos assustar você, Laura..

- James, se você e sua gentinha suja encostar o dedo nela, eu mato todos vocês - Segurou minha mão -, espero que tenha entendido o recado.

Estávamos na metade da escada, quando ele gritou lá de cima.

- Você também é um criminoso, Justin! Você é sujo, mais sujo que a sua família!

Como assim criminoso? O que a família dele tem a ver?! Não deu tempo nem de pensar, só vi que estava sozinha e que ele estava socando a cara do James.

Corri em direção da escada, e tentei apartar a briga, mais não adiantou. Eu estava desesperada, confusa, não sabia o que fazer.

- Justin, para! - Gritei.

- Isso é pra você aprender a nunca mais falar nos meus pais! - Socou o nariz do coitado, que estava quase desmaiado no chão.

Agarrei seu braço enquanto as lágrimas rolavam entre as maçãs do meu rosto, eu estava tão desesperada quanto ele. Porque tudo aquilo?! Eu estava parecendo uma criança com medo de um monstro de armário.

Saímos em passos longos, Justin estava com suas mãos postas a sua cabeça, parecia estar destruído. Daquele momento em diante, não vi mais nada, a não ser meu corpo cair nos braços dele.

**

Acordei com uma fresta de luz em meu rosto. Abri os olhos devagar, e suspirei ao saber que estava no carro do Justin. Meu corpo estava dolorido, minhas pernas estavam cobertas com sua jaqueta, e uma tontura detestável estava me incomodando. Levantei com cuidado, e empurrei a porta que estava entre-aberta.

Lá estava ele. Totalmente com seu corpo a mostra exibindo suas belas tatuagens. Suas mãos estavam apoiadas em seus bolsos, o que me arrepiou por inteira.







Criminal Life [J.B/L.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora