Armadilhas.

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Eu não tinha ideia do que fazer. A Érica tinha saído de casa sem avisar ninguém, e, com seu celular quebrado, era impossível entrar em contato com ela. Fomos procurar novamente pela casa. Eu estava no banheiro quando a Aléxia me chamou.

-Melissa? Onde está você? Venha ver isso! - Fui até a Sra. Mallister, que tinha um pedaço de papel meio amassado na mão. Um endereço estava escrito nele em uma letra garranchosa, e embaixo tinha escrito: Te espero lá as 9:00. No verso tinha o nome da Érica. O Joshua se aproximou também. Aléxia olhou pra ele com feições preocupadas. - Josh, esse não é... - Ele retrucou  o olhar, e depois olhou pra mim. Tive um mau pressentimento.

-Mel...sua amiga é louca. - olhei pra ele sem entender. - mãe, eu vou de carro. - Aléxia acenou com a cabeça; eu nem esperei ele me chamar. Pelo jeito que agia, parecia ser algo sério.

-Tenham cuidado, Josh! - Aléxia gritou quando entramos no carro.

Ele passava por sinais vermelhos, dirigindo freneticamente.

- A Érica esteve agindo de modo estranho ultimamente? - Ele perguntou sem olhar para os lados.

-A algumas semanas atrás ela estava estranha, mas voltou ao normal...acho. - Ele finalmente olhou pra mim, mas eu preferia que não tivesse feito. Seu olhar era uma mistura de pena e preocupação.

Depois de dirigir mais um pouco, ele freou o carro em frente a um casarão, com luzes piscando para todo lado e uma música muito alta.

- Fique no carro - seu tom era tão autoritário que eu nem pestanejei.

Nunca tinha visto ele agindo daquele jeito. Ele saiu do carro e entrou na casa. 10 minutos se passaram, e ele não voltou. Comecei a ficar impaciente. Até que enfim alguém abriu a porta da casa. Esperei ver o Joshua, mas no lugar dele vi uma menina com vestido vermelho. Desci do carro e atravessei a pista correndo, sem sequer olhar para os lados. Me aproximei da porta, onde a Érica me aguardava com um sorriso na cara. Tive vontade de gritar com ela e dar um cascudo naquela cabecinha. Ela estava tirando onda da minha cara? Tive que me aproximar dela para perceber. Tudo fez sentido. Ela tinha um cigarro na mão, os olhos vermelhos e dava risadas histéricas.

- Érica? Por que você estava fazendo isso? - Ela me respondia com risadas. Tinha cheiro forte de álcool - ÉRICA! - Ela entrou na casa rindo como uma louca. Por impulso, fui atrás dela.

Lá dentro eram luzes, música eletrônica muito alta, garrafas vazias e quebradas e fumaça, muita fumaça. Cambaleei um pouco, tentando abrir caminho no amontoado de gente. Eu me senti sufocada, queria gritar. Sai tropeçando como cega, até ver o vestido vermelho e brilhante novamente. Tentei correr, mas as pessoas me atrasavam, segurando minhas pernas e braços. Eu precisava sair de lá, mas tinha que continuar seguindo a Érica, além de que o Joshua ainda estava lá dentro em algum lugar.

De repente, a Érica parou e entrou num cômodo. Fui atrás dela. Quando entrei, fiquei parada. As pessoas lá dentro olharam pra mim. Um cara me fitou, olhou para a Érica e entregou um pacote a ela. Foi então que eu o reconheci. O cara da cafeteria, que deu em cima de mim e da Érica. Olhei para ela e de volta para ele, que começava a vir em minha direção. Demorei um pouco para perceber. Era uma armadilha; Érica era a isca, e eu, a presa.

Não queria acreditar. A Érica tinha me vendido por um pacote de drogas. Olhei incrédula para ela, que se afastava, como um cachorro foge com o rabo entre as pernas.

- Muito bem, Érica...pensei que não conseguiria, mas cumpriu seu dever - ele falou, com aquela voz asquerosa. Depois, olhou para mim. - Sabe, Melissa, eu não gosto muito de ser desafiado. Principalmente por garotas bonitas e metidinhas. - eu respirava com dificuldade. Tinha medo do que ia acontecer. - Naquele dia no café, fiquei decidido de que iria te conseguir de alguma forma. Confesso que não foi tão difícil. Alguém deveria alertar sua amiga a não conversar mais com estranhos. Bastou colocar o meu número de telefone dentro da bolsa dela...-Ele deu uma risada estrondosa. O medo me consumia. Eu olhava para os lados com movimentos rápidos. A adrenalina corria solta pelas minhas artérias. Enfim não aguentei. Dei um grito estridente. No mesmo momento senti alguém puxando minha cabeça para trás e pressionando um pano com cheiro forte no meu nariz e boca. Depois disso, apaguei.

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Oiiii Genteeee! Gostei mt de escrever esse cap! Bom, eu sei, a Érica é uma vaca. Vcs desconfiavam de que ela tinha começado a usar drogas? Eu queria dar pistas, mas não queria que ficasse tãao claro. O que vai acontecer? Só vão saber no próximo cap. :P!  Bom, espero que estejam gostando:) Comentem, pfvr! Love you guys<3

-Merb:)


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