Prólogo

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22 de novembro de 2019.

A tempestade parecia só aumentar e dificultava a visão do motorista do carro, que estava se aventurando em meio a tormenta.

O casal no carro, viajava de Londres, a grande metrópole, para Bradford, onde iriam buscar seus dois filhos que estavam passando alguns dias na casa dos avós.

- Eu não estou vendo nada, Liam. - Zayn reclamou nervoso do banco do passageiro.

Ele odiava não ver para onde estava indo, todos os seus pêlos se arrepiavam como um aviso de cuidado e ele esfregou seus braços para afastar a sensação.

- Calma, querido. Eu ainda tenho visão. - Liam dirigia com cuidado.

Zayn bufou e soltou seu cinto de segurança, se erguendo no painel para ver se conseguia enxergar melhor a pista.

- Zayn, sente-se e coloque o cinto. - Liam pediu preocupado.

- Eu não consigo ficar calmo, não vendo nada. - Zayn disse.

- E eu não consigo me focar, com você estando sem o cinto. - Liam rebateu.

- Liam, eu posso ajudar você assim. - Zayn falou, se inclinando mais sobre o painel do carro, seu rosto quase colocado no pára-brisa.

- Não, Zayn você não pode. Se afaste daí. - A voz de Liam, soou em um grito para que pudesse ser ouvido.

Os olhos do moreno se arregalaram, quando encararam o marido.

- Não grita comigo. - Zayn disse com raiva.

- Coloca a merda deste cinto. - Liam gritou, olhando bravo para Zayn.

- Eu não vou! - O outro gritou de volta e o rosto de Zayn se iluminou, com os faróis que brilharam através do pára-brisa.

Liam não percebeu que havia invadido a pista contrária e tentou retornar, quando viu que era impossível só teve tempo de agarrar o corpo de Zayn e puxá-lo contra o seu.

- As crianças. - Zayn choramingou enterrando seu rosto no peito de Liam, quando o impacto os atingiu e o carro foi arremessado para fora da pista, capotando várias vezes até que uma árvore o impediu de continuar.

O terrível acidente foi visto como se fosse em câmera lenta, motoristas de carros que estavam na mesma rota assistiram horrorizados a colisão, chamaram a emergência imediatamente e até correram em socorro para ver se poderia algum ocupante do carro ter sobrevivido.

Tudo que os bombeiros e paramédicos conseguiram tirar do carro acidentado, foram os corpos dos dois ocupantes abraçados, eles constataram que morreram na hora sem chance de sofrerem de dor ao esperar salvamento.

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Eu fui muito manteiga derretida, por chorar descrevendo essa cena?

Kashmir (AU! Ziam Mayne)Onde histórias criam vida. Descubra agora