O dia passou sem nenhuma novidade, e obviamente, sem nenhum aluno novo, mas nada que não seja resolvido, talvez entre alguém, afinal, é primeiro dia ainda, temos muito tempo, e como eu disse antes para o Lucas, a semana nem começou direito.
Nós 4 estávamos no portão da escola, sem fazer nada, apenas conversando sobre alguns assuntos, e a Bia começou a rir, dizendo que eu tinha sido muito boba de acreditar que entraria alguém em um colégio como o nosso.
-Como assim "como o nosso"? -perguntei realmente não entendendo
-Ah, Mel... O nosso colégio não é um dos melhores, e você sabe muito bem disso, existem muitos outros muito melhores, e com muito mais status. -falou
-Sim, claro, mas sabe.. O nosso pode não ser tão bom, mas com certeza tem o melhor ensino, e duvido muito, óbvio que podem existir, que tenha algum outro com o nível de ensino tão bom. -respondi
-É, a Mel tem razão Bia, o nosso pode não ter esse "status", mas o ensino é excelente. -Hannah disse e Lucas assentiu
-Tá, vocês tem razão, mas não daria tudo para entrar em qualquer um que tenha status? -perguntou
-Sinceramente... Eu não. Gosto daqui. -disse e Hannah assentiu.
-Olha... Eu gosto daqui também, mas eu não me importaria de mudar para um melhor, com tanto que eu tenha outras oportunidades, caso contrário se o colégio não me oferecer nada, eu prefiro esse aqui. -Lucas disse
-E o que esse, te oferece Lucas? -Bia perguntou
-Sinceramente? -ela assentiu- Amigas incríveis como vocês, e amigos também. -falou e acenou na direção dos meninos
-Querem saber? Cansei desse assunto, já percebi que gostam daqui e não trocariam por nada. -sorriu e nós assentimos.
O sinal tocou, e com isso percebemos que tínhamos ficado uma hora a mais na escola, pois esse era o sinal que indicava a primeira aula, então rimos e saímos cada um para uma direção.
Estava quase chegando em casa quando vi um caminhão de mudanças parado a duas casas da minha, e para falar a verdade, eu nem sabia que aquela casa estava a venda, ou que podiam ter novas pessoas morando, nem dei tanta importância, afinal um dia ou outro iria acabar conhecendo aquelas pessoas, já tinha passado do caminhão, e olhei de novo na direção da casa, e quando olhei vi que tinha um menino sentado na escada, não tinha visto ele lá, e pelo menos de longe ele parecia muito bonito. Até pensei em ir até o portão e dar um oi, mas sabe quando surge uma timidez do nada? Então, isso fez com que eu esquecesse essa história de oi, e continuasse andando.
Cheguei em casa, e vi que minha mãe não tinha chegado do trabalho ainda, então esquentei umas coisinhas que sobraram do jantar de ontem, e comi. Com a fome que eu estava não me importava com que estava comendo, pra mim o importante era a comida, e só. Ri sozinha com isso, e continuei esquentando.
Comi rapidinho, quando terminei coloquei as coisas na pia e lavei. Depois fui para a sala e fiquei vendo The Walking Dead no Netflix. E sim, sou apaixonada por essa série! É a minha vidinha, minha paixão, meu amor, e... Ok, chega.
Estava assistindo quando minha mãe chegou e veio falar comigo.
-Meeeeel! -falou animada quando me viu
-Eita, por que essa animação toda? -ri e perguntei
-Ah, quero saber como foi... -riu- Se entrou alguém novo.
-Ah mãe.. Foi normal como sempre, mesmas aulas, e mesmos professores -fiz uma cara de tédio- quanto ao aluno novo... Não, nenhum, mas é como eu disse pro Lubs, a semana mal começou. -falei
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Apenas Mais Uma História?
Non-FictionVocê pode achar que essa história é mais um clichê que no final tem o famoso "felizes para sempre" não é? Posso te dizer uma coisa? As vezes os finais nem sempre são felizes. Essa história é narrada por Melissa Freitas, uma adolescente normal de 16...