eu olho para todos os meus infernos
vejo um desencadear de lírios e sabiás
notas a tropeçar numa melodia leve
pássaros a escorregar sobre o milharal
o vento arrancando as vestes latinas
o bailar dos quadris mirados pelo sol
eu vejo o crescer do desejo no peito
as raízes se arrancando dos oceanos
o pecado da rosa, o frescor dos dedos
o queixo molhado na fome do beijo
que deus me permita ver o segredo
de correr para longe e saber que o destino
é ser qualquer coisa que faça o coração
matar a saudade que carrego por dentro
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oxigênio da palavra
Poesía"O mais feio é você ficar aí, toda imunda, patética, sentada, chorando pelos cantos, e se preocupando com isso. Pô, acorda menina. Dá a volta por cima. Seja forte. Seja você."