O silêncio diz tudo

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O jantar com a família foi maravilhoso, chegamos em casa e já fui com a talita pro meu quarto depois de tomarmos banho , ela a maioria das vezes dorme comigo , mas a gente não deixa meu pai ver ,por mais que ele saiba que a gente já tem relação , a gente evita , porque é chato ele vê isso na casa dele , mas hoje a gente queria ficar juntos sem se importa se ele ia ver . tô doido pra gente ajeitar nossa vida e morar juntos .

"- amor , a gente sabe que você não tá grávida, mas você passou mal , temos que procurar um médico .

"- Amanhã , vou te levar ...

"- ta , amor , de vez em quando ainda tô sentindo enjôo.
Ficamos em silêncio , isso era comum entre a gente sempre conversa e depois de um tempo ,ficamos em paz nos curtindo quietos .

Passei minha mão por seus cabelos, arrumando-os carinhosamente e ele fechou os olhos sorrindo, desci minha mão passando o dedo indicador delicadamente pela testa dele e depois acariciei sua bochecha. Era uma sensação boa tocar a pele branquinha dele. Rafa abriu os olhos ainda sorrindo, pegou minha mão, beijou carinhosamente a palma e depois entrelaçou nossos dedos. Eu sorri fraco sem desviar do olhar dele e senti que ele se aproximava devagar, Com a mão livre ele acariciou minha bochecha e depois a deslizou para a nuca. Eu observei seu rosto bem de perto, analisando cada traço, cada mínimo detalhe. Senti o nariz dele encostar no meu e suspirei fraco fazendo-o sorrir quando minha respiração tocou em sua boca. Quando a distância entre nós já era praticamente nula, o rafa resolveu "brincar" de ficar roçando nossas bocas, eu não contestei, apenas entrei na brincadeira também, sabia que não ia durar muito tempo. Depois de alguns segundos entre risinhos, ele me puxou delicadamente pela nuca e nossas bocas finalmente se encostaram. Senti a língua dele passar lentamente pela minha boca e a abri tentando guardar aquela sensação pra sempre. Era um beijo delicado e sem pressa, nós queríamos apenas aproveitar aquele momento. Ele botou nossas mãos ainda entrelaçadas em suas costas me puxando mais pra perto, e eu encaixei uma das minhas pernas entre as suas.

Parti o beijo dando uma mordida fraca no lábio inferior do rafa , e ele sorriu me dando um selinho. O olhei em silêncio levando minha mão livre até sua nuca e a acariciando. Ele soltou nossas mãos que estavam entrelaças e me abraçou pela cintura passando o outro braço por debaixo da minha cabeça, eu encostei minha cabeça em seu ombro sem parar de fazer carinhos em sua nuca. O silêncio no quarto em alguma outra ocasião poderia ser assustador, mas ali era apenas um silêncio. Ficamos ali por intermináveis minutos, apenas aproveitando a presença um do outro e fazendo carinhos sem segundas intenções. Ele passava os dedos por minhas costas como se desenhasse alguma coisa e eu bagunçava seus cabelos com o rosto quase enterrado em seu pescoço, o perfume dele sempre me deixa dopada e adormeci com seus carinhos .

No dia seguinte, fomos pra escola e a aula terminou cedo , era onze e meia o médico era meio dia .
Cheguei e fui atendida depois de meia hora , bati uma ultra e buscaria os exames depois e marquei uma endoscopia pra sexta feira , o médico disse que poderia ser algum problema gástrico, mas que era bom esperar o resultado dos exames .

Por Trás Do Ódio ...Onde histórias criam vida. Descubra agora