O dia seguinte foi normal, acordei, fiz as higienes, desci e tomei o café. No carro passamos em frente a casa do Gabriel e senti minha mãe me olhando pelo retrovisor.
-Que foi? -perguntei
-Nada.. -Só acho que talvez possa ter alguém novo na sua sala. -sorriu
-Você acha? -senti uma pontinha de expectativa crescendo.
-Quem sabe, né? Já que ele tem a sua idade e acabou de se mudar... -sorriu e prestou atenção na rua
Sorri de volta e fiquei pensando se isso era mesmo possível, se ele realmente poderia ir justo para a minha escola... Seria muito bom, pois assim eu conseguiria ficar mais perto dele, e quem sabe, até pegar uma amizade.
Com esses pensamentos é obvio que eu cheguei na escola sorrindo feito boba, e é mais óbvio ainda que o Lucas percebeu.
-Oooi, acordou de bom humor hoje? -perguntou
-Também, mas tem mais coisa por trás disso. -ri
-E eu poderia saber o que é? -perguntou
-Hmm.. Acho que não, não deve ser um assunto que te agrade. -falei
-Que assunto seria? -sorriu
-Meninos! -ri- um menino em particular. -olhei-o e vi que sua expressão mudou um pouco
-Ah, ta apaixonada? -perguntou
-Não sei direito, até por que, nem o conheço muito bem. Ele se mudou ontem para a minha rua, e digamos que eu fui lá fazer uma pequena e rápida visita. -sorri
-Entendi.. Sabe o nome dele pelo menos? -deu um meio sorriso
-Gabriel. -respondi e ele assentiu
-Então você acha que é capaz dele vir estudar aqui? -perguntou
-Como sabe? -respondi perguntando
-Tá na cara, né Mel. -forçou uma risada- Mas só descobri depois que você começou a falar, e seus olhos brilharam.
--Não brilharam nada, ta! -respondi sentindo as bochechas queimarem
-Não precisa ficar vermelha, não -riu- é normal das meninas da sua idade.
-O que sabe sobre elas? -provoquei
-Muita coisa... Sei até o que não deveria saber. -falou e já ia saindo de perto de mim
-Como assim? -puxei-o de volta para que ele me explicasse o que tinha falado
-Nada... Só falei por falar. -deu um meio sorriso de novo e saiu.
Eu ainda não tinha entendido o que ele queria dizer, mas resolvi esquecer e procurar as meninas para que eu pudesse contar a nova novidade.
Estava andando pelo pátio e já aproveitei para dar uma procurada por ele, e se eu tivesse sorte, ele estaria lá, em qualquer lugar.
Fiquei tão distraída que nem percebi que esbarrei nas meninas, e com isso acabamos rindo.
-Tava procurando por vocês! -falei já animada
-Vish... O que aconteceu? -Hannah perguntou abrindo um sorriso
-Talvez tenha um novo aluno na nossa sala! -sorri e bati 3 palminhas.
-Sério? Mentira! -fez uma cara de surpresa- vamos entrar na sala então, por que assim seremos as primeiras, e podemos ver se vai ter mesmo.
Assenti e fomos até a nossa sala. E realmente, nós fomos as primeiras, e cada pessoa que passava pela porta eu sentia o coração acelerando.. Bobagem eu sei, mas fazer o que né.
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Apenas Mais Uma História?
Non-FictionVocê pode achar que essa história é mais um clichê que no final tem o famoso "felizes para sempre" não é? Posso te dizer uma coisa? As vezes os finais nem sempre são felizes. Essa história é narrada por Melissa Freitas, uma adolescente normal de 16...