Valentina
- Quem eles pensam que são, para tentar me impor algo, eu ainda sou a bosta da PRIMEIRA CIDADÃ?! – gritei, passando pelo corredor.
O que aconteceu era simples, os perdedores do conselho junto com o primeiro comandante criaram um jogo, um concurso ou sei lá; o que onde serei a atração principal junto com um monte de colonos, agora imagine o tipo que iram me trazer trabalhadores braçais, povo que vive da terra ou costureiros. Arrgghhh se acham que iram me domar estão sendo mais burros que eu pensava.
- Direto para o instituto ... – falei direcionado para Regis, minha guarda pessoal – E sem parar em nada, passe por cima de quem for!
- Sim, senhora. – respondeu Regis, automático e seco.
- APOLOOOOOOOOOO – gritei novamente assustando alguns soldados e serviçais próximos – Cadê você seu ...
- Estou aqui. – Falou ele calmamente aparecendo do meu lado e me dando um susto.
- Me lembre de colocar o sino no seu pescoço para você para de me assustar – Falei encarando ele – Você sabe o que os escrotos do conselho fizeram?
- A senhora sabe que nós robôs, não podemos participar do conselho nem ouvi as reuniões – Falou – E se de fato isso ocorrer, correrei o risco de ser desmontado.
Parei, olhei para ele e falei: - Não seja sonso comigo, eu já desabilitei isso de você a séculos e implantei uma escuta melhor que qualquer animal pode ter, então me responda senão eu mesma lhe desmonto. Você ouviu a proposta do conselho sobre o Reality?
- Dois pontos. – Falou com ar analítico – Primeiro, sim, ouvi o que o conselho e a reunião e até achei interessante como os humanos sempre se divertem perante a desgraça eminente e segundo; não acho que foi uma sugestão, o conselho determinou algo para a senhorita fazer. – Terminou me deixando mais irritada.
Chegamos no carro da comitiva e já estava entrando quando Apolo terminou sua análise totalmente desnecessária.
- Você! – Falei para o motorista do carro – Saia, Regis dirija! você é a mais rápida e conhece todos os buracos da Sede até chegarmos no instituto.
O motorista saiu assustado batendo continência para Regis que já se posicionou, ligando o carro e puxando, acho que se Apolo não fosse rápido ele teria caído.
- Sabe de uma coisa Apolo? – Falei após o carro começar a andar – É verdade, estou sendo obrigada, mas não será por muito tempo, pois ainda sou uma Redwater.
***
- TODOS PARA FORA!! – Falei assim que entrei na sala de pesquisa avançada do instituto
A sala, melhor dizendo: o andar inteiro, é o local onde eram desenvolvidos o sistema principal e as estruturas dos robôs e dos outros mecanismos de alta tecnologia, estávamos a frete do que o cidadão comum usava. Ali era onde eu passava o meu dia todo e todos meus dias, um local onde não se falava de política, administração de colonos ou qualquer coisa do gênero. Um local limpo, claro e silencioso. Mas não hoje, porque eu cheguei.
- Ei! – Falei me posicionando na frente de um cientista - Cadê o Victor?
- Primeira Cidadã ... – Falou o coitado tremendo e assustado – Que a Sede viva para sempre! A senhorita está perguntando do Dr. Victor Woods?
- Não, não, não, estou procurando Victor Hugo escritor do tempo passado... – Respondi impaciente. – Claro idiota que é o Dr Victor, sabe de uma coisa deixa para lá, já estou vendo ele, desaparece! – Passei por ele, quase o derrubando.
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A Megera e o #Seis
Ficção CientíficaNo mundo após a terceira Guerra Mundial, onde noventa por cento da população foi exterminada e parte da terra tornou-se inabitável; o cientista bilionário Ian Redwater criou uma sociedade baseada em tecnologia avançada e no temor dos últimos seres h...