Chapter one

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       "Não, você não pode mandá-lo para a Clareira sem a sua visão!" o garoto gaguejou "Ele não vai durar nem uma semana."

       A mulher segurando a prancheta suspirou. "É tudo parte do experimento, nós precisamos do máximo de Variáveis que conseguirmos para encontrar a cura."

       O rapaz engoliu em seco, as sobrancelhas franzidas em desgosto. "E como é que, basicamente enviar um garoto para a morte, ajuda no experimento?"

       Outra garota falou desta vez, bem baixinho e próxima à orelha do rapaz. "Escute, você tem que parar. Nós não podemos fazer nada para mudar a mente deles."

       O garoto sacudiu a cabeça. "Não, de forma alguma eu vou deixá-los fazer isso. Ele irá morrer."

       A mulher falou de novo. "Por favor, pare. Me desculpe mas você não pode lutar contra isso. O Conselho já decidiu quem será enviado, e infelizmente, ele foi o escolhido."

       Ele recuou, o corpo chocando-se de leve contra o lado da cama onde um menino, loiro e perfeito, estava deitado. Seus olhos estavam fechados, os lábios meramente abertos, enquanto seu peito subia e descia calmamente. "Ao menos dê a ele sua visão." Ele suplicou.

       Ela suspirou, e então, gesticulou para dois homens grandes entrarem, e antes que o garoto pudesse fazer qualquer coisa, eles haviam agarrado seus dois braços, tirando-o do caminho. Mais pessoas entraram no quarto e agora, eles carregavam a cama embora, ignorando por completo os gritos e choros do rapaz.

       "Por favor, não o Newt... Por favor!"

***

       Ele acordou. Era estranho para ele que, embora pudesse sentir seus olhos abertos, continuava a enxergar apenas a escuridão. 

       Ele não sabia exatamente onde estava, então ele sentou-se em silêncio, puxando suas pernas até seu peito. A Clareira, ele pensou consigo mesmo, era lá onde estava. Ele fez caretas, pensou, e por fim, concluiu que nunca havia ouvido falar daquele lugar.

       "Bom dia, Fedelho!" Uma voz próxima a ele disse.

       O garoto pulou instantaneamente, as mãos agarrando-se ao seu próprio corpo por instinto.

       A pessoa riu e ele reconheceu tal risada do dia anterior. Era o garoto que dera-lhe as boas-vindas. "Vou me lembrar de não assusta-lo assim novamente."

       Ele não achou aquilo engraçado, mas ainda assim, sorriu e acenou em resposta.

       "Então, você tem um nome Fedelho?"

       Uma careta se formou em seu rosto enquanto ele tentava se lembrar. Ele se concentrou em seu mundo de escuridão tentando encontrar algo que fora arrancado de si. De repente, tudo estalou por alguns segundos e ele se lembrou.

       Newt.

       Ele achou estranho o fato de se lembrar, mesmo que ele tenha buscado por aquilo. Foi como se alguém tivesse apertado um interruptor de luz e tudo tivesse ficado claro. Exceto que este não fora o caso, Newt continuava cego.

       "Meu nome é Newt." Ele murmurou, achando estranha a forma como isso saiu de sua boca e a forma como soava.

       "Você tem um maneira engraçada de falar, Newt." o garoto disse, dando tapinhas em seu ombro em seguida, "Eu sou o Alby. Serei aquele que vai te levar por ai e apresentá-lo para todo mundo."

       Newt ficou quieto por alguns instantes e isso fez Alby remexer-se desconfortável. 

       "Eu não preciso de uma babá."

       Newt ouviu Alby caminhar ao seu redor e pulou lentamente quando ele sentiu o outro rapaz entregar-lhe um longo bastão de madeira. "Você não precisa," ele falou "mas eu vou garantir que não se meta em problema algum, de qualquer forma."

       Newt nem se deu conta, mas acabou perguntando sobre o bastão em sua mão.

       "Minho achou que isso iria ajudá-lo a andar por ai sem colidir contra as coisas," Alby disse, "você não precisa usá-lo se não quiser, foi só uma ideia."

       Newt acenou, deslizando as pernas para fora da cama. Ele se levantou, segurando o bastão bem forte em sua mãe antes de começar a andar para frente, trambolhando o bastão para a direita e para a esquerda ao longo dos degraus. Ele pode sentir a irregularidade do chão e ouviu quando o bastão chocou-se contra algo, ele sorriu tímido.

       "Obrigado."

***

       Através de um tela, o garoto assistia-o de coração partido e devastado. Seus olhos tomados pelas lágrimas que ameaçavam rolar por sobre suas bochechas.

       "Eu vou proteger você, eu prometo." Ele sussurrou.


       EU TO É MORTA FEAT TRISTE COM ESSE CAPÍTULO GENTE EU TENHO VONTADE D E PEGA A AUTORA E TRAZER ELA AQUI EM CASA PRA MORAR COMIGO!!111!!!! ENFIM, espero que gostem ♥♥



Blind PT-BR //NewtmasOnde histórias criam vida. Descubra agora