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Eram 10h09 da manhã, as ruas daquele lugar eram estreitas, haviam árvores bonitas espalhadas em cada esquina, os prédios eram coloridos e havia sempre algum comércio no térreo.
Louis caminhava pelos paralelepípedos, Harry estava andando junto ao maior. Em um momento Louis o pegou e girou com ele, Harry riu alto, batendo nas costas do mais velho.
"Lou! Me coloque no chão." Ele riu e Louis o colocou em pé. "Por que você fez isso?"
"Você estava todo pensativo, mas valeu a pena pela sua risada." Louis voltou a caminhar com Harry, suas mãos entrelaçadas indo para cima e para baixo.
"Seu idiota." Harry riu levemente. "Mas eu ainda não sei para que lugar estamos indo." Harry lamentou mais uma vez. Desde o momento em que, Louis foi buscá-lo, que eles entraram no trem, o cacheado o questionava.
"Fique calmo, eu disse que deveria ser surpresa. Sabe, é um dos meus lugares favoritos, às vezes eu venho para cá e eu nunca trouxe alguém para conhecer."
Harry sorriu, "Eu fico feliz que você tenha me chamado. Se você ama, eu vou amar ainda mais este lugar. Agora, por favor, estamos chegando?"
Louis riu. "Estamos, eu já consigo ver o prédio e Angelina, uma senhora que está sempre cuidando do local, ela é um amor." Louis se aproximou do prédio colorido.
Era um prédio alto e com cores suaves e destacadas, flores decorando-o inteiro. Algumas janelas estavam abertas, e por ser de manhã deveriam ter poucas pessoas.
Angelina estava na entrada e ela sorriu docemente quando viu Louis. Ele sentiu o aperto firme da mão de Harry, e sorriu.
"Olá, Angelina. Como está? Esse aqui é uma pessoa especial e eu gostaria que vocês se conhecessem." Ele piscou e ela sorriu abertamente, como se entendesse tudo.
Harry estendeu a mão e a mulher a segurou com as suas duas mãos. "Olá, querido. É um prazer enorme conhecê-lo, espero que goste daqui. Eu sou Angelina, como Louis disse, trabalho aqui há um bom tempo." Ela contou.
"Oi. O Louis falou bem de você, eu me chamo Harry." O garoto sorriu gentilmente.
"Oh, sim! Creio que Louis já tenha me contado sobre algum Harry da última vez que veio aqui, vocês são um lindo casal."
Louis olhou rapidamente para o cacheado e ele estava corando, "Muito obrigado." Ele disse, e Louis sorriu por ele não negar.
"Ah, querido!" Angelina o deu um breve abraço, Louis inalou o aroma de lavanda que a mesma impregnava. "Você está tão alegre, eu vejo em seus olhos. Fico contente com isso, mas o que devo sua visita?"
"Eu decidi trazer o nosso Harry aqui para tocar piano." Louis revelou e viu Harry sorrir ainda mais, como se fosse surtar.
"Claro, aqui está a chave, fiquem à vontade, espero que Harry goste." Ela estendeu uma chave com um cordão verde do seu molho de chaves e Louis a pegou.
O de olhos azuis lançou um último sorriso e Harry despediu-se, ambos subiram as escadas lentamente.
"Ela é um doce." Harry admitiu. "E Louis, eu não posso acreditar que você está me trazendo para tocar piano."
"Eu o vi com o teclado aquele dia e tive essa ideia. Eu achei que você fosse gostar."
A porta tem o número 15 estampado, Louis destrancou e entrou com o garoto, encostando-a depois.
"É uma sala pequena, tem o piano no meio e o banco, uma mesa com um jarro de flores e água à nossa direita, uma porta balcão e uma estante com diversos livros à nossa esquerda, além de vários quadros espalhados." Louis descreveu.
"Louis, eu amei esse lugar, ele é confortável, eu sinto isso. Quais são os quadros? Eu estudei um pouco sobre isso, Gemma ama isso e me forçava a estudar junto com ela."
"É ótimo que você tenha gostado. Ah, são alguns retratos de alguns pianistas e uns três do Edward Hopper, eles retratam a solidão."
"Um dos favoritos de Gemma." Harry contou. "Mas podemos tocar?"
Louis riu brevemente. "Sim, vamos."
Tomlinson o guiou até um banco cinza e sentaram-se. Harry tateou o piano e deu um sorriso em contentamento.
"O que vamos tocar?" Harry perguntou animadamente.
"Bem, eu nem pensei nisso. Tem algumas partituras aqui, mas podemos tocar qualquer coisa."
O cacheado concordou, Louis colocou as suas por cima e eles começaram a tocar uma melodia simples, suave e lenta.
Louis deixou o garoto tocar sozinho, e apenas o observava com carinho.
Harry parecia tocar com a alma, o que lhe transmitia uma paz. A cada nota e o som belo que emitia o piano, tocando em harmonia.
Ele tocava uma melodia clássica que havia praticado várias vezes quando fazia aulas, e Louis apenas sorria para cena, encantado com a forma que o mais novo tocava.
O sorriso nos lábios dos dois não saíam, o garoto mordia o lábio inferior quando errava alguma tecla, e Louis o assegurava, dizendo o quanto ele estava indo bem, e não era mentira, ele tocava maravilhosamente bem e Louis só queria ouvir enquanto observava-o.
Louis observava cada detalhe, era por causa de cada um que ele se apaixonou por Harry, era por ele ser tão incrível, de todas as formas.
Na semana passada, Louis levou Harry para casa depois dos dois terem caminhado um pouco por Londres, e ele pediu para tatear seu rosto, o de olhos azuis deixou ele identificar cada detalhe seu e depois disso Harry passou um dia inteiro dizendo o quanto seu nariz parecia adorável.
Louis apenas se apaixonava cada vez mais se fosse possível.
Quando eles estavam saindo deixaram a promessa de que iriam voltar em breve, para Angelina. Ela deu um abraço apertado nos dois e disse que havia um novo café no final da rua, e que os waffles eram uma delícia.
Agora, eles andavam até o final da rua, o café já podia ser visto era como um chalé, parecia bem agradável.
Os dois entraram e sentaram-se perto da janela. Uma senhora veio atendê-los em seguida.
"Boa tarde, sejam bem-vindos. Já querem pedir?" Ela ia entregar os menus, mas Louis negou com um sorriso.
"Nós vamos querer dois waffles com calda de chocolate e morangos acompanhando, e dois chás, um sem açúcar e um com leite, por favor." Louis pediu e a senhora anotou agilmente.
"Será trago em alguns minutos, com licença." Ela sorriu simpaticamente e saiu.
"Como você sabe que eu amo waffles com calda de chocolate e morango? E que eu prefiro chá sem açúcar?" Harry riu.
"Eu sou um ótimo observador e sua mãe fala muito de suas manias e seus gostos." O mais novo bufou. "Você está adorável com essa bandana, sabia?" Louis comentou e Harry corou levemente, abaixando a cabeça.
"Pare de me envergonhar, Lou."
Tomlinson riu, "Eu gosto de ver você todo envergonhando quando o elogio."
O pedido chegou, era um garoto agora, ele serviu e pediu licença ao se retirar, dizendo "tenham uma boa tarde" antes.
Harry tateou lentamente o que havia na mesa, Louis pegou sua mão e colocou sobre cada item.
"Não fique hesitante em me pedir para descrever ou ajudá-lo, Haz." Louis assegurou. "Isso não incomoda."
"Obrigado, mesmo." Harry comeu um pedaço do waffles e suspirou. "Isso é realmente muito bom."
"Eu também achei, talvez possamos voltar mais vezes aqui."
Assim que terminaram, Louis iria pagar a conta, mas Harry insistiu em dividir, então eles o fizeram. E voltaram de trem para casa.
Abraçados enquanto trocavam breves beijos. Louis nunca esteve tão feliz, e nunca havia se apaixonado intensamente por alguém, como ele estava pelo garoto.
Eles estavam destinados. Mesmo que os dois sejam completamente diferentes em alguns aspectos, mas eles eram tão parecidos em outros.
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salvation (au!larry)
DiversosPorquê Harry era como um livro recém-comprado, aquela sua música favorita que Louis nunca se cansará de ouvir, as estrelas que iluminam o seu céu, o Sol que faz irradiar todo o seu corpo, as gotas de chuva que molham toda a sua pele e o torna renova...