Carrossel dos Inocentes

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Sob a luz da lua, no meio da floresta

Há um carrossel feito de marfim

Que gira e roda sem um fim

Vamos todos, venham todos, vai começar a festa


No meio da escuridão ele gira

Os cantores cantam ao som da lira

Em volta da floresta, luzes fúnebres

Nesta noite de pesadelos fúnebres


O carrossel, de um branco puro

Feito de almas dos que já se foram

Em sua volta o canto as banshees entoam

Venham todos, não temam o escuro


Girando e rodando estão os inocentes

Pois de bondade estão doentes

De tanto girar já estão no osso

Ali pendurados pelo pescoço


Suas mortes não serão em vão

Sua carne alimentará o Monstro,

Pois aqui estamos escondidos dos outros

Fazendo sacrifícios na escuridão


Aquela é Lia, seu crime é humano

Durante a noite ela teve o fim

Pena, era bela como um serafim

Nós a enforcamos com um pano


Sua carne esta encharcada com bondade

Ela levava a vida com seriedade

De suas boas ações ela nunca descansava

Nós a pegamos enquanto ela se banhava


Aquele se desfazendo é Joaquim

E podemos dizer que seu crime é ruim

Sempre que podia tornava o mundo mais belo

Por isso esmagamos seu crânio com um martelo


No meio da floresta, continuamos a cantar e dançar

Vamos festejar até o sol raiar

Depois, então, nos esconderemos na escuridão da floresta

E devoraremos o que dos corpos nos resta

Vermes, Cemitérios e PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora