Lovers 1/2

onze

  Zayn a Narrar On*

- Eu... - Eu tentei dizer.
- LARGA-ME! A ELEANOR VAI MORRER E A CULPA É TUA!
- Eu quero ajudar-te... - Eu disse dando-lhe um beijo.

Zayn a Narrar Off*  

  Os lábios de Zayn moviam-se com os meus dando ritmo ao beijo, suspirei entre o beijo, deslizei a minha mão pelo braço dele agarrando-lhe a mão... Ele segurava as chaves do carro, que por sua vez passaram para a minha mão. Continuei o beijo, até lhe dar uma joelhada, empurrei-o e corri para o carro dele. Ouvi-o chamar o meu nome, mas só tive tempo de ligar o carro e sair dali o mais depressa possível... Eu sei o plano dele, ele queria-me fazer voltar para aquele hospital, queria que eu desistisse de procurar Eleanor... Eu sabia perfeitamente as intenções dele... Olhei pelos espelhos do carro e via que Zayn me perseguia a correr, acelerei o carro despistando-o. Comecei a pensar no que Joe me disse...Morte da Caddy... Do Mike... Mike... Mike...

*FlashBack on*

Sentei-me no café com Zayn, sentia-me observada, olhei em roda, ninguém. Zayn agarrou-me a mão e sorriu.

- Está tudo bem? – Ele perguntou com um sorriso.
- Sim. – Eu retribuí o sorriso e ele deu-me um leve beijo.

Olhei para trás, um par de olhos olhava-me de lado... Conhecia-o de algum lugar...

*FlashBack Off*

Mike? Tinha a certeza que era ele agora... NÃO! Joe disse que ele morreu... É impossível! Fui de carro até a minha vizinhança, com cuidado para Louis não me ver... Toquei a campainha de Jerry, um vizinho meu de idade, de poucas palavras, mas passava a noite toda acordada.

- Bom dia senhor Jerry. – Eu falei com um sorriso forçado.
- O que quer? – Ele perguntou com aquela cara que não sorria faz mais de 5 anos.
- Jerry... Sei que nunca falamos, mas eu preciso da sua ajuda... - Eu confecei.
- Não sei se quero ajudá-la!
- Jerry, sei que a sua mulher morreu, sei a dor que está a sentir... Tambem perdi uma pessoa muito especial para mim, mas eu não quero perder mais ninguém, por favor eu preciso que me ajude. – Eu falei com lágrimas nos olhos.

Ele olhou-me de lado, e suspirou.

- Que quer que eu faça? – Ele perguntou.
- Apenas me diga, viu alguma coisa diferente? Estranha? No dia anterior a ontem? – Eu perguntei mordendo o lábio com receio.
- Não. – Aquele não fez-me estremecer, e uma lágrima escorreu pelo meu olho.
- Obrigada... - Eu disse sem esperança virando as costas.
- Nessa noite uma carrinha fez bastante barulho, parou naquela casa ali amarela. – Eu olhei para ele, e virei-me.
- É A MINHA CASA! COMO ERA A CARRINHA? – As minhas esperanças subiram.

O senhor fez uma cara estranha, pensativa, como se tivesse a procura das palavras certas, e finalmente ele disse-as.

- De um café qualquer... Tinna Kim acho.. – Ele disse, e logo de seguida olhou para mim.
- TINNA KIM PETRA! OBRIGADA SENHOR! – Eu abracei-o e corri em direcção ao carro de Zayn.

Fui o mais rápido possível para o café, entrei e todos os olhares vieram para mim... Eu devia estar mesmo em mau estado... Engoli seco e corri até a Tinna...

- O que te aconteceu miúda? – Tinna olhou para mim de cima a baixo.
- Tinna, preciso que me ajudes! – Eu quase implorei.
- Claro entra aqui...

Entrei na arrecadação, Tinna deu-me um vestido e umas sabrinas, tirei aquelas roupas horríveis de hospital finalmente.

- Tinna, ontem emprestas-te a carrinha do café a alguém?
- Han? Para que queres saber isso? – Ela perguntou-me confusa.
- Tinna! Por favor responde! – Eu estava a ficar irritada.
- Sim, a 3 pessoas!
- E alguma dessas 3 pessoas não trabalhava aqui!?
- Um tal de "Mr. Lound"
- LOUND? Mas ele não disse o nome dele? TINNA EU QUERO QUE ME AJUDES, TENTA LEMBRAR-TE! – Eu gritei.
- HEY CALMA MIUDA! Ele deu-me o contacto dele... Toma lá! – Ela disse dando-me um papel.
- Tinna, Obrigada, devo-te uma... - Eu disse já preparada para sair.
- Hey... Mas porque tanta coisa? Ele nem era assim tao giro... E tu não tas com aquele da cristinha? O Zoyny? – Ela perguntou errando completamente no nome do Zayn.
- Não... Eu não estou com ninguém... Se o meu irmão perguntar por mim diz que não me viste.

Eu virei-lhe as costas e fui a correr até ao carro, dando de caras com Zayn encostado ao capou.

- Eu disse que te ia ajudar! – Ele levantou-se e caminhou até mim.
- Eu não quero a tua ajuda! Já quis, mas tu apenas ignoras-te e trataste-me como uma doida.

Ele aproximou-se de mim e eu comecei a correr, a tentar fugir dele. Entrei dentro do café.

- Tinna, as traseiras? – Eu perguntei apressada.
- Terceira porta a esquerda o.o – Ela disse arregalando os olhos.

Corri, ouvi a voz de Zayn a perguntar a Tinna onde eu estava. Saí pelas traseiras e corri em direcção ao carro, entrando e arrancando até a floresta.


*

Parei o carro perto da entrada da floresta e telefonei ao número que Tinna me havia dado.

- Quem é? – Uma voz rouca soou do outro lado.
- Tu sabes quem eu sou... E eu sei muito bem quem tu és! – Eu respondi.