VOCÊ É A PRÓXIMA.

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21 de Junho de 2003
Rua da Paz, número: 336

Era o primeiro dia do verão, todo mundo viajando para aproveitar as férias. Um grupo de amigos iriam passar as férias viajando pelo estado, conhecendo ponto turísticos e conhecendo a noite de cada cidade. O ponto de encontro escolhido por eles não foi o melhor: Mansão dos Young's, famosa por histórias de pessoas que a visitavam e simplesmente nunca mais foram vistas. O casarão já era bem antigo, a pintura já estava bem desgastada. Não morava ninguém ali a muito tempo. Carlos foi o primeiro entre os amigos a chegar, ele então desceu do carro e ficou "admirando" a enorme fachada daquele lugar, depois de quase 40 minutos de espera, ele pegou o celular e ligou para Mary, sua namorada.

— Onde vocês estão? ... Eu já estou aqui a muito tempo ... Tá, vou esperar por vocês. enquanto vocês não chegam eu vou dar uma olhada na casa ... Hahaha assombrada ... Ok Mary, prometo tomar cuidado. — ele desligou o telefone, pegou sua mochila e foi até os fundos em busca de uma entrada.

Depois de alguns minutos de procura Carlos encontrou uma porta aberta nos fundos, apanhou sua lanterna e entrou na famosa Mansão dos Young's, a casa estava um breu total, as lâmpadas estavam provavelmente todas queimadas, uma vez que o local não tinha um morador fixo a mais de meio século. Apenas com a luminosidade de sua lanterna, resolveu ir conhecendo a casa antes de seus amigos chegarem, em um dos corredores ele encontrou um quarto cheio de moves cobertos por lençóis brancos, no cômodo havia uma janela enorme com cortinas do chão ao teto, Carlos as puxou para a lateral, deixando a luz do dia entrar. Ao poucos ele foi tirando os lençóis de todos os móveis, até que encontrou uma cama, então resolveu deitar e esperar Mary, George e Izabelle chegaram 45 minutos depois, o carro de Carlos estava
estacionado ao lado de uma árvore que ficava na entrada da casa. Mary procurou pelo namorado em seu carro mais não o encontrou.

— Gente, Carlos não está no carro. — ela explicou para George e Izabelle.
— Ele deve está lá dentro, peguem suas coisas e vamos procurá-lo, — falou George. — ele provavelmente está explorando a casa, sabe como é o babaca do meu irmão, adoro esses tipos de lugares. — falou Izabelle. Mary pareceu não ter gostado de ouvir seu namorado ser chamado de "babaca", mesmo que por sua irmã.

Os três amigos rodearam a casa em busca de uma entrada, até que Izabelle avistou uma porta meio aberta na lateral (a mesmo que Carlos usou para entrar no interior do casarão). George entrou primeiro com uma lanterna na mão, Mary e Izabelle vieram logo atrás, ambas claramente com medo da escuridão que estava ali dentro. Assim que George colocou o pé no saguão da mansão, subiu um cheiro muito estranho por seu nariz.  — Vocês estão sentido esse cheiro? — perguntou George.

— Depende, o cheiro dos dejetos de roedores ou será que você está se borrando? — Mary falou rindo.
— Haha engraçadinha, é sério. Vocês não estão sentindo? Parece cheiro de ...
— Sangue! — exclamou Isabelle.
— Chega gente, isso não cola comigo. — falou Mary com uma voz trêmula — vamos logo procurar o Carlos.

Izabelle encontrou duas mochilas no chão do hall de entrada da mansão, aparentemente estava ali a muito tempo. A bolsa estava cheia de poeira e teias de aranha, ela começou a tirar as coisas de dentro, em busca de algo que poderia ser útil, mas não encontrou nada.

— É a mochila do Carlos? — quis saber Mary.
— Não. Tem roupa de mulher aqui, a não ser que seu namorado fique bem de mini-saia. — provocou Izabelle. George riu.
— Nossa como vocês são engraçados. — falou Mary irritada — eu vou procurar o Carlos.
— Boa ideia, assim temos um tempo só nós dois. Né amor? — perguntou Izabelle ao George.
— Claro gata, vamos procurar um quarto pra gente... — ele olhou para Mary que os encarava com cara de nojo — o que você tá fazendo aí ainda? Pega, leva a lanterna. Prefiro fazer certas coisas no escuro.

...

Transbordando medo por todo lado, Mary foi até o segundo andar da casa procurando de quarto em quarto por seu namorado. A mansão estava em total escuridão total, mas no final do corredor havia um quarto que deixara vazar a luz do sol pela frecha da porta. — Carlos! — pensou Mary, e então saiu correndo até chegar na entrada da suíte em que seu namorado estava. Ela abriu a porta devagar, com medo, e então ouviu-se um grito em todos os quatros cantos da Mansão Young's.

Mary encontrou o corpo de Carlos totalmente escalpelado, com o peito rasgado, olhos vazados, coração e vísceras retiradas, mãos e pés amputados. Mary então correu, gritando por ajuda e pelos nomes de Izabelle e George, Mary chegou ao saguão do casarão e seus amigos não estavam ali. Ela saiu correndo pelo corredor a sua frente gritando por seus amigos. No fim do corredor uma porta se fechou com muita força. — George! Izabelle! — chamou mais uma vez, mas não obteve resposta. Então Mary, mesmo com medo, resolveu ir até a entrada do quarto em que a porta se fechou. Mesmo sabendo que não era uma boa ideia, ela abriu a porta do quarto bem devagar, o que ela encontrou não foi muito diferente do que havia no quarto onde encontrara Carlos.

George e Izabelle estavam pregados na parede, na mesma posição em que Jesus foi pregado na cruz, porém, diferente de Jesus, todos os órgãos do casal haviam sido retirados dos corpos, suas cabeças amputadas e jogadas aos seus pés. Todo o cômodo estava manchado de vermelho — sangue —na parede lateral do quarto com o mesmo tom de vermelho havia uma mensagem para Mary: VOCÊ É A PRÓXIMA.

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⏰ Última atualização: Jan 16, 2016 ⏰

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