Capítulo 25

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Provavelmente já era a décima vez que eu liguei para ele, eu estava tão preocupada, ele ia dizer que me amava... e aí...

Estava nervosa, abri a porta do meu quarto e desci às escadas bem devagar. Fui até a cozinha e peguei um copo com água. Subi novamente, tranquei a porta e fui dormir... tentar. Sempre que cochilava, acordava assustada por estar sonhando besteiras. Olhava no relógio e as horas não passavam.

Meia hora depois...

Dim dom~
Dim dom~
Dim dom~

A campanhia toca, e eu levando devagar. Desço às escadas e meus pais já haviam atendido a porta.

-Por favor, senhores. Foi o que ele conseguiu dizer, está apagado no chão, corre risco de vida.- Ouvi um homem dizer, desesperado.

O coração disparou.

-E você tem certeza disso?- Meu pai perguntou.

-Absoluta, senhor.

Houve silêncio.

-Madá!- Meu pai me chamou.

Demorei pra responder, pra eles pensarem que estava dormindo.

-Sim, pai?- desci às escadas alguns minutos depois.

-Vá com esse rapaz.- Ele disse e virou para o seu quarto.

-Mas...

- Ande logo, antes que eu desista e ele morra por lá mesmo.- ele disse e me lançou o mais mortal dos olhares.

Ele? Não, não, não.

Saí do jeito que estava, sem sandália, com uma camisola. Você acha mesmo que eu iria me ajeitar?

-Moço, me responda, como ele é? Por que ele chamou meu nome?- perguntei enquanto andávamos rápido.

-Eu... é...

-Esqueça, vamos logo!- Comecei a correr e ele me seguiu.

Não demorou muito para chegarmos ao local, a ambulância e a polícia já haviam chegado e estava colocando-o na maca. Meu coração disparou e meu corpo gelou. Comecei a chorar e corri em direção a ele.

-RAFAEL!- Gritava em desespero.

Os policiais me seguram para que eu não me aproximasse dele, eu chorava, gritava, berrava. Eles não entendiam? O meu amor estava morrendo, o amor da minha vida estava indo embora.

-Por favor, me soltem, me deixem vê-lo, por favor, por favor!- Supliquei já soluçando de tanto chorar.

-Moça, você está muito agitada, eu vou dar um calmante...

-DÊ O CALMANTE A SUA MÃE, EU NÃO PRECISO DE CALMANTE. EU QUERO VÊ-LO- gritei.

- Se fosse maior seria presa por desacato...

-Moço, é o meu namorado, por favor me deixe falar com ele. Se fosse a sua mulher, sua mãe, seu papagaio, você estaria na mesma situação que eu. Me solta, por favor.- implorei, em meio os soluços.

Eles me soltaram e eu corri em direção a ambulância.

-Calma, conseguimos reanimá-lo. Ele quer falar com Madá, é você?- Disse um enfermeiro.

-É óbvio.- falei com arrogância.

-Entre na ambulância, vamos levá-lo pro hospital mais próximo.

-O estado dele... é grave?- perguntei mas nem queria saber a resposta.

Ele não me respondeu, abaixou a cabeça e entrou na ambulância.

Eu também entrei, em prantos. Olhei pra ele e as lágrimas caíram.

-Madá...- ele deu um sorriso, que mais pareceu uma careta.

- Amor! Amor, me perdoe. Eu deveria ter aberto a janela...- me sento perto dele e pego em sua mão.

-Shh, escuta.- ele sussurrou.

Enxuguei as lágrimas e deixei ele falar.

-Eu... eu sei que eu estou quase morrendo.- Ele sussurrou e fechou os olhos. Reparei que ele estava fazendo aquilo por estar com dificuldade de respirar.- E, se eu morrer...

-Para Rafa, você não vai morrer!- Voltei a chorar.

-Shh... Se eu morrer, eu quero que você saiba que eu te amo. Se eu morrer agora... com certeza irei morrer feliz... por ter você ao meu lado.- Ele respirou fundo e começou a engasgar.

-Pare de falar, Rafael! Pare, é suicídio!- Eu chorava tanto.

-Eu te amo, Madá Dillan. Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo. E eu não tenho medo, nem receio de morrer agora. Pois eu te conheci, e se realmente existem anjos vagando na terra, eu encontrei um.- Ele sorriu ainda de olhos fechados.

-Amor, pare.- Eu o beijei, estava tão machucada a sua boca.

-Você é a namorada mais estranha que tive.- ele sorri e se engasga novamente.

-Pare de dizer besteira, eu sou sua namorada.- sussurrei em meio ao choro.

Ele começa a se engasgar, e dessa vez o negócio fica mais grave.

Os enfermeiros me afastam, e tratam logo de estacionar a ambulância e tirar a maca de dentro.

Eles o levam pra dentro do hospital, o enfermeiro estava me dizendo que ele iria passar por uma cirurgia. Por que com o impacto da batida, havia sangue no pulmão que precisava ser drenado. Mas é claro que eu não estava prestando atenção. Só queria estar ao lado dele.

Estava muito agitada, foi quando um dos enfermeiros me deu uma injeção e eu vi tudo ficar preto.

Amores da minha vida... confesso que estou com o coração na mão :'(
Amo vcs <3
Espero vocês no próximo capítulo. Bjs da Teca ^3^/ Mandy

Dedico esse capítulo à Pudim_de_Chocolate, que provavelmente está querendo me matar. Mas, esse capítulo é especialmente pra vc, que quase morreu de madrugada, mas sobreviveu. E está provavelmente morta novamente kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk :V

Autora do capítulo: Teca 

Palavras modificadas pela: Mandy

Bjs da Teca/Mandy

Até logo


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