O Namorado Da Minha Mãe

0.2

Entro na cozinha não vendo ninguém, resolvo fazer o pequeno-almoço, os barulhos da cama contra a parede e os gemidos da minha mãe aparecem na minha mente.

Depois que voltei pro meu quarto começei a ouvir os gemigos, não acreditei que minha mãe estava fazendo sexo com o Harry bem na nossa casa, pelo menos eles deveriam fazer menos barulho porque eu não sou obrigada a ouvir aquilo!

-bom dia..-olho pra trás vendo Harry e minha mãe abraçados. Harry estava só de cueca enquanto Julie só de camisola. Reviro os olhos voltando a mexer os ovos.
-que cheiro bom-a voz rouca de Harry ouve-se na cozinha
-Summer cozinha muito bem-minha mãe fala-melhor que eu
-um dia quero provar-me viro colocando a frigideira na mesa
-se depender de mim, nunca vai provar-sorrio cinica pra Harry me servindo

-Summer, como você anda afiada..-minha mãe olha pra mim
-que seja-reviro os olhos comendo os ovos mexidos
-vai pra faculdade hoje?-pergunta Julie
-vou, daqui a pouco o Kendall vem aqui me buscar-falo
-quem é Kendall?-Harry entra no meio da conversa
-namorado da Sum-responde Julie
-oh-é tudo que Harry fala.

Termino minha refeição lavando meu prato e subindo pro meu quarto, tomo um banho relaxante e coloco uma roupa confortável. Kendall mandou mensagem avisando que ja estava na frente de casa, termino de me maquiar descendo pra sala.
-oi linda..-estranho ao ver Kendall sentado na sala conversando com o Harry, assim que me vê sorri
-porque estava falando com ele?-aponto pra Harry
-ele me deixou entrar-Kendall se aproxima
-desde quando ele têm direito de deixar alguma coisa aqui?-pergunto
-eu vou morar aqui-Harry levanta do sofá

Oi?

Quase engasgo com o que acabei de ouvir. Como assim ele vai morar aqui?
-MÃE?!-grito nervosa indo pra cozinha
-oi filha-ela estava arrumando a mesa
-que história é essa que o Harry vai morar aqui?-questiono
-ah.. Você descobriu-ela desanima
-é, eu descobri sim-suspiro-você conheçe ele á dois meses, DOIS MESES JULIE!-berro
-mas eu amo ele!-fala

-não acredito nisso-saio da cozinha-vamos Kendall-agarro sua mão saindo de casa. Entramos no seu carro e fomos sem falar nada até a Faculdade.
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Kend's e eu saímos da Faculdade juntos sorrindo com a piada sem graça que contei
-isso não teve graça Sum-ele gargalha
-teve sim seu chato-dou um tapa em seu braço
-au! Doeu!-ele reclama
-para de ser fraquinho idiota-rio igual uma retardada mas logo acaba assim que avisto um ser de cabelos cacheados que ultimamente não estou gostando, parado na frente de um carro, provavelmente seu carro.

Affz
Oque ele quer agora?

-oh.. Summer..-ele sorri quando nos vê-oi Kendall..
-oque você tá fazendo aqui?-pergunto rude
-sua mãe.. hu... Pediu pra mim busca-lá hoje-ele fala. Minha mãe sabe que eu volto com o Kendall ou sozinha, ta fazendo graça agora porquê?
-eu vou com o Kendall, não precisa-passo pelo Harry puxando Kendall comigo

-amor.. Eu não vou poder te levar, agora eu vou sair..-Kendall segura minha mão
-ah Kendall, eu não quero ir com ele-falo emburrada
-mas vai sim, vai ser bom você se dar bem com ele já que agora vão conviver juntos-ele têm razão
-tá bom!-bufo
-eu te amo-ele me beija, olho de canto pro Harry que nos encarava no mesmo lugar e posso jurar que vi ele revirar os olhos.
-tchau-encerramos o beijo com celinhos.
Vejo meu namorado entrar no carro e ir embora.

Vou até Harry de cara feia
-vamos logo-falo o mais seca possível
-vamos-Harry tenta abrir a porta pra mim mas o impeço
-eu tenho mãos-entro em seu carro, ele dá a volta entrando em seguida.
-posso te fazer uma pergunta?-ele liga o carro
-não-olho pro vidro
-okay..-
E o resto do caminho foi feito em completo silêncio.
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Entro primeiro em casa enquanto Harry guarda seu carro.
-seu pai ligou-subia as escadas, mas quando ouvi isso da minha mãe desci na hora feliz indo até a mesma
-o que ele disse?-meus olhos brilhavam
-ele vêm te ver hoje à noite pra sairem, você sabe... Programa de pai e filha-um sorriso enorme cresce em meu rosto.

Eu adoro sair com meu pai, sempre vamos na praça tomar sorvete e conversar sobre tudo, sempre tive uma relação ótima com ele e é tão bom passar um tempo se divertindo.
-vou me trocar-subo as escadas correndo com um sorriso enorme no rosto.
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-PAI!-corro e abraço-o com saudade, ele me aperta contra si de volta-senti sua falta
-eu também filha-nos separamos
-antes da meia-noite ela chega inteira aqui, Julie-meu pai fala
-quero minha filha aqui do mesmo jeito que saiu viu, Raymond-ela finje ser séria
-tchau mãe-dou um beijo em sua testa
-eu não ganho beijo?-Harry pergunta
-não-falo-vamos pai!-entrelaço meu braço no seu e saimos da minha casa.

-porque não gosta do Harry? Ele parece ser legal-caminhávamos em direção a praçinha que sempre vamos juntos
-porque não..-chuto uma pedra que tinha no caminho
-tadinha da pedra Sum, ela não tem culpa-gargalho, meu pai ama fazer piadas e fazer as pessoas a sua volta rirem. Isso que eu mais amo nele.

-sério, por que não vira palhaço?-rio
-você teria medo de mim-ele fala
-ah.. Verdade, eu tenho medo de palhaços-falo
-eu lembro quando você ficou chorando no dia que eu te levei no circo e o palhaço começou a correr atrás de você-ele goza da minha cara
-não! Nem me lembre disso!-faço careta mas acabo por rir também.

Aquele dia eu peguei trauma de palhaços. Literalmente.

Avistamos um carrinho de sorvete e fomos até o mesmo.
-o de sempre?-Joseph, o senhor que vendia sorvete na praça já nos conhecia
-sim!-eu e meu pai respondemos juntos
-aqui, de maracujá pra Summer-pego meu sorvete
-e de morango pro Ray-meu pai pega o sorvete dele pagando logo em seguida.
-até mais Joseph-aceno sorrindo pro senhor.
Caminhamos pro banco que sempre sentamos.

-como vai sua noiva? Como é o nome dela mesmo.. Valerie?-pego um pouco de sorvete, esqueci de comentar que meu pai esta noivo.
-ela está bem e te convidou pra almoçar qualquer dia desses lá-ele sorri
-eu gosto dela
-ela também gosta de você
-acredita que Harry vai morar em casa?-falo
-haha, vai ter que conviver com ele-Ray ri de mim fazendo-me revirar os olhos
-nem me fale

Ficamos observando em volta as crianças brincando e o sol se pondo, não falamos mais nada só aproveitamos a brisa gostosa que batia em nossos rostos.
-preciso te falar uma coisa-o tom do meu pai parecia triste
-o quê?-o olhei preocupada.
-estou com câncer

De repente meu mundo caiu.