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Acordei com um barulho vindo do andar de baixo abri os olhos e não vi Rafa ao meu lado pensei no pior e sair correndo para fora do quarto chegando perto das escadas vendo a pior cena, Rafa jogando no fim da escada, corri até ele e me ajelhei, peguei sua mão e ele ainda estava gelado chamei por Andréia e ele veio desesperada até mim

- Eu vou leva-lo ao hospital

- Eu te ajudo - ela diz e nós levantamos Rafa colocando um de seus braços em volta do meu pescoço e Deya fez o mesmo, levamos ele até o carro, deitamos ele no banco de trás

- Vou trocar de roupa - Deya diz e eu assenti com a cabeça

- Eu vou ma frente com ele

- Tudo bem

Entro em meu carro e arranco, vou o mais rápido possível olho para Rafael e ele ainda estava desacordado eu estava pensando o pior mais tratei de afastar esses pensamentos

Chegando no hospital saio do carro e vou direto ao balcão onde uma mulher estava, disse o que aconteceu para ela e logo enfermeiros foram com uma maca em direção ao carro tirando Rafa de dentro e colocando aquelas máscaras transparentes, eu acompanhei ele mais quando chegou perto do quarto onde eles iriam fazer exames nele não deixaram eu entrar

Fiquei esperando no banco de esperas, logo Deya apareceu e sentou ao meu lado

- Tem notícia?

- Não, ele acabou de entrar

(...)

Eu estava sentado naquele banco, batias os pés no chão freneticamente, estava com as mãos na cabeça quando escuto o seu nome

- Rafael Lange? Quem está com ele?

- Eu!

- Eu! - Daya diz depois de mim

- Quem está com ele?

- Ela é a mãe, eu sou.... Amigo! - olho para baixo, não é bom eu falar para pessoas desconhecidas isso, posso sofrer algum tipo de preconceito e eu não gosto disso

- Okay, olha o estado de Rafael é muito grave - o medico começa - Vou ser direto, Rafael, ele tem leucemia a muito tempo, seu grau da doença é grave, muito grave, os sintomas foram aparecer só agor. - a expressão no olhar de Deya mudou rapidamente, assim como a minha, seu olhar preocupado passou a ser um olhar triste e culpado. -  Vamos começar a quimio o mais rapisod que conseguimos, vocês vão ter que estar prontos, seus cabelos vão começar a cair e ele vai ter que ficar recebendo sangue. Receio que... seja um pouco tarde.

Deya se desmoronou no chão, eu não poderia ter outra reação, estava petrificado, sem palavras. Por que?

Eu demorei um pouco para digerir tudo aquilo, era muito para mim, eu... Eu não sei o que fazer.

- Nós podemos ve-lo? - Foi a unica coisa que consegui perguntar, eu só queria vê-lo.

- Sim - o medico diz e simplesmente sai, eu chamo Deya para me acompanhar mais ela disse que não conseguiria então seguir o médico até uma sala onde havia o numero 14 rodei a maçaneta e empurrei a porta revelando o Rafa deitado em uma cama com vários tubos em seu corpo e uma máquina ao seu lado ele estava acordado encarando o teto

- Oi - digo e ele olha para mim triste

- Oi

Sento em uma cadeira ao lado da cama pego sua mão que não estava tão gelada como antes

- Pode falar - ele diz olhando paro o teto de novo - Eu sei que não vai ficar mais comigo, ninguém quer ficar com uma pessoa doente

- O que? Não diga isso, eu ficarei com você não importa o que aconteça entendeu? Só quero saber por que escondeu isso da gente, sua mãe está preocupada

- Eu não escondi nada, eu só fui descobri agora - olha para mim - promete que não vai me deixa?

- Prometo!

Forever?//CellpsOnde histórias criam vida. Descubra agora