Prólogo

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Somos obras inacabadas!

Não existimos, até sabermos quem realmente somos e para o que e para quem nascemos.

O simples existir é mais profundo do que imaginamos, há um propósito maior para a dádiva da vida.

E não importa aonde nascemos, se precisamos encontrar algo ou alguém para ser plenamente feliz no sentido figurado da palavra, seremos atraídos como imã.

No processo certamente haverá dor, mas a dor significa que estamos vivos!

Não podemos fugir, não podemos nos esconder de quem somos, de quem queremos ter! Isso é apenas um atraso à nossa completa existência!


Gracy terminou de ler o texto de literatura tentando fazer uma redação que o interpretasse.

Levou as mãos a cabeça, e desistiu, não desistiu da tarefa, mas sim de fazê-la naquela hora, no meio daquela bagunça que estava ao seu redor.

Caixas de papelão entreabertas deixavam à mostra parte de suas coisas, em seu novo quarto, ela não conseguiria concentrar-se se ao menos não tentasse ajeitar algo.

Olhou por uma das janelas de seu quarto, seus pais que estavam do lado de fora da cabana, eles conversavam... sempre estavam cochichando na verdade.

Ela não conhecia nada diferente daquilo. Olhou para o outro lado do quarto, a outra janela, uma mata densa e fechada após a clareira que rodeava sua casa, chamou sua atenção, e olhando firmemente em direção aquelas árvores verdejantes parecendo verdadeiras bailarinas ao vento, sabia que teria que desbravá-las, talvez não naquele momento, mas algum dia.

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Irmãos do destino (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora