Uma estranha visita

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TuntunTUN

Um ruído estranho, vinha da janela do seu quarto.

"Mas que..?"

Espreitou pela janela mas nada viu, inclinando-se ligeiramente para a frente (com cuidado) girou a cabeça de um lado para o outro e mais uma vez, n viu ninguém.

"Está alguém!?" - gritou

Ninguém respondia, então fechou a janela.
Nesse mesmo instante a sua mãe havera chegado a casa e preparava-se para começar a fazer o jantar.
Koryie desceu as escadas e nada disse sobre o barulho estranho.
O seu pai tinha morrido fazia muito tempo, na altura Koryie ainda era uma criança pequena, e mesmo sem quase o ter conhecido, ela sentia a sua falta.

Todas as refeições que eram feitas em casa, ela, com orgulho e empenho, colocava um prato para o seu pai ao lado do seu. Apesar da mãe lhe dizer para parar de o fazer, Koryie limitava-se a fazê-lo de novo...

"Vou para o quarto dormir, estou estafada hoje..." - disse num suspiro enquanto subia os velhos degraus para o seu quarto.

Entrou, fechou a porta e deitou-se na cama, a fim de adormecer.

Adormeceu

O seu corpo começou a ficar frio, Koryie tremia, devido á aragem que vinha da sua janela.
Abriu os olhos e deparou-se com um rosto diferente.
Era um rosto meio oval, a pele escamada e de um dos lados das bochechas, conseguia-se ver-se os dentes. Os olhos eram brancos, o que realçava as veias negras que eram percorridas por eles, um cheiro a morte vinha daquele corpo, com a boca a pingar sangue e uma substância negra como lebano.
Durante 3s Koryie ficou imóvel com o susto, mas, quando olhou atentamente, aquele rosto parecia-lhe familiar.

"ASURA!" -pensou

A feição diante dela mantinha-se igual, nem um sorriso, nem um franzir das sobrancelhas.
Finalmente Koryie tinha a certeza de que aquela cara era a de Asura, mas não conseguia acreditar nela mesma.

"Asura és tu!?" - sussurrou a medo

"Koryie...ainda te lembras de mim..."

Era impossível Koryie ter esquecido Asura, mesmo tendo feito todos acreditarem que sim.
Asura sorriu e afastou-se do corpo de Koryie.

"Tenho tantas perguntas para te fazer!"

"Infelizmente não tenho tempo para isso..."

"Mas o que se passa!?" - disse Koryie preocupada

"Eu...estou no meu corpo pois não acabei a minha missão aqui, na terra."

"Mas que missão!? ASURA eu estava a ver que ia morrer de saudades tuas!"

Com um só gesto, Asura tapou-lhe a boca fazendo-lhe sinal para sussurrarem.

"Este corpo não ira durar muito tempo..." - prosseguiu antes de ser interrompida - "Ele está a degradar-se de dia para dia..."

"Vais embora de novo!?"

"Em breve...muito em breve"

"Asura...porque fizes-te aquilo?"

"E..eu...nao aguentava mais, olhar todos os dias para o espelho, fazer todos os dias a mesma rotina, ouvir todos os dias os mesmos insultos...estava cansada."

"Ma..." - Asura interrompe

"E não me arrependo do que fiz, voltaria a fazê-lo..."

Uma lágrima escorreu pelo rosto pálido de Koryie. As suas lágrimas eram sinceras, límpidas e frescas, faziam lembrar o mar.

"Asura, não maneira de ficares aqui?"

"Há"

Um sorriso rasgado estendeu-se ao longo do rosto de Koryie.

A esperança tinha voltado


Escrever de Preto no EscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora