|3| • Strange Human.

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Pensei em sair de lá o mais rápido possível. Cheguei até a dar as costas para o corpo nele no chão e alguns passos ao caminho da saída.

— Poha, fala sério. — Choraminguei voltando para onde ele estava.

Eu queria ir embora, mas não podia, ele havia salvado minha vida. Vai saber o que aqueles doidos iriam fazer comigo.

Me ajoelhei perto dele e virei seu corpo nu para cima, Deus me dê forças. Ele estava com um grande rasgo na parte da barriga. Lembro-me de haver uma maleta de primeiros socorros no armário do banheiro. Corri até lá para o pegar.

Com a maleta em mãos, me ajoelhei perto dele e comecei a limpar o ferimento.

Me assustei quando seus olhos abriram. Suas irises esverdeadas me encaravam fixamente e eu engoli o seco.

— Pode limpar mais pra baixo se quiser. - Diz com um sorriso nos lábios e eu apenas revirei os olhos. — Não te deixei envergonhada? — Ele levanta uma sobrancelha.

— Hmm... Não. — Falei fazendo pouco caso, agarrando uma faixa branca para enrolar em seu ferimento. Achei estranho quando o homem se sentou, sem ao menos protestar pela dor.

Depois que o enfaixei, me obriguei a me colocar de pé e procurar suas roupas.

— Você é uma humana estranha. — Ele se levanta. E eu reviso os olhos ao ver os fiados de sua vestimenta pelo chão. — Vamos embora, outros estarão aqui daqui a pouco.

— Uou, Uou. Não irei a nenhum lugar com você. — Ri pelo nariz.

— Katherine minha lindinha Luna Suprema das Supremas, não piora as coisas. — Ele fecha os olhos e coloca o indicador e o polegar na testa

— Olha cara, eu não sei o que está acontecendo, que coisas são vocês, mas eu não quero participar disso. — Digo seria. Focando minha visão em seu rosto e não em sua genitália exposta.

— Não tem como sair Kath, você é nossa suprema e as coisas só vão piorar. — Ele vem até mim e agarra meu braço.

— Que diabos é Suprema? — Gritei irritada puxando meu braçal para longe dele.

— Entre no carro! — Ele apontou para o automóvel do outro lado da rua.

As poucas pessoas que passavam pela rua naquele horário se assustavam ao ver aquela cena. A única coisa que eu pude fazer, foi entrar no maldito carro e agradecer por ver peças de roupas no banco de trás.

— Quando um reinado morre, começa os testes para o novo supremo. — Diz ele, ao entrar no carro, logo o ligando. — E uma das regras para ter o trono é encontrar a Suprema, que é você. — Ele me encara. — Todos os lobisomens do mundo vão querer te pegar, mas eu não vou deixar.

— O que? Lobisomens? Vocês são Lobisomens? Tipo o Jacob de crepúsculo? Por que fala sério o Taylor Lautner é uma delícia. — Não evitei de sorrir. — Mas você não é ele, então por favor coloque roupas! — Rodei os olhos.

— Katherine, acorda pra realidade. Não somos lobinhos de estimação, somos monstros. — Ele me pareceu irritado. — E não, não sou ele e muito menos irei colocar minhas roupas!

— E porquê, logo eu, tenho que ser essa Poha! Eu não quero! — Gritei.

— Sua avó era uma Suprema? — Ele levantou uma das sobrancelhas enquanto dirigia.

— Tenho cara de quem sabe se minha avó era uma Suprema? — Perguntei, irônica. — Eu não sabia nem que essa coisa existia, meu Deus.

— Olha, foda-se. Vou te levar pra casa, você vai dizer pra sua mãe que vai viajar. — Ele vira a esquina.

SUPREMO ALFAOnde histórias criam vida. Descubra agora