Accepted me? *-*

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Acordei.. (cedo, por incrível que pareça). Desci, e ninguém ainda tinha acordado. Deixe me explicar, eu, sou o tipo de pessoa mais bipolar de todos os universos. Um dia eu acordo feliz, outro triste, outro zangada, outro confusa, outro estranha, revoltada.. Hoje, eu estava,esses dois últimos. Não me admiro de minha mãe só ligar pra droga desse casamento dela. Dez de que Ricardo a pediu em casamento, ela não para de falar nisso um segundo sequer. Isso me deixava maluca, porque quando se tratava do papai ela nem dava a minima. E pra quê ela queria um casamento tão especial, e luxuoso desse jeito? Me Deus! Que coisa ipocrita. Eu realmente não estava animada com essa ideia. Tanta coisa de uma maneira tão rápida desabou como uma bomba atômica em meu colo, e eu simplesmente a abracei. Isso era ridículo, mas era realidade. E alem do mas, ela estava certa mesmo. Pra quê negar o inevitável? Tudo isso um dia ia ter que acontecer né? Sua mãe nunca ligou pra sua opinião, e não é por caprichos seus que ela vai deixar de casar se com o homem que "ama". Okay, okay..

As pessoas começaram a acordar, e logo desceu Camila ouvindo uma de suas músicas idiotas que sinceramente na minha opinião, nem deveriam ser chamadas de "música". É só um monte de baboseira que as pessoas falam, colocam melodia, vendem, e os idiotas preocupados em seguir as modinhas idiotas vão lá, e gastam todo o seu dinheiro comprando lixo inútil que não os ajudará em nada.

Camila: Bom dia Lind. -
Lind: Bom dia.- ela sentou.

Logo em seguida, o resto da "familia" chegou. Todos me comprimentaram, e eu só retriubui com sorrisos, pois não estava desposta a ser falsa hoje.
Subi, e passei o dia inteiro no quarto pensando o como eu era idiota. Eu sou tão burra. Porque ainda não tô na faculdade? É isso! Eu tinha começado minha faculdade de psicologia na Flórida, só que como viemos pra cá, tranquei.. Vou voltar as atividades, e ocupar minha mente. Estava tudo resolvido. Desci com meu laptop, pois o sinal de WiFi é bem melhor lá embaixo. Pesquisei, e tinha uma universidade ali perto, e era a melhor de todas. Iria fazer o teste, porque não faz o menor sentido eu pedir dinheiro ao Ricardo. Ele nem é meu pai, eu não tenho pai. Estava vendo, quando o chereta do Nicolas senta ao meu lado, e sorri.

Nicolas: Faculdade? Olha, olha, quem diria.
Lindsen: Meu querido, do contrario de você, eu sou muito apegada aos estudos. Só parei porque tivemos que vir pra essa droga de país.
Nicolas: Hey! Eu tambem sou muito apegado aos estudos tá?
Lind: É mesmo, então porque eu nunca vi você pegar um livro sequer pra ler? Nem gibis.
Nicolas: Você também..
Lind: Não se atreva a terminar essa frase, porque você sabe que está redondamente enganado.
Nicolas: Deu pra ler mentes agora?
Lind: Não meu querido, só que pessoas como você, são muito previsíveis.
Nicolas: Eu também nunca..
Linda: Você sabe que está mentindo. Todas as vezes que você entra no meu quarto eu estou lendo alguma coisa. E você já até se familiarizou com minha Mini biblioteca dentro do meu quarto. Sabes que eu leio, e sabe que não sou como você.- dei um sorriso falso.
Nicolas: Fique sabendo você, que eu também fazia faculdade. Mas tranquei..
Lind: E porque trancou? Eu tranquei a minha, até me estabelecer aqui no Brasil. E não tive tempo pra muitas coisas. Já você, passa o dia deitado nessa casa que já quase faz parte da mobilha. Fica azucrinando a vida dos outros, especificamente a minha, e o tempo que tem usa a metade pra sair pra baladas e festas. Acha mesmo que você gosta de estudar, senhor ocupado?.- Nicolas ficou perplexo, e atrás de mim, ouvi palmas.
Ricardo: Bravo! Lindsen, você resumiu em anos o que eu tento falar pro Nicolas.
Lind: Desculpe, eu..
Ricardo: então, queres fazer faculdade não?
Lind: Claro.. Psicologia se quer saber.
Ricardo: Mas, podia ser uma telepata brilhante.- ele brincou.
Lind: Obrigada, acho...
Ricardo: Faço questão de pagar. Escolha..
Lind: Não! De forma alguma, eu farei o teste, e entro como bolsista.
Ricardo: De maneira nenhuma. Não que Eu duvide de sua capacidade. Lindsen, eu tenho uma coisinha que posso esnobar, e me orgulhar, chamada "dinheiro" ou como você conhece "money". Voce vai fazer essa faculdade, e eu vou pagar com todo prazer. E Nicolas também..
Nicolas: Oque?!
Ricardo: Estou ficando velho e, preciso de alguém pra me substituir quando morrer. Ou você quer que eu deixe a empresa com a Camila?
Lindsen: Porfavor.. Não- Ricardo sorriu.
Nicolas: Sim...
Ricardo: Como sou um bom pai, deixo você escolher uma area.
Nicolas: Odontologia.
Ricardo: Ótimo. - Ricardo se afastou, e Nicolas me fuzilou com os olhos. Eu acho que Ricardo, é uma boa pessoa. Mudou completamente o meu ponto de vista. Entrei no meu quarto, e Nicolas em seguida.

Lind: Quarto você não tem mais ne?.- estava deitada, e me levantei.
Nicolas: Voce tinha quer dizer outras merdas ao papai ne? Não consegue calar essa boca um segundo?.- Me levantei enfrentando-o.
Lind: Nicolas, eu estava falando com você, me defendendo a princípio. O seu pai que ouviu. Não me culpe
Nicolas: Porque você tem que ser... perfeita?!.- eu sorri.
Lind: Então, está me culpando por ser perfeita?
Nicolas: Você é bonita, inteligente, de.. que planeta veio?
Lind: Flórida. - ele sorriu, e sentou.
Um silêncio mortalmente horrível invadiu meu quarto. Eu não sabia se Nicolas dissera aquilo de forma meiga, ou como se fosse uma ofensa. Confeso, achei fofo quando ele perguntou porque eu era perfeita. Deu pra ver que ele não estava com nenhum sintoma de galanteismo. Se é que essa palavra existe. Só sei, que Nicolas interrompeu o silêncio.
Nicolas: você fala inglês?. - gargalhei com aquilo.
Lind: Claro que não. Eu morei quase a minha vida inteira na América, onde as pessoas falam inglês, e não sei falar inglês.- disse irônica, e ele sorriu.
Nicolas: Odeio seu sarcasmo. Mas, eu também falo se quer saber.
Lind: Nossa, maneiro..
Nicolas: Er, meu pai achou melhor me alfabetizar em inglês e português. Claro, inglês primeiro.
Lind: Meu pai fez a mesma coisa.- ele sorriu dirigiu se até a porta, e me olhou..

Nicolas: Accepted me?.- ele saiu.

Ah! " Me aceita? " que fofo!
E pela primeira vez, eu não vi aquele jeitão de galanteador do Nicolas. Ele só estava sendo, um garoto doce, meigo, fofo.. que por muito tempo eu demorei pra perceber, mas ele só estava sendo ele mesmo.

Accepted me? Aaaaaaaaa *-*

O Filho Do Meu Padrasto.Onde histórias criam vida. Descubra agora