Uma Resposta de Oração

Resposta de um pedido

Dedicado a Dessyyynha, obrigada pelo apoio ❤

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A combinação de seu sorriso com seus olhos azuis é covardia.

Eu queria correr até ele e abraçar o mais forte que eu conseguisse ou gritar até acabar com a minha voz, dizendo "sim".

Mas enquanto eu pensava, percebi que eu estava rindo. Não era um riso de uma dama, baixo e fofo, mas eu estava gargalhando como uma hiena sendo eletrocutada.

Eu não conseguia parar de rir.

O que tem de errado comigo?

O homem que eu amo acabou de fazer um lindíssimo pedido de namoro e o que eu faço? Dou risada!

Minha barriga doía, eu estava sem ar e continuava a rir, parecendo uma hiena eletrocutada asmática.

As pessoas ao redor me olhavam sem entender nada, e de fato não havia como entender.

Na minha frente estava ele, lindo e provavelmente morrendo de calor por causa da roupa, com um sorriso fraco e aparentemente assustado.

Emanuel narrando:

Eu estou com o coração quase saltando para fora do meu corpo.

Estou planejando esse pedido há algumas semanas, preparei tudo com a ajuda da mãe dela, falamos com as pessoas mais próximas e tudo estava indo muito bem.

Falei meus sentimentos para ela na frente dessas pessoas, e eu sentia que meu coração ia parar de bater a qualquer momento por causa do nervosismo. E quando eu faço o pedido... Ela começa a rir?

Eu não entendi nada, nem as pessoas.

A Sarah estava rindo tanto como eu nunca havia visto antes.

Ela me olhou, ainda gargalhando e sorriu.

Eu senti um medo terrível dela não aceitar, e comecei a tremer, senti meu corpo todo esquentar, e cada segundo que passava parecia uma eternidade.

E em meio ao meu nervosismo e a minha ansiedade eu comecei a rir também. Por quê? Não sei.

Alguns segundos depois as pessoas nos olhavam e começaram a rir também.

Estávamos todos rindo, eu continuava sem entender a situação e fiquei todo momento olhando para a Sarah, que nem sequer parava para respirar, até que percebi que ela estava sem ar.

Percebi também que ela já não estava rindo, mas estava tentando respirar e não conseguia.

Até que de repente ela cai no chão, e já não fazia nenhum barulho.

As pessoas olharam assustadas, tentando absorver a situação, e eu senti meu coração parar de bater.

Eu matei a menina?

Dona Giovana correu até ela, que estava em minha frente.

-Filha? - dona Giovana chamou-a, sem obter resposta.

-Sarah?! - chamei, já entrando em desespero.
Giovana me olhou, e depois olhou aflita para a filha. Sentou-se no chão e a pegou em seu colo.

As pessoas formaram um circulo ao nosso redor, e todos estavam sem estender nada ainda.

-Filha? - Giovana passou a mão no rosto dela, que estava com os olhos fechados e parecia estar serena.

-Eu a matei? - pergunto para sua mãe, que me olha assustada e solta um sorriso preocupado.