2° Capítulo

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Fanfic Harry Styles - Hey Angel

Alice

No intervalo, fomos para o refeitório. Compramos nossos lanches e sentamos numa mesa para dois, onde sempre sentamos.

- E ai, o que vai fazer nesse final de semana? - Becky perguntou e mordeu seu sanduíche.

- Ah, eu vou fazer como sempre. Ficar em casa, ler livros, ver minhas séries, jogar alguns jogos... - dei ombros bebendo um pouco do meu suco de uva.

- Ai, nerd! - disse revirando os olhos. Eu gargalhei e logo em seguida ela também. - Ah, vamos sair, ir ao shopping, ou ao cinema. Sei lá... - sugeriu.

- Você sabe que não sou dessas - falei e desviei o olhar. E mais uma vez ele estava lá, me observando. No canto do refeitório, com os braços cruzados, e a mesma roupa. Voltei minha atenção para Becky, que falava sozinha.

- Você tá me escutando? - falou alterada. Eu apenas balancei a cabeça positivamente, senti uma dor muito forte na cabeça. O que me fez gemer baixinho, e novamente comecei a ouvir sussurros e vozes na minha cabeça, parecia que iria explodir. - O que eu disse? Lice? Oiii? Você tá aqui? Terra chamando Alice... - começou à estalar os dedos para chamar minha atenção. Isso me dava mais dor ainda, num movimento rápido segurei seus dedos à fazendo parar. Ela me olhou assustada e ficou sem reação.

- Para com isso. - disse e soltei sua mão colocando na mesa calmamente. - Tá, eu vou com você ao shopping. Depois conversamos melhor sobre, preciso ir...- disse e me levantei saindo as presas.

- Onde você vai? - perguntou franzindo o cenho.

- Ao banheiro! - falei e assim segui em direção ao banheiro.

Assim que entrei no banheiro, uma claridade forte invadiu meus olhos me fazendo fecha-los. Logo ela passou e o banheiro estava completamente normal. Joguei uma água gelada no rosto e na nuca para acordar. Fechei os olhos por um tempo, e depois abri olhando para o espelho. E novamente ele estava lá, dessa vez sem o capuz e sem óculos. Deixava seu rosto amostra, seus cabelos cacheados e olhos verdes intensos e brilhante. Olhei pra trás e ele não estava lá. Balancei a cabeça negativamente e joguei mais água no rosto tirando totalmente o pouco da maquiagem que usava. Olhei para o espelho e ele de novo. Mas que saco, ele não para de me perseguir. Encarei ele pelo espelho sentindo raiva, nem percebendo que o espelho se partiu em pedaços caindo na pia. Me assustei ao perceber o que tinha acontecido, não acreditando no que eu tinha feito. Não, eu não fiz isso. O que eu fiz? Como isso aconteceu? Não pode ser, estou ficando maluca. Tentei catar os vidros e jogar da lixeira, e acabei me cortando. Tirei a faixa do meu cabelo, e enrolei na mão direita que sangrava. Rapidamente sai do banheiro antes que alguém entrasse e chamasse o diretor. Fui ao bebedouro, e bebi bastante água, me senti aliviada no final.

Eu estava nervosa novamente, ouvia vozes e mais vozes na minha cabeça. As conversas e cada detalhes delas. Tapei os ouvidos, e sai correndo em direção a saída. Não queria saber se iria levar suspensão, mas tinha que sair daquele lugar antes que minha cabeça explodisse. Corri para casa, mamãe não estava lá. Tomei um remédio para dor de cabeça e um chá que minha mãe faz quando não me sinto bem. Senti uma dor no peito e um choque passar pelo corpo. Subi para meu quarto, e fui para o banheiro. Liguei o chuveiro e sentei na banheira assim que tirei a roupa. Fiquei ali, um bom tempo chorando, morrendo de dores que pareciam nunca passar. Minhas costas. Ela doía muito e coçava, como se a qualquer momento fosse nascer algo ali. Gritei de dor, era insuportável.

Mamãe chegou umas horas depois, e perguntou o que havia comigo.

- O que foi minha flor? O que houve com você? Está tremendo, você está quente. O que você tá sentindo Alice? O que houve com suas mãos? - perguntou preocupada e nervosa.

- Tá doendo mamãe, tá doendo... - chorava com a dor.

- Calma, vai passar. - disse me abraçando e fazendo cafuné na minha cabeça. Meu corpo tremia, e minha febre aumentava a cada minuto. Soluçava alto, mamãe me tirou da banheira, e desligou a água. Me enrolou na toalha e me levou para o quarto. Procurou por uma roupa fresca e colocou em mim. Me deitei na cama, me cobri até o pescoço e fiquei deitada quietinha.

- Vou preparar algo pra você comer, fica quietinha aqui. - disse e beijou o topo da minha cabeça. Ela desceu e eu fiquei ali como o combinado. Uns quinze minutos depois e ela já não tinha subido. Resolvi levantar e descer. Cheguei na metade da escada, ouvi vozes. Ela conversava com alguém, não sabia identificar essa 'tal' pessoa.

- Mãe, com quem está falando? - perguntei surgindo na copa. Ela levou um pequeno susto, e um vulto saiu pela porta da cozinha. Eu corri para ver quem era, e não tinha nada. Apenas o jardim completamente normal, e o vento balançando meus cabelos. Voltei para a copa e mamãe estava assustada. - Quem era? - perguntei novamente.

- Ninguém querida, era o vento. Estava falando sozinha. - sorriu sem graça. Eu sabia que não era apenas o vento, tinha alguém sim ali. E eu sabia que ela estava mentindo, eu podia ler em sua mente. Resolvi deixar quieto, e ficar na minha. - Sobe que eu já estou levando seu jantar... - disse ela. Eu concordei e subi de volta para o quarto. Me sentei novamente na cama e esperei por ela.

(...)

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By: Izabel Santos *-*

Hey Angel - H.S - [REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora