Todos Nascemos Para Amar

Infância

Me chamo Jhon, tinha nove anos, morava em uma pequena cidade, boa para se viver, pacata seria a palavra certa, estava brincando de pebol com a turminha da rua, claro que eu era péssimo em bola, sempre era o gandula, quando eu chutava a bola ia na direção da floresta, aé, esqueci de dizer que morava ao lado de uma linda floresta, onde era cortada por um riacho, enfim... Estava preparado para entrar, com aquela ânsia de salvar o time, mesmo sabendo que era impossível.

Escutamos um som alto vindo de longe, tiramos a trave do "campo", quando de repente apareceu um caminhão de mudanças, é lógico que ficamos curiosos para conhecer os novos moradores.

Logo atrás do caminhão, veio um carro, desses de gente rica, modéstia a parte, primeiro saiu uma linda mulher, com um vestido deslumbrante, que os moleques ficaram babando, sabíamos um pouco sobre o mundo dos adultos, o suficiente pra deixar eles "excitados", depois saiu um garoto, com seu vídeo game na mão, e com um óculos de nerd, camisa branca estampada com o homem-aranha, ainda me lembro como se fosse hoje. Ele sorriu e entrou com a mãe, e o pai, com certeza era o pai que estava dirigindo não saiu do carro, foi embora.

Petru era o seu nome, não era muito de sair de casa, apenas ficava na janela nos observando a brincar, parecia bastante tímido diante de todas aquelas crianças, sentia algo diferente, só não sabia o que era, sempre nos encarávamos, como se o tempo não passasse, não aguentei, chamei ele pra jogar pebol, me tremi quando ele disse que era para eu pedir da mãe dele a Tia Sônia, não sabia qual era seria sua reação, mas com o meu sorriso meigo de moleque levado, ela liberou de boa... perguntei a ele quem era o homem do carro, ele confirmou que era seu pai, mas teve que viajar a negócios, apenas os visitava a cada quinze dias... E foi assim que nos tornamos amigos, depois de uns meses, melhores amigos!