Na mira do mal

Adoção

  Londres, Janeiro de 1999

Quatro anos se passaram...

   Kurt, foi encontrado por um policial morando nas ruas de Londres, carregava apenas um colar que havia pegado de sua mãe. Com fome, frio e descalço, foi encaminhado para um orfanato.

Meses se passaram ...

   Um casal norte-americano logo se interessa por Kurt, o casal Louise e Bryan não podiam ter filhos e a estória a comoveu. Logo inicia um diálogo:

- Kurt, como vai você?

Após alguns segundos ele responde.

- Estou bem...

com o olhar triste.

- Você gostaria de ter uma mãe?

  Kurt da um sorriso sarcástico e logo responde.

- Eu já tenho uma mãe, ela está comigo o tempo todo.

   Assustada Louise não sabe o que responder, olha para ele e diz:

- Kurt, sua mãe não está mais entre nós, você entende o que quero dizer?

   Ele apenas olha fixamente nos olhos de Louise e responde:

- Ela está sentada ao seu lado.

   Louise um pouco assustada logo se despede:

- Querido tenho que ir agora, mas amanhã venho te ver, tudo bem pra você?

   Kurt apenas da um sorriso simpático e continua desenhando.

   De manhã cedo o casal retorna ao orfanato, Bryan não gostava muito da ideia, mas Louise insistia.

- Olá, eu não disse que voltaria? este é meu marido Bryan.

- Ah, sra. Louise, como vai sr. Bryan?

    Bryan da um sorriso e estende a mão para cumprimenta-lo.

    Depois de dias de conversa, perceberam o quão doce era Kurt, e decidiram adota-lo. 

    Chegando na casa do casal, Kurt não sentia-se à vontade por sua timidez, logo mostraram-lhe qual seria seu quarto, ele apenas responde com um sorriso de agradecimento.

- Vem amor, vamos deixa-lo descansar. 

Diz Louise.

  Pela noite, Kurt decide ficar até tarde assistindo na sala, Louise pergunta-lhe se não quer companhia e ele responde:

- Não estou bem, já estou acompanhado.

   Louise e seu marido começam a falar sobre o comportamento de Kurt, e concluem que é apenas sua imaginação fértil

   Kurt, estava quase dormindo quando ouve um barulho em seu quarto, o barulho era de como uma pessoa caindo e se arrastando, ele arregalou os olhos embaixo do cobertor e ascendeu a luz do abajur, lentamente descobre a cabeça e percebe que não tinha ninguém além dele mesmo no quarto. Amanhecendo o dia, mais ou menos quatro horas da manhã, ele abre os olhos e vê algo grande, como um cavalo, só que em pé, o tronco parecia como de um humano, olhos grandes e pretos, o rosto parecia como de um bode, sem emoções... olhou para Kurt, andou pelo seu quarto e sumiu.

  Ele não suportava mais aquilo, não entendia o porquê de ver todas aquelas coisas.

  No mesmo dia ele estava em seu quarto se preparando para o colégio, quando ouve um barulho em sua cama, parecia que alguém pulou por cima dela, ele apenas se assustou mas não deu muita importância.

  Kurt crescia assim, não tinha com quem dividir essas coisas. No colégio não era diferente, ele via tudo o que nossos olhos não podem ver... Não se enturmava com as outras crianças da sua idade, e tirava ótimas notas.