Capítulo 10

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Hello!!!

Voltei meus amores. Desculpem-me por ter demorado tanto tempo mas tive várias ideias e não me conseguia decidir e quando voltei para tentar escrever as ideias fugiram todas.

Queria avisar que as falas sublinhadas são as supostamente em inglês.

Beijinhos e Boa leitura.
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Mars POV

Levo as duas canecas de chocolate quente para a sala. Entrego uma à rapariga enrolada num cobertor e deitada no sofá, aconchegando-me de seguida junto dela.

Depois de a encontrar naquele estado de tristeza e culpa no anexo, resolvi esperar que a minha mãe saísse e viemos para a sala. Acendi a lareira e a televisão e decidi fazer chocolate quente.

Bebo um gole do conteúdo da minha caneca, sentindo o líquido quente a percorrer o meu sistema digestivo e aquecendo-me.

A Renata ainda não dissera nada desde que entráramos em casa. Está pálida, completamente focada na televisão. Acho que nem sabe o que está a dar. Estou cada vez mais preocupada mas eu sei que ela tem de voltar para casa, e sei de uma pessoa que me pode ajudar.

"Já falaste com o Louis?" Pergunto e ouço um quase impercetível "não" por já estar calada à algum tempo.

"Não achas que devias falar com ele? Ele pareceu-me preocupado e também sei que fazia te bem desabafares com outra pessoa sem ser eu, talvez ele te consiga ajudar um pouco mais." Digo sincera olhando-a enquanto esta continua fixada no ecrã da TV.

"Podes ter razão, mas depois de lhe contar" faz uma pausa "o que achas que ele irá pensar de mim? Ele deve pensar que sou maluca e que tenho de ser internada."

"Não acredito que ele pense assim. A imagem de pessoa que tenho dele é de que tenta ajudar os que lhe são próximos, e não só, até que eles estejam bem." Ela fica um pouco pensativa, mas apenas assente voltando a mirar o ecrã algo grande.

Acabamos os nossos chocolates quentes e levo as canecas para a máquina de lavar. Volto ao meu lugar e volto a prestar atenção ao programa até ser interrompida pela minha melhor amiga.

"Acho que não tem jeito nenhum dizer-lhe por mensagem mas também sei que não consigo falar com ele mesmo por chamada pois ele não me perceberia." Suspirou "O que é que eu faço?" Disse mais para si do que para mim, mas mesmo assim respondi-lhe.

"Usa o Skype. Eu fico ao teu lado e traduzo." Ela olha-me com cara super assustada.

"Isso ainda seria pior. Saber que uma das pessoas que eu mais gosto vai descobrir como eu sou fisicamente, ou seja, vai ver esta vista e ainda lhe vou ter de dizer que me tentei suicidar. Ele nunca mais me vai falar e vai me mandar ir ao médico para que me internem."

"Já falámos sobre isso, ele está preocupado contigo e vai te tentar ajudar. Acredita em mim." Digo acariciando as suas costas como que a dar-lhe coragem. "Eu posso falar com ele mas quero que fiques ao meu lado, e se te sentires mais confortável, falas tu com ele." Ouvia suspirar novamente.

"Podemos tentar. Mas eu não sei se ele pode agora, ele tem andado ocupado."

"Só preciso que me emprestes o teu telemóvel, e eu trato disso." Digo com um sorriso. Saber que estou a ajudar uma das pessoas que me é mais próxima e que ainda vou poder falar quase pessoalmente com um dos meus ídolos, sou incapaz de estar triste. "E enquanto eu trato disto, tu vais lavar essa cara de cabrito mal morto e arranjar esse ninho que tens na cabeça" Renata junta-se a mim numa pequena gargalhada. Já é um começo.

Ela entrega-me o seu telemóvel e caminha até à porta ao fundo do corredor, a casa de banho.

Clico na aplicação do Twitter e vou imediatamente às mensagens, nenhuma nova. O Louis entendeu que não a devia precionar a falar ou simplesmente está ocupado demais. Prefiro acreditar na primeira opção. Escrevo uma mensagem e espero que ele a visualize.

"Olá Louis é a Maria. A Renata não sabe se consegue falar sobre o que se passou e eu dei-lhe a ideia de fazermos Skype para ela não se sentir sozinha a falar contigo, porque como eu a conheço ela não saberia o que dizer nem numa simples mensagem nem conseguiria falar por chamada. Se estiveres muito ocupado nós percebemos. Beijos de nós duas."

Renata POV

Entro na casa de banho e, com um pouco de relutância, olho-me através do espelho. Além do meu aspeto normal, abaixo dos meus olhos castanhos, encontravam-se grandes manchas todas a cinzentas, evidenciando uma parte dos acontecimentos da noite. Faço a minha higiene e saio, indo de encontro à pessoa que me salvou de acabar com a minha vida.

Ela já não estava na sala. Vagueei pela casa encontrando-a, através da grande janela, sentada perto do pequeno penhasco onde estive ontem à noite.

Parecia estar a falar mas ela estava sozinha, pelo que eu conseguia ver.

Acredito ter ficado com uma cara estranha e confusa até se fazer luz na minha cabeça.

Ela pode já estar a falar com o Louis.

O nervosismo e a curiosidade possuíram o meu corpo interno, dos dedinhos dos pés às pontas um pouco espigadas dos meus cabelos.

Saio da habitação pela porta das traseiras e tanto perceber exatamente o que ela está a fazer.

Ouço a sua voz mas sem conseguir perceber absolutamente nada. Aproximo-me um pouco mais evitando ao máximo fazer barulho, mas falhando completamente quando tropeço numa pedra, alertando o Brownie que veio ter logo comigo e que, consequentemente, chama a atenção da rapariga morena.

Esta olha-me e levanta-se enquanto sorri e vem me ajudar. Ela abraça-me e sussurra perto do meu ouvido esquerdo: ele ainda não respondeu, se era essa a dúvida que tinhas.

Sinto a tensão do meu corpo esvair-se e sorrio tal como a morena. Mas então porque ela estava a falar sozinha?

"Estavas a falar sozinha?" Faço uma cara de confusão.

"Eu não fiquei maluquinha se é isso que estás a pensar." Diz um pouquinho ofendida "Estava apenas a ensaiar o meu sotaque"

"Eu falo com o meu subconsciente, isso conta como falar sozinha?" Pergunto sorrindo.

"Todos falam com o seu subconsciente, dah. Logo, somos todos malucos ou simplesmente isso não conta."

"Definitivamente somos todos malucos" riu-me um pouco junto à minha melhor amiga.

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⏰ Última atualização: Dec 05, 2016 ⏰

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Life's Scars | L.T. [Pausa]Onde histórias criam vida. Descubra agora