Capítulo 1

332 17 1
                                    


Eu me chamo Kathy Skarlet, tenho vinte e dois anos e moro em uma cidade no norte da França na cidade de Blois que se localiza no Valée de la Loire. Esse lugar é conhecido com fosse o jardim da França e as moradias são menores. Porém, existem algumas casas grandes também.

Uma cidade repleta de castelos, de florestas escuras e sombrias, e um dos pontos principais dessa cidade é a beleza das flores que se encontram nos canteiros das casas, mas como todo lugar faz muito frio, muito frio mesmo, chega a ser um frio cortante e dilacerador, e parece que alguém esta lhe enfiando uma faca no meio das suas entranhas em dezembro e novembro. E estamos em dezembro. Ou seja. Estou congelada.

Mais, apesar de tudo isto, com todo este frio, eu não me arrependo de morar. Já pensei em me mudar daqui, conhecer outros lugares, viver uma nova vida, mais, como sempre meu coração diz para eu ficar aqui, e sinceramente, eu não quero ir embora, gosto daqui, gosto dessa minha vida medíocre e tranquila.

Como todo mundo, eu procuro um sentido para a minha vida, uma razão para eu poder levantar da cama todos os dias e se seguir em frente. Algumas pessoas encontram forças no casamento perdido, com esperança de restaurá-lo, transforma-lo em um conto de fadas.

Outras pessoas encontram forças no simples fato de que tem que trabalhar para ganhar o pão de cada dia. Mais, como a vida delas, a minha infância não foi nada de fácil, nela não teve nada de unicórneo e arco-íris, pelo contrario, só teve decepções, tristezas, humilhações e perdas de amigos queridos.

Entretanto, em meio a todas essas tristezas e sofrimentos, eu tive a sorte de receber um presente, presente este que eu não merecia e não esperava de jeito nenhum, e então, este presente foi uma dose de ressurreição, sim, eu ressuscitei dos mortos.

Desde quando eu era pequena a minha mãe me levava para o seu local de trabalho, eu ficava brincando com os seus clientes ou pelas ruas e praças. Mais este trabalho não é um trabalho do qual os filhos se orgulhem, não é trabalho do qual seus filhos possam dizer na escola e saber que não vão sofrer bullyng da turma, a minha mão é uma prostituta, ela trabalha fazendo programa.

Eu sei o que você está pensando, uma mãe leva sua filha para o mundo da prostituição é muita irresponsabilidade da parte dela, ela é muito displicente. Mas, eu quero que você saiba que ela não fez isto porque quis, ela fez isso por que ela não tinha niquem para tomar conta de mim, era apenas eu e ela para lutar contra o mundo, e ainda continua sendo assim, e este foi o único jeito que ela conseguiu fazer para por o pão de cada dia na mesa.

Ela pode ter todos os defeitos do mundo, pode ser a pior mulher da fase da terra, mas, ela é minha mãe, a mulher que eu amo mais que tudo nessa vida e se não fosse ela eu seria apenas um misero ovulo esperando a fecundação. E de outra maneira eu sou muito grata por ela ser a minha mãe, ela me criou, e me deu a oportunidade de enxergar o mundo como ele realmente é, e por este e outros motivos, eu a amo demais.

Certo dia, quando eu tinha apenas treze anos de idade, eu estava correndo pelas causadas escuras e frias de Cannes, procurando algo para fazer, enquanto a minha mãe estava trabalhando, e quando recebeu o seu dinheiro do trabalho, ela se aproximou de mim para me entregar este dinheiro, para que eu guarda-se, pois de certa forma estaria mais seguro comigo do que com ela.

O seu semblante ao me entregar o dinheiro era de angustia, de tristeza e amargura, pois ela estava ali não porque queria e sim porque precisava. Ao receber o dinheiro das suas mãos eu lhe dei um sorriso acolhedor, um sorriso que diz tudo bem mãe, isto é por uma boa causa, e vendo o meu sorriso, ela sorrio de volta, e agora com um semblante tranquilo e um semblante que diz tudo bem é por uma boa causa.

Atração Fatal : Entre dois mundos Onde histórias criam vida. Descubra agora