Harry era um garoto de família nobre, filho de Desmond Styles. Este havia sido cavaleiro, e obtido um grande prestígio durante os anos em que combatia, mas agora, depois de estar aposentado, tornou-se um treinador. Por essa razão, queria o mesmo destino para o filho. Harry tinha sete anos quando foi enviado para a casa de um senhor feudal na região da Normandia, por isso, não teve como impor sua opinião, caso não quisesse aquilo. Mas ele gostava da vida que levava, aprendendo a ler e escrever, tendo aulas de equitação e duelando com armas de madeira. Tinha orgulho de fazer aquilo, porque estava alegrando o seu querido pai. Eles se encontravam uma vez por ano, quando o mais velho vinha vê-lo, juntamente com sua mãe, Anne Styles, e sua irmã, Gemma. Tamanha era a felicidade de Harry ao vê-los! Ficava pulando pelos cantos durante dias, mas uma enorme saudade o arrematava depois, porque lembrava que só poderia reencontrá-los depois de mais um longo ano.
Sua vida era tranquila, e ele gostava de seu senhor. Ele era gentil e o ensinava as coisas corretamente e com muita paciência. Seus colegas eram ótimos companheiros, sempre o ajudando quando ele tinha alguma dificuldade. O garoto adorava duelar com eles, portando sua média espada. Era uma de suas atividades preferidas depois da equitação. Harry amava cavalgar e acariciar os cavalos no estábulo. O nome de seu companheiro era Giant, e ele o usava quase todas as vezes. Sua penugem era de um marrom claro, quase caramelo, tendo um afável rabo e grandes orelhas. Relinchava feliz quando Harry passava a mão por sua cabeça. O cavalo o amava tanto quanto era amado; era recíproco.
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O rei Mark Tomlinson morava em Paris, e mesmo com a fragmentação do poder depois da invasão dos vikings e povos bárbaros, mantinha considerável influência. Tinha um lindo filho e herdeiro, chamado Louis William Tomlinson, nome digno de príncipe, admitimos. Havia sido meticulosamente pensando antes do pequeno nascer. Ele e sua mulher, Johannah, fizeram o trabalho com ajuda de alguns familiares. Depois de meses pensando, entraram em um consenso. E o escolhido havia sido perfeito. O garotinho nasceu no dia 24 de dezembro de 1291, espalhando grande alegria dentro de castelo e nas terras dos arredores. Todos estavam felizes. O pequenino possuía brilhantes olhos azuis, e seu corpo era minúsculo. Sua mãe sentiu enorme emoção ao pegá-lo nos braços. Era seu primeiro filho, e nunca imaginou que ele seria tão lindo. Depois dele teve mais quatro, mas o primeiro é sempre mais especial.
Louis tinha seis anos, e adorava brincar com os empregados. Ele possuía uma babá, mas sempre atraía a atenção dos outros. Os carrinhos feitos de madeira eram seus bens mais preciosos, e ele passava horas deslizando-os no chão do castelo. Apesar de ser um príncipe, filho de um rei riquíssimo, amava seus carrinhos simples. Achava-os mais fácil de manusear, e não era contraditado por ninguém. Ele tinha apenas um amiginho, chamado Joseph. Poucas eram as pessoas que podiam frequentar o castelo, e ele era uma exceção, fazendo-o apenas porque seu pai era amigo de infância do rei Mark. Louis o conhecia desde seus dois anos, e eles possuíam um laço de amizade forte e adorável. Gostavam de fingir que eram cavaleiros e lutar com espadas de mentira, assim como os de verdade faziam, mas com de metal. A amizade deles era de tipo carinhosa, e os garotinhos viviam de mãos dadas. Andavam para lá e para cá dessa forma, pelos extensos corredores do castelo de, o tempo inteiro. As pessoas viam aquilo e estranhavam um pouco, mas deixavam pra lá, afinal, eram apenas crianças.
Joseph tinha um cavalo e sempre falava dele para Louis, deixando o pequeno extremamente excitado. Ele queria um cavalo, e queria aprender a montá-lo, mas era um príncipe, e príncipes não fazem esse tipo de coisa. Já havia falado disso para seu pai, mas ele o reprimiu duramente, restando apenas ouvir as aventuras que seu amigo contava. Tinha vontade de ir à casa dele e ver o cavalo, mas raramente saía do castelo e, quando o fazia, era sempre na companhia de seus pais. Às vezes ele se sentia solitário, porque tinha apenas um amigo, e só o via duas vezes por semana. Restava brincar com os criados.
Um dos momentos mais estranhos e diferentes da sua vida foi durante uma tarde em que Joseph havia ido em sua casa. Eles estavam brincando com os seus carrinhos no seu quarto, e acabaram indo para a sua cama, pois estavam muito cansados. Caíram em um sono profundo. Ao acordar, encaminharam-se para o pátio, seguidos por a criada particular do príncipe, onde iria ser servido o lanche da tarde, especialmente para eles. Sentaram-se na mesa e comeram pão com suco, sentido-se saciados após breves minutos. Louis estava tão feliz e animado por seu amigo estar ali, que se aproximou do rosto do outro e encostou os seus lábios com os dele, por impulso. Afastou-se rapidamente, assustado, ao perceber que havia mesmo feito aquilo. Ficou um pouco envergonhado, e disse:
- Je t'aime, Joseph!
O outro garotinho também estava um pouco assustado, e continuava estático, paralisado no banco. Ele estranhou a atitude do amigo de início, mas logo percebeu que foi apenas uma atitude não pensada, e apenas para demonstrar o enorme carinho que Louis tinha por ele. Joseph também possuía tal carinho por Louis, então apenas o abraçou, dizendo logo em seguida, quando ainda estava com os braços ao redor do pescoço do amigo:
- Je t'aime trop, Louis.
Desfizeram o abraço lentamente e dirigiram enormes sorrisos empolgados um para o outro, percebendo que a amizade deles era mais forte que o pensado antes.
O ato, que para as crianças pareceu inocente, poderia ser visto com outros olhos pelos adultos. Sorte que ninguém viu.
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Olá! Meu nome é Gabrielle, e eu tenho vontade de escrever uma fanfic há tempos. Tive essa idéia há alguns meses, mas nunca a coloquei para o papel. Decidi fazer isso agora. Considero esse tema muito difícil de ser trabalhado, mas eu vou tentar. Adora a idade média, sempre pesquiso fatos e coisas do tipo. Não sei se esta fanfic vai ser grande, mas é o que eu quero.
Então, espero que vocês gostem.
:)
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Heretic
FanfictionHarry é um cavaleiro e Louis, um príncipe. Surge um amor inesperado, que será duramente reprimido pela Igreja Católica, que é a instituição mais importante da época. Mas eles não se importam com isso. A única coisa que importa é o amor que flui e os...