Cap. 1

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*P.O.V Alexandra*

Bem hoje vou ter de aturar aquelas pessoas irritantes e sem escrúpulos, vou inventar que estou doente para a minha mãe, mais uma vez, levantei-me da cama a muito custo, fiquei em frente ao espelho, levantei a camisola, o hematoma estava maior e todo roxo, pois é, ontem levei uma sova das grandes, de novo, deram-me pontapés nas pernas, nas costas e na barriga, só não foi na cara porque a protegi com os braços, se a minha mãe visse que tinha algum olho negro ou os lábios cortados de novo, aqueles infelizes matavam-me por a minha mãe ir fazer queixa á escola.

Fui para a casa de banho, despi-me para tomar um duche, mas fiquei um pouco a olhar para as minhas pernas e braços, cobertos de cicatrizes e hematomas recentes, juro que não vou aguentar muito mais, é sempre o mesmo dia após dia, estou farta disto tudo, o melhor que tenho na minha vida é a minha mãe, o meu pai... bem... ele foi morto por andar nas drogas e ficou a dever a alguém, e a divida ficou saudada com a alma dele fora do corpo, e tive de sair do Canadá com a minha mãe e viemos para a nossa terra natal, Bradford. Foi a mudança que piorou a minha vida.

Avistei a balança num canto da casa de banho, fui busca-la e coloquei-a a minha frente, há um mês tinha uns 86kg, vamos ver agora, fiquei em cima da balança, olhei em frente com medo do resultado, quando apitou, avistei o numero 83,500kg.

Eu: perdi tão pouco, porra!

Mandei a balança com força contra a parede, ela é resistente, não se partiu, merda ainda continuo gorda, os outros todos têm razão, não valo nada, sou um monte de banha ambulante, até as vozes dizem para me matar, vou mas é tomar banho.

*30 minutos depois*

Já estava vestida para ir correr, mas fui para debaixo dos lençóis para ficar "febril" e com o termômetro ao pé da lâmpada para ficar com os 38,5 graus, para a minha mãe pensar que estou mesmo doente, odeio mentir-lhe mas eu faço de tudo para não ouvir os insultos deles, passado uns minutos a minha mãe entra no quarto e finjo tirar o termômetro da cova do braço direito, olho para ele para confirmar a temperatura.

Mãe: bom dia filhota, que se passa? Tens febre querida?
Eu: eu acho que sim olha (dei-lhe o termômetro para as suas mãos, ela olhou para mim)
Mãe: ficas em casa hoje filhota, e estás pálida, queres um chá quentinho?
Eu: pode ser, mas olha podes ir trabalhar, eu desenrasco-me bem mãe.
Mãe: okiie querida, eu já volto com o chá (deu-me um beijo na bochecha e saiu quase a correr)

Olho para o teto, e tento imaginar como seria a minha vida se eu fosse uma rapariga normal, se as pessoas gostassem de conversar vários assuntos comigo, mas não consigo, isso parece um pensamento muito mas muito distante para se tornar realidade, se o grupo do Zac não me fizesse tanto mal, eu estava bem comigo mesma, mas não... sou vitima de Bullying todos os dias sem falta, parece que lhes dá gosto ver as outras pessoas no fundo, sem se conseguirem levantar do chão, o que mais me doi é o Zayn Malik fazer parte do grupo, ele não me espanca como os outros, mas deixa feridas muito maiores e mais difíceis de sarar no meu coração por ouvir tantos insultos vindos da boca dele, se estam a pensar que eu gosto do Zayn, estou erradas/os, eu amo-o, mas não devia, eu devia odia-lo por me fazer sofrer tanto.

Mãe: está aqui o chá querida, vou ter de ir mas qualquer coisa, liga-me
Eu: não te preocupes mãezinha, e eu amo-te muito, nunca te esqueças disso.
Mãe: eu sei minha querida, eu amo-te mais, e sabes que podes contar comigo para tudo (olhei para ela com lágrimas a querer sair mas contive-me, abraçei-a com força, dei-lhe um beijo na bochecha, ela fez o mesmo) até logo filhota
Eu: até logo mãe, o chá não tem açúcar como eu gosto, pois não?
Mãe: não tem (sorriu e fechou a porta do quarto)

Enquanto bebia o chá, ouvi a porta da rua chegar, minha mãe já tinha saído, calcei os tênis de correr, coloquei a faixa com a bolsinha de meter o telemóvel no braço esquerdo, guardei o telemóvel lá com os meus fones já colocados no devido sítio, levei a caneca do chá para o lavatório da cozinha, pequei nas chaves de casa e sai depois de trancar a porta, guardei as chaves na bolsa do telemóvel, ajeitei os fones nos ouvidos, meti a música do Jake Miller - Ghost no máximo e comecei a correr.

Já tinha feito 45 minutos de corrida sem parar, estava a ficar tonta, e acho que estou a ter alucinações porque eu estou a ver o Zayn a correr para mim todo aflito, ele está com cara de preocupado, "Alex é só uma alucinação ou assim", sinto o meu a cair no chão e vejo tudo preto antes de "adormecer".

P.s: aqui está o primeiro capítulo, decidi escrever logo a rotina de Alexandra porque não tenho imaginação suficiente hoje para fazer uma enorme descrição, e acho que perder o vosso interesse pela história.

Nesta história vou contar a vida de Alexandra aos poucos kkk

Em quase todos os capítulos vai ter uma revelação, espero que seja do vosso agrado, beijinhos warriors :*

Bulliyng - Zayn malikOnde histórias criam vida. Descubra agora