SUPREMO ALFA

|4| • Disposal In Hell.

Ajude-o.

Uma voz gritava alto em minha mente, mas ao contrário das outras vozes, essa não me incomodava.

Eu me ajoelhei ao seu lado e pressionei seu punho, para sentir seus batimentos. Franzi o cenho quando percebi que estavam normais.

Observo sua pele ficando branca, lentamente. Sua respiração se acelerou e seu corpo começou a se debater no chão. Eu arregalei os olhos, assustada.

Canalize-o.

Minha mente gritava em um som forte e alto. Mas que poha era isso? Comecei a entrar em desespero quando Aaron começou a se debater mais forte e a babar.

Corri para o sofá e agarrei um travesseiro. Com certa dificuldade consegui apoiar sua cabeça na almofada, para evitar piores resultados de sua convulsão. Tentei manter seu corpo virado, mas o homem possuía uma força horrenda.

» Aaron «

Eu conseguia senti-la bem próximo, mas não conseguia fazer nada. Sentia suas mãos sobre meu peito e sua respiração quente e apressada contra meu corpo. Ela estava nervosa e não sabia o que fazer.

Eu estava em minha casa, o feitiço que Jake jogou em Katherine era para a matar, por sorte, consegui canaliza-la antes que isso acontecesse.

Quando um confident morre ele passa por outro teste, vamos para o nosso próprio inferno. O nosso pior medo. E o maior problema era que Jake sabia exatamente o que mais me tirava do sério.

Não bastava eu estar em minha casa, quando olhei a minha volta percebi que eu estava em meu quarto, deitado na cama. Me levantei apressado, querendo sair dessa merda o mais rápido possível. Caminhei em passos largos até a cozinha.

E lá estava ele. Carter.

— Olha quem está aqui. O bastardo da família. — Meu padrasto disse em tom hostil assim que me viu.

Carter me criou até os 16 anos, quando ele descobriu que eu não era seu filho legitimo, me expulsou de casa.

Eu não respondi, apenas continuei encarando-o. O homem se levantou e veio até mim.

— Isso. — Ele levanta meu braço dando à visão da minha cicatriz. — É uma vergonha para todos nós. — Grita. Eu senti o cheiro forte de bebida de sua boca.

— A única vergonha que nossa família tem, é sua ignorância! — Gritei de volta, agarrando seu pescoço e o jogando contra a parede.

» Katherine «

Depois de alguns minutos sua convulsão passou e Aaron começou a suar frio. Seu peito subia e descia com rapidez, enquanto marcas de arranhões apareciam em seu rosto.

— Merda Aaron, acorda. — Gritei assustada contra seu rosto.

Eu o chacoalhava, tentando fazer com que ele levantasse, mas foi tudo em vão.

Um ferimento profundo e grosso surge próximo ao seu olho. Seu rosto começa a sangrar com intensidade e eu me distancio dele. Aaron acorda entre pulos. Sua respiração está acelerada e seus olhos arregalados.

» Aaron «

Quando eu finalmente consegui matar meu Pai, de novo, eu acordei.

Acho que a melhor coisa foi acordar e ver aqueles seus grandes olhos escuros me encarando, embora esteja assustada, eram lindos. Não Aaron, não se apegue.

— Poha Aaron quase me matou do coração. — Ela se joga para trás com a mão no peito, deitando sobre o piso gelado.

Eu me sento e tento desacelerar minha respiração. Sinto os ferimentos da luta se cicatrizando em poucos segundos e logo volto ao normal.