16.

128 15 8
                                    

Ela não conseguia parar de tremer, por ter uma arma na sua frente. Ela entrei em estado de choque e não conseguia mais se mover até que eu resolvo fazer alguma coisa e sacudo o seu corpo a fazendo acordar desse seu "transe".

-Alex, o que você tem?- eu falo a segurando pelos ombros.

-P-por quê você tem uma arma em casa?- fala tentando parar de gaguejar.

-Pra proteção. Eu tenho licença pra ter ela.- eu minto.

-Tira essa coisa de perto de mim.-ela fala olhando nos meus olhos.

-Tudo bem, só fica calma.- falo a sentando na cama novamente e guardando a arma.

-Obrigada.- ela fala já mais calma.

-Então, quer me falar o por quê você reagiu assim?- pergunto me sentando ao seu lado.

-Eu não sei, talvez seja melhor não.- ela fala com um pouco de medo.

-Falar do porquê disso vai te ajudar, eu tenho certeza.

-Okay, eu posso tentar. Mas por favor, não fala isso pra ninguém.- fala com um pouco de desespero e agarrando na minha mão.

-Tudo bem, pode começar.

-Bom, eu tinha um namorado, o Rafael. Eu e ele estávamos namorando a um bom tempo e ele foi o meu único namorado da minha vida inteira e nós éramos tão apaixonados um pelo outro.

Um dia eu descobri que ele sofria de depressão, mas eu sempre fiquei do lado dele e ele já tinha tentado se matar várias vezes e eu achava que ele estava assim por minha conta, porque eu não era o suficiente pra ele.

Mas eu sempre estive lá pra ele o tempo todo e à qualquer momento, então no dia 07/04/2014 eu fui na casa dele.

*Flashback On* 07/04/2014

Hoje eu iria na casa do Rafael fazer uma surpresa pra ele, estava levando vários seriados que nós dois amamos.

Então não contei pra ninguém que iria pra casa dele, somente pros meus pais. Então quando já estava pronta fui pra casa dele a pé mesmo já que nossas casa eram bem perto uma da outra.

Quando cheguei lá sua mãe e nem seu pai estavam em casa e tudo estava silencioso demais e eu não via Rafael em lugar nenhum.

Então fui no quarto dele e abri a porta muito devagar e encontrei o Rafael sem camisa coberto de sangue e com uma arma apontada pra sua própria cabeça, provavelmente a do seu pais já que ele é policial.

-RAFAEL.- eu grito chamando a sua atenção.

-Alex, o que faz aqui?- ele fala fraco.

-Eu vim te fazer uma surpresa, mas isso não vem ao caso. O que pensa que está fazendo?- eu pergunto me aproximando dele.

-Eu estou me libertando. Eu preciso fazer isso, é o único jeito de eu conseguir ficar em paz novamente.- ele fala ainda com a arma na cabeça.

-Rafael por favor, não faz isso. Se for minha causa eu vou embora. Só não faz isso com você.- eu falo já chorando e me aproximando mais dele.

-Isso não tem nada a ver com você Alex, você foi o único motivo pelo qual eu ainda estou vivo, se não fosse por você eu não sei o seria de mim.- ele fala também começando a chorar.

-Rafael, eu te amo.- eu falo e abraço a sua cintura com toda a força do meu corpo.

-Eu sinto muito Alex, eu te amo.- ele fala e dispara contra a sua cabeça e cai nos meus braços já morto.

Eu fiquei com ele gritando o mais alto que eu podia e chorando o mais que eu conseguia, mas não ia adiantar nada disso ele não ia maia voltar pra mim, ele não estaria mais ali pra mim quando eu precisasse dele, ele não estaria ali pra me abraçar, ele não estaria lá pra cuidar de mim, ele não estaria lá pra eu chorar no ombro dele e ele não estaria mais lá pra me amar. Acabou, tudo acabou. Uma parte de mim morreu com ele naquela tarde e nunca mais voltaria assim como ele nunca mais voltaria.

Quando os pais deles chegaram em casa eu ainda estav no quarto dele e com o seu corpo nos meus braços e então eles começaram a chorar e a me perguntar o que tinha acontecido, mas eu não conseguia responder nada eu simplesmente não tinha forças pra falar sobre aquilo.

Então passaram-se semanas depois da morte do Rafael, do seu velório, do meu depoimento pra polícia explicando tudo o que tinha acontecido e depois disso eu não tinha mais forças pra sobreviver e nem pra tentar sobreviver, eu desisti da minha vida, eu não saia mais do quarto, não falava com mais ninguém e eu criei um trauma de armas, logo depois me diagnosticaram com mutismo seletivo.

Essa é uma doença mental rara que tem como principal característica desta condição a inabilidade de conversar em situações sociais específicas - o ambiente escolar, apresentações em público ou até mesmo o simples fato de estar na frente de garotos ou garotas, por exemplo.

*Flashback Off*

Niall P.O.V

Quando ela acaba de contar essa história eu fico de boca aberta, agora eu entendo o por quê de ela ser assim tão tímida. Minha única atitude é a abraçar, eu não sei bem o por quê eu fiz isso, mas eu senti que eu precisava disso tanto quanto ela.

Depois de um tempo ela retribuiu o abraço e chora no meu peito.

-Não se preocupe, eu vou estar aqui pra cuidar de você. Eu prometo.- eu separo o nosso abraço e a beijo, não um beijo com desejo e com segunda intenções como os outros e sim um beijo com sentimentos, eu não sei ao certo quais os sentimentos mas eles são fortes, uma coisa que eu nunca tinha sentido com mais ninguém, é estranho me sentir assim, mas ao mesmo tempo eu sinto que é uma coisa boa.


Euuu volteiiiiiiii, olá amoresss, tudo bem? Primeiramente eu queria pedir desculpa por não ter postado ontem, masssss vejam pelo lado bom, eu postei hoje. Hehehehe

Bom falando sobre o cap, o que vcs acharam desse cap mais fofinho e meio q apaixonado dos dois? Me avisem se tiverem gostado nos comentários e não esqueçam de votar.

E falando sobre a doença da Alex, sim essa doença realmente existe e é muito séria, eu conheço uma pessoa com essa doença e eu sei como é conviver com isso, então eu acho que vai ficar legal até porque combina um pouco com a situação do namoro da Alex e do Rafael. E eu quero saber a opinião de vcs sobre isso, se vcs acham q vai ficar bom essa coisa da doença e tudo mais e essa história de suicídio do Rafael.

Sah ama vcs, suas maravilindas

UnknownOnde histórias criam vida. Descubra agora