O enterro.

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Lindsen on.

Trouxeram meu pai ao Brasil, para seu enterro.

Tudo tinha desmoronado pra mim, as coisas não faziam mais sentido, e estava tudo me deixando maluca!

Minha mãe parecia não se importar muito, oque me admirou. Sei que ela tinha se separado e tudo mais, sei que o amor tinha esfriado.

Mas cara, se eu amasse um homem eu ficaria louca se acontecesse alguma coisa com ele.

Pensei um pouco sobre isso, e minha cabeça doeu, então parei.

Desci, tomei café.

Todos estavam rindo, e brincando.

Exceto eu e Nicolas.

Era bom ele estar do meu lado, com todas essas coisas que estavam acontecendo, era bom saber que alguém estava realmente preocupado.
Minha cabeça doía ainda mais, então resolvi deixar aquele "diálogo", e subir pro meu quarto.

Ia tomar um banho, mas escorreguei e cai.

Fiquei lá no chão, chorando..
Era tão triste ver oque tinha acontecido, e mais triste ainda, ver que eu não podia fazer nada.
A dor de ter perdido meu pai, me corroia por dentro
Eu soluçava, e não conseguia parar. Isso estava doendo, e eu não conseguia lidar com a dor.
Ouvi barulhos na porta e logo tentei me levantar. Minha tentativa foi inútil, pois estava sem forças pra nada.

Nicolas entrou no banheiro, e me levantou assustado.

Nicolas: Oque aconteceu?!.- ele me coloca em seu colo, e me leva pra cama.
Lind: Eu não vou aguentar Nicolas.- Ele me abraça.
Nicolas: Vai passar.
Lind: E se não passar?
Nicolas: eu vou estar aqui amor.- Sorriu fraco, e ele me beija.

Eu sei que é meio fora do comum ele me beijar com frequência, mas ele sabia que isso me faria bem.

Nicolas: Vamos, vai ser depois do almoço.
Lind: Eu não vou conseguir ir só. Você vai comigo?
Nicolas: Lind, seria ruim o filho do seu padrasto ir no enterro do seu pai né?
Linda: Por favor. Eu.. Preciso de você.- Ele sorriu

Minha mãe não ia, e eu não sei se conseguiria ir sozinha. E com Nicolas, a minha tristeza se ameniazava, por mais que seja impossível.

♥♥♥♥

Chegamos. Encontrei vários parentes, e pessoas que eu nem sabia que eram da minha família. E é claro, vieram me comprimentar.

"Como cresceu"
"Como está bonita"
"Já está uma moça"

Isso me deixava irritada. Parecia que as pessoas esqueciam o verdadeiro e triste motivo de estarmos ali.

Alguns amigos, subiram e foram dizer algumas palavras. Isso tudo me irritava muito, pois quando o papai era... As pessoas só ficavam perto dele, por causa do seu dinheiro. Ele sabia disso, mas não se importava. Pra mim, todas aquelas pessoas estavam ali inutilmente. Esse dia não podia ficar pior.
Minha Avó, deu a palavra a mim.

Subi do púlpito, peguei o microfone trêmula. Sei que não devia, mas em toda situação, eu ficava bem nervosa de falar em publico.

" Estamos aqui, reunidos hoje..
Aconteceu uma coisa horrível. Que sei, que pra muitos  aqui não faz diferença, mas pra mim, isso foi a pior coisa que podia acontecer. Tudo está embaralhado aqui. - Apontei a minha cabeça  - E eu cinceramente não sei como vou viver. Tudo perdeu sua cor, e..
Me fara muita falta papai. Sei que você não foi o melhor pai do mundo, mas foi o meu melhor pai. Ah, enfim.. Eu nem sei porque estou falando isso, ninguém aqui se importa mesmo ".- Joguei o microfone que caiu no chão, e fez um barulho ruim.

Todos ficaram perplecxos, e isso me dava ódio!
Fomos ver meu pai ser enterrado, e não aguentei. Desabei a chorar, sorte que Nicolas estava lá pra me consolar.

Fomos pra casa, e ele foi dirigindo.

Nicolas: gostei da palavras. Bem, sincera.
Lind: a partir de agora, não vou me recusar a fazer oque eu quero mais por medo.- Ele sorriu, e chegamos.

Entramos na sala de estar, e todos me olharam.

Khatia: Filha! Como...
Lind: Não me toque mulher.- Subi.

Minha mãe com certeza não se importaria com minha arrogância ou minha tristeza. Fazer oque, eu desconto nas pessoas minhas emoções mesmo.

Parecia, que um sentimento em mim, me deixou fria. Não sentia vontade de sorrir mais... Assuntos pra mim que eram essênciais, hoje, quero que se.. foda!

Nicolas entrou no meu quarto, e sentou na minha cama ao meu lado.

Nicolas: Quer chorar?. - ele me abraçou, e chorei tudo oque precisei.

seus ombros eram largos, e isso me me fazia sentir-me de uma forma, "segura".

Ele estava com um gorro cinza.
Coloquei minha mão em seu gorro, e ele sorriu.

Nicolas: Amo suas manias estranhas.- Tentei um sorriso inutilmente.

O beijei.
O melhor beijo que eu pude dar naquele momento. Foi intenso, e me deixou com.. "quero mais".

Nicolas: Ah...- estava perplexo, e sem reação. E muito ofegante.
Lind: eu disse a você que nunca mais me recusaria a fazer alguma coisa que tivesse vontade.- Ele levantou.

Lind: Já vai?
Nicolas: Vou rezar.
Lind: Oque?!.- "surpresa".
Nicolas: É. Pelo seu pai, e pra você acordar amanhã com vontade de tranzar comigo.- Entortei a boca tentando um sorriso.

O levei até a porta, e ele sorriu como despedida.

Lind: Obrigado por tudo. Você é um anjo pra mim Nicolas.- Ele sorriu.
Nicolas: Não se preocupe Lind, seu pai foi pra um lugar melhor. Até porque, qualquer lugar e melhor que esse mundo não? - Ele sorriu, e me abraçou.

Dei um selinho nele...

Nicolas: Eu te amo... Irmã. - Ele completou antes que eu me enchesse de esperança inutilmente claro.
Linda: também te amo, Irmão. - o beijei.
Nicolas: Fica bem.- ele beijou minha testa, e entrou no seu quarto.

Me deitei na cama, e tentei dormir inutilmente.

Inútil
Inútil
Inútil
inútil
Inútil
Inútil

Essa palavra tem tanto a ver comigo não? '--'

O Filho Do Meu Padrasto.Onde histórias criam vida. Descubra agora