Loving can hurt

It can't be real

Finalmente já estava tudo certo para que Lisa finalmente pudesse entrar pra faculdade, naquela bela manhã de terça feira eu tinha conseguido escapar por algumas horas e agora era só dar a notícia quando ela chegasse em casa, uma coisa eu tinha que concordar com um certo alguém, ajudar as pessoas é extremamente bom, eu já estava emocionada imaginando a felicidade de Lisa ao receber a notícia. Enquanto ela não chegava eu ia arrumando algumas coisas no quarto da minha pequena, claro, Lisa já tinha feito quase tudo porque de acordo com ela eu não posso fazer nenhum esforço, na verdade, se fosse por ela eu ficaria o dia todo deitada e comendo, o que não é lá uma coisa muito ruim.

O quarto estava simplesmente lindo, não era nada extravagante, pois apesar de ser uma nova mulher, eu não queria padronizar minha filha, ela seria do jeito que ela quisesse ser e eu estaria ali ao lado dela pra apoiar e amar, pra ser tudo o que não foram por mim, eu não deixaria por nenhum segundo minha filha sentir a ausência de um amor, de um cuidado, de um carinho, eu serei pra ela uma mãe, a melhor amiga, meus braços nunca se fecharão, meu amor seria incondicional, Lisa tinha feito uma decoração tão suave, paredes pintadas num roxo suave com detalhes em branco, um espaçoso berço branco, uma poltrona, cama, brinquedos, armário, cômoda, estava tudo tão impécavel que as vezes eu tinha medo de tocar em qualquer coisa, tolice eu sei, mas meus olhos brilhavam com tanto amor que Lisa dedicava por nós, eu simplesmente não conseguia encontrar uma forma de retribuir ao mesmo nível, mas eu sabia que uma certa carta que estava sobre a cama dela me dizia que ao menos uma parte de todo aquele carinho eu poderia retribuir de alguma forma.

Não demorou muito para que uma certa pessoa começasse a chutar minha barriga, ultimamente ela tem feito muito isso, certamente estava me achando com cara de bola futebol uma vez que eu estava completamente redonda, sai do quarto e fui pra cozinha preparar alguma coisa pra comer, três coisas mudaram desde que descobri sobre a gravidez, meu apetite, minhas idas ao banheiro e meu nível de sono que dobrou ou triplicou, sei lá, só sei que era extremamente bom ficar na cama.

Enquanto eu preparava alguma coisa pra comer e que fosse rápida e prática, escutei alguém bater na porta, o que era muito estranho uma vez que Lisa tem a chave de casa e não é como se nós recebessemos muitas visitas, deixei as coisas em cima do balcão da cozinha e fui caminhando o mais rápido que a minha barriga de quase sete meses permitia, a pessoa parecia muito desesperada pois não parava de bater e isso me assustou completamente achando que poderia ter acontecido algo com Lisa, minhas mãos estava frias e ao abrir a porta eu nunca desejei tanto que fosse alguém procurando ou trazendo notícias sobre ela, porque ao ver quem estava na porta eu senti minhas pernas ficarem fracas e antes que tudo ficasse preto na minha frente e eu caísse desmaiada, um único nome saiu da minha boca.

- Romero?