Por um fio.

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Os anos já tinham se passado e nós já estávamos no último ano da faculdade.
Eu planejava pedir Esther em casamento e todos nós íamos dar uma festa de formatura e despedida, até porque foram 5 anos juntos. Como os meus pais estavam viajando com as palestras nas igrejas evangélicas ao redor do mundo, minha irmã ficava em casa com a minha tia que cuidava dela até que meus pais voltassem. E ela me ligava a cobrar todo dia e quando meus créditos acabavam, ela tinha que ligar para o telefone do prédio que ficava no pátio. E com isso eu tinha que esperar todo dia às 1:00 em ponto da tarde ela ligar toda vez que almoçava.

- Josh!? - Disse minha irmã ao eu atender sua ligação.
- Oi minha pequena sereia. - Respondi rindo para ela.
- Eu sinto sua falta, Josh.
- Sarah, eu também sinto muito sua falta, meu amor e a faculdade aqui já está acabando. Eu prometo que quando eu terminar tudo aqui eu vou aí te ver, ok?
- Você vem me contar histórias de princesas que encontraram seus príncipes encantados?
Naquele momento eu pensei na Esther e na família que íamos construir depois que nós acabarmos tudo.
- Sim, meu amor. Olha eu prometo tá bom? Que é a primeira coisa que vou fazer depois que eu for embora de São Francisco.
- Tá bom. Beijo irmão. Eu te amo e agora eu tenho que desligar porque a tia Luciana é muito chata e ela me obriga a comer brócolis e disse que agora está na hora de eu escovar os dentes. Tchau.
- Tchau.
Depois disso, ela desligou o telefone e eu tinha que voltar logo para a aula porque já estava atrasado.
Entrei logo na sala e como sempre o professor chamavae pegava no meu pé toda vez que eu chegava atrasado.
Mas tudo bem, né. A única coisa que eu mais queria era passar para passar o resto da minha vida ao lado do meu amor. Fiquei prestando a maior parte da aula em como a Esther era linda e seu jeito delicado de prestar atenção. Aquilo era oque me chamava atenção nela. Ela era diferente de todas as meninas que eu já havia conhecido em todas as cidades que eu já morei e de todas as igrejas que eu já fui, não existia nenhuma que se comparassea à ela. Ela era única e especial para mim, o tipo de coisa que você tem para você que você sabe que é a pessoa que mais é importante na sua vida. Eu sempre quis saber se era possível você amar e se apaixonar tão profundo assim por alguém, porque eu já havia me apaixonado antes e eu pensava que isso era algo passageiro e que não durava mais que 5 meses, mas eu já estava apaixonado por ela, fazia 5 anos. 5 anos pertencendo à mesma pessoa, então, eu percebi que aquilo não era somente uma paixão. Era amor verdadeiro. Eu realmente achava que amor romântico durava mesmo somente 1 ano e depois daquilo, oque sobrava era somente apego, mas agora eu entendo os meus avôs e também acredito que Platão estava completamente completamente errado achando que amor era uma grave doença mental.

                        ***
2 meses depois

Então, nós já tínhamos voltado para dezembro novamente e eu decidi levar a Esther para passear no rio de águas cristalinas que passava ao redor do campus. Era uma tarde de sexta feira e o sol laranja vermelho sangue já estava se pondo. Naquele momento eu iria pedir a Esther em casamento e ela mal sabia. Nós nos sentamos na beira do rio, sentido água bater nos nossos pés e ir embora ao encontro do oceano.
- Esther, olhe para o sol se pondo. Antes de conhecer você, eu era como um simples rio sem oceanos para desaguar. Eu era um sol sem uma lua para iluminar à noite. Você me completa e juntos somos uma alma só.

Quando ela virou para mim, eu estava com duas alianças que tinham sidos dos meus avôs e que meu pai havia me dado antes de eu ir para a faculdade.
Ela olhou para mim, começou a chorar e gritou bem alto: EU TE AMOOOOOOOOO!
- Então, Esther Karoline de Alcântara. Aceita casar comigo. - Perguntei chorando de felicidade.
- Eu caso quantas vezes for preciso paa viver ao seu lado. - Respondeu.

Depois disso nos beijamos e ficamos sozinhos até o sol se pôr completamente.
Faltava uma semana para o natal e nós já estávamos comemorando porque na segunda feira nós já iríamos voltar para as nossas casas.
Eu teria ido na frente e Esther teria ficado para se arrumar e nós íamos nos encontrar mais tarde na festa.
Nosso plano era nos casar logo depois da ceia de natal na casa dos meus pais. Eu teria falado com ele antes de pedir a Esther em casamento e eu teria comprado a casa de Reading na Pensilvânia ao meu pai. Ele fes questão de me dar de presente, mas eu não queria morar numa casa que não fui eu que comprei com meu próprio dinheiro, eu tinha um dinheiro guardado no banco para o futuro que eu poupava para depois da faculdade e então usei a metade para comprar a casa que eu iria morar com a minha garota.

Josh, a formatura é amanhã, mas eu não vou poder ficar porque eu, o Harlan e a Eliasa vamos pegar o avião amanhã de 8:00 da manhã e vamos tocar nossa vida em Londres. - Disse Drake. Eu estou te avisando agora porque você estava preocupado em montar sua vida com a Esther e achei que você não quisesse saber de nós. - Continuou.
- Não! Claro que não. - Respondi. Eu me preocupo sim com vocês e vocês são os melhores amigos que alguém poderia ter. Fico feliz por vocês 3 e desejo tudo de bom para vocês, afinal todos nós passamos e temos que aproveitar a nossa vida.
                        ***
- Oi, Josh.
- Katherine, que bom ver você.
- Sim. O que vai fazer depois de amanhã?
- Vou montar a minha vida com a Esther.
- Eu posso te dar uma despedida?
- Claro, por que não!?

Ela se inclinou e beijou a minha boca profundamente.
- Katherine, eu não posso mais. Eu amo a Esther e vou me casar com ela. Por favor, não estraga.
- Era só uma despedida, Josh. Você sabe como eu sou.

Virei para o lado e a Esther estava me olhando com uma cara de quem não estava acreditando no que estava vendo.
Até que vi uma lágrima escorrer sobre sua face e fui atrás dela. Ela saiu correndo.

                       ***
- Harlan, você viu a Esther passar por aqui?
- Vi sim, ela me perguntou se eu podia pegar emprestado um carro meu. Ela estava com a maquiagem borrada e estava chorando. Acinteceu alguma coisa?
- Harlan, só me responde uma coisa! Que carro ela pegou?
- Eu falei para ela não pegar o vermelho que estava com o freio rompido. Era oque eu estava fazendo a manutenção para o Senhor Doris.

Fui até a garagem na frente do prédio e percebi que o carro vermelho do Harlan não estava lá.
Peguei outro carro e saí em alta velocidade atrás da Esther.
Percebi que a Katherine estava logo atrás de mim. Ultrapassei os 80 quilômetros por hora e alcancei a Esther.
- Meu amor, me escuta. Eu não esperava que a Katherine fosse fazer aquilo! Você sabe como ela é, ela é assim e beija qualquer um.
- Você devia ter dito não então, Josh. Você sabe como eu sou, pra mim isso foi uma traição e eu não dou perdão pra quem me traiu.
- Esther, aqui é a Katherine. Olha, me desculpa, era só uma despedida com um beijo, e um beijo para mim não significa nada!
- Mas para mim significa! - Gritou Esther.

Naquele momento era como se meus olhos estivessem em câmera lenta e eu vi quando o carro da Katherine bateu no carro da Esther e as duas ultrapassaram a cerca que dividia a pista do abismo e capotaram ribanceira abaixo. O carro da Esther bateu muito forte numa pedra e capotou umas 11 vezes até ser parado por uma árvore que tinha na frente. O carro que a Katherine estava capotou umas 18 vezes até cair num lago profundo. O carro afundou até que eu não consegui mais avistar.
Eu saí do carro correndo e fui para o meio da pista mesmo sabendo que eu não podia fazer nada até a polícia chegar.
Eu tentei avistar o carro que a Katherine estava, mas era tarde de mais e aquele lago devia ter pelo menos uns 100 metros de profundidade. Dalí eu conseguia ver o carro que a Esther estava  desacorda.

Eu fiquei deseperado e liguei logo para os bombeiros e a polícia.

- Alô, vocês podem enviar uma viatura para socorrer 2 carros que acabaram de capotar aqui na estrada em direção ao campus da faculdade de São Francisco?
- Claro, senhor! Como é seu nome?
- Josh Kinsley.
- Obrigado, nós já estamos enviando uma viatura com urgência.

A ambulância e a polícia chegaram e isolaram a área do acidente. Me fizeram perguntas dos detalhes do acidente e eu respondi tudo.
Eles não conseguiram achar o carro e a Katherine.
Levaram a Esther para o hospital.

1 mês depois.

- Josh?
- Oi Sarah.
- Tudo bem, irmão? Você não veio. Mamãe e papai estão preocupados.

Escutei a voz da minha mãe no fundo desesperada e tomou o telefone da mão da minha irmã.

- Meu filho, o que aconteceu?
- Mãe, desculpa eu não ter te ligado, mas é que eu não tive paciência. É que a Esther sofreu um acidente e a Katherine morreu.
- Meu Deus! Meu filho, eu sinto muito. Eu vou orar pelas duas, bom, eu não vou mais lhe incomodar. Ligue para nós quando e a hora que quiser.
- Está bem, mãe. Beijo. Eu amo vocês.

                          ***
- Doutor? Quando ela vai ter alta?
- Calma, rapaz. Daqui há uma ou duas semanas ela vai estar bem. No acidente, as veias dos olhos se romperam e ela perdeu a visão. Em alguns casos isso é passageiro e a pessoa pode recuperar a visão depois de algumas semanas. Mas eu lamento lhe dizer que esse não foi o caso da sua noiva.

Naquele momento eu comecei a desvendar tudo e percebi que a Katherine morreu para salvar a vida da Esther. Naquele exato momento do acidente, eu pude ver que ela chocou com o carro que a Esther estava para evitar que ela caísse no lago e morresse afogada. Alguns metros do local da pista que aconteceu o acidente, havia uma curva perigosa e ainda estava molhada das chuvas do começo da fase de transfusão da época quente para a época fria do ano. É claro, a Katherine salvou a vida da Esther, morrendo no lugar dela, porque se não fosse a Katherine, a Esther teria feito a curva, desviaria, não poderia freiar porque o freio estava rompido e acabaria caindo no lago.

Comecei a chorar.

- Se acalme, ela está bem. Vocês vão pôde construir a família que vocês sempre sonharam e vão poder ter filhos.
- Eu posso falar com ela?
- Sim, me acompanhe.

                          ***
- Esther, meu amor. - Falei baixinho.
- Meu amor. - Respondeu ela. Eu não posso mais ver seu rosto. - Completou.
- Mas você ainda pode sentir minha presença, né!? Eu sempre vou estar ao seu lado para sempre.
- E a Katherine? - Perguntou ela
- Ela morreu. Falei mordendo os lábios sentido muito.
- Eu não devia ter feito aquilo! Eu estava de cabeça cheia e estressada. Ela não fez por mal. - Continuou ela.
- Tudo bem, meu amor, isso poderia ter acontecido com qualquer um.

Eu tinha explicado para a Esther que a Katherine morreu para salvar a vida dela e que foi um milagre o carro não ter explodido e a ambulância ter chegado logo para tirar ela de lá. Depois disso, eu liguei para a família da Katherine e para o Christopher e expliquei para eles todos os detalhes e o porque do ocorrido.

2 semanas depois.
A Esther finalmente teve alta e nós estávamos indo para Nova Iorque passar uma semana na casa dos meus pais. Afinal, eu prometi para minha irmã que eu ia voltar para contar histórias para ela, mesmo ela já estando com 15 anos, mas ela ia continuar sendo minha princesinha. E também a Esther precisava de repouso e não dava para ficar para lá e para cá viajando de cidade em cidade com ela.

- Meu Deus, mas a minha nora é lida! - Disse minha mãe.
- É linda mesmo. - Completou meu pai.
- E aí, irmão, bela escolha para a minha cunhada ein. Disse o meu irmão.
Pois é. Respondi rindo.
Eu já vi todos vocês por foto, mas é uma pena eu não poder ver vocês pessoalmente. - Disse Esther lamentando.
Ei, Esther, você é linda meu amor! - Falei para ela.
- Jooooooosh. veio a minha irmã correndo pra nos abrçar.
Nossa eu amei a minha mais nova cunhada. - Completou ela rindo.
- Meu Deus, Sarah, você cresceu muito! Eu lembro quando eu te colocava no braço bem pequena. Mas você sempre vai ser a minha princesinha adolescente. - Ironizei.


Depois disso, eu e Esther nos mudamos para a nossa casa na Pensilvânia. Soube que o Newt se fomou m Harvard e o negócio do Drake, Harlan e da Elisa deram certo em Londres. É, vai ver todos tem uma vocação... E a minha vocação é amar.

Apenas uma garota chamada EstherOnde histórias criam vida. Descubra agora