Capítulo 2

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Ana é o ser mais lindo e encantador desde mundo. Ela com aqueles cabelos castanhos fogo, olhos azuis profundos juntos com as sardas deixam ela uma verdadeira anjinha. Mas na primeira semana que ela chegou aqui em casa, anjinha é a última coisa que ela deseja ser. Ela dorme tranquilamente durante todo o dia, mas a noite ela resolve chorar feito doida, o que tem feito todos nessa casa ficarem loucos. Não estou reclamando da nossa nova e pequena moradora da casa, mas pra que chorar a noite? Justo quando eu quero uma noite tranquila de sono?

Já é madrugada e hoje eu levantei para cuidar da pequena Ana, já que a coitada da Camila parece um zumbi ambulante todas as manhãs. Enfim acalmei a pequena e ela volta a dormir tranquilamente em seu berço rosa.

- Espero que essa fase passe logo e você seja o anjinho. - Fala beijando sua testa de leve saindo do quarto.

Perdi o sono, minha cabeça da voltas e tudo que eu quero agora é paz. Não sei que horas exatamente são, mas já passa da meia noite. Vou até a minha janela abrindo a mesma é deixando a brisa gelada levar com si todo meu cansaço de dias. Sem pensar muito, pulo para a sacada de Urieel entrando no seu quarto. Isso já se tornou um hábito, tanto é que ele nem tranca mais a seu janela pois sabe que a qualquer momento irei pular a minha sacada e irei vir até aqui.

Seu quarto está escuro e ao contrário da noite lá fora, está quente. Vejo meu Sol deitado só de calça moletom dormindo pacificamente em sua cama. Aproximo da mesma com cuidado, me sento na beirada e olho ipnotizada para aquele que em meses tem me feito feliz, que tem me feito a garota mais feliz e bem do mundo.

- Tira foto que dura mais. - Diz ele rouco.

- Já tenho várias de você dormindo assim. - Dou de ombros.

- Ana novamente? - Pergunta ele agora já mais acordado.

- Sim. - Suspirro pesado. - Confesso que com meus avós aqui era mais fácil.

- Achei que eles iriam ficar mais tempo. - Diz ele. - Afinal amanhã já é véspera de Natal.

- Eles iriam, mas tiveram que voltar e vão passar o Natal em sua casa mesmo, sem contar que Camila é teimosa e queria tomar conta da Ana sozinha, mesmo sabendo que não iria dar conta.

- Quando nós tivermos filhos, minha mãe vai nos ajudar nos primeiros dias. Não quero você morta de cansada. - Diz ele distraído.

- O que, Sol? - Pergunto boquiaberta. - Você escutou o que disse?

- Sim, anjo. - Diz ele sorrindo de lado. - Quero ter filhos com você, algum problema?

- Não. - Digo e ele se senta na cama. - Só nunca pensei nisso.

- Pois trate de pensar. - Diz ele. - Em um futuro não muito distante iremos ter nossa família.

- Sabe, pensando agora, até que não é uma má ideia. - Digo rindo.

- Não mesmo. - Fala ele me puxando para si. - Meu sonho é ter uma menina com seus olhos.

- E o meu é ter um menino com seus olhos e sorriso, Sol. - Digo encostado minha testa na sua.

- Por que me chama de Sol? - Pergunta ele.

- Por que essa pergunta? - Pergunto confusa.

- Por que em todos esses meses em que a gente namora você sempre me chama de Sol e até hoje não sei o porque. - Ele fala olhando em meus olhos.

- Você tem importância para mim assim como o Sol é importante para a humanidade. - Digo. - Você, assim como um Sol nascente, entrou em minha vida para me dar a oportunidade de uma nova eu, para me mostrar que todo dia é uma nova chance de ser feliz, para esquentar meu coração . Você foi como o Sol que mandou embora para longe a escuridão que ao meu redor estava, você é o Sol da minha vida. - Beijo seu nariz e ele sorri. - Agora é minha vez. Porque me chama de anjo? - Pergunto.

- Porque você entrou em minha vida como um anjo com assas machucadas. A partir do momento que vi suas feridas quis cuidar de ti, quis fazer com que elas se curassem, quis te proteger e te amar. Quando seus feridas já estavam todas curadas e você já podia voar, você não voou, você ficou. Ficou comigo. - Diz ele com olhos brilhantes.

- Nunca iria ir embora, mesmo com todas as razões para parti. Você se tornou meu lar, meu Sol. - Digo selando nossos lábios.

O calor do seu corpo me acalma, seus lábios tão familiar me da paz e tudo que eu quero e ser dele, por completo. Ele me puxa mais para si, coloco minhas pernas uma de cada lado do seu corpo acabando com qualquer espaço entre nós. Minhas mãos viajam por seus cabelos já maiores do que antes, ele morde meu lábio inferior e é quase inevitável eu não soltar um gemido.

- Acho melhor a gente parar por aqui. - Diz ele ofegante.

- Eu não quero parar... - Falo quase sem ar.

- Nós nunca passamos disso, tem certeza? - Ele me olha confuso.

- Eu acabei de dizer que você é meu lar. - Falo tocando com minha mão seu rosto. - Quero isso, quero me entregar a você e ser sua por completo e ter você por completo.

- Eu já sou seu por completo. - Diz ele e eu sorrio. - Mas tenho medo de te machucar.

- Você não vai me machucar, Urieel. - Falo serio. - Eu quero isso e eu amo você mais do que o suficiente para ser com você.

Nós nunca passamos da fase de amassos e beijos, ele nunca me pressionou para tentarmos algo a mais, o que me fez ama-lo ainda mais. Ele sempre foi paciente e respeitou meus limites. Mas hoje sinto a necessidade de tê-lo em mim, de ser dele por completo. Me sinto pronta para me entregar de corpo e alma ao meu Sol.

- Eu te amo, anjo. - Ele beija cada pedacinho do meu rosto. - Se quiser para e só me avisar, ok?

- Ok. - Digo em sussurro.

Com cuidado ele me deita em sua cama. Fecho meus olhos e sinto o seu corpo quente em cima de mim. O mundo ao nosso redor parece simplesmente desaparecer. Aos poucos ele começa e beijar meu pescoço o que faz meu coração bater forte e só comprovar de que a minha escolha foi a certa.

A primeira peça de roupa a desaparecer é a minha blusa do pijama. Ele deposita beijos por todo o meu colo e vai descendo até o meu short do pijama.

- Tem certeza disso? - Ele me pergunta com insegurança na voz.

- Mais do que certeza, Sol. - Digo abrindo meus olhos para olhar nos seus. - Eu te amo. - Sussurro e volto a fechar meus olhos.

Sinto suas mãos quentes puxarem o meu short para baixo. Por segundos prendo minha respiração com um certo medo do que pode acontecer daqui para frente. Do nada sinto seu corpo pesado e mais do que quente ficar em cima de mim.

- Você é linda. - Sussurra ele em meu ouvido mordendo o mesmo, ao mesmo tempo que ele roça sua ereção em minha virilha me fazendo gemer.

Meu outro gemido é sufocado pela boca de Urieel que devora a minha com vontade, com desejo. Naquele momento, o medo ou insegurança que estavam em mim foram embora por completo e ali, naquele momento, só se restou nós dois e nosso desejo de pertencermos um ao outro.

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A pequena Ana lá em cima.
Bjs e até o próximo amores! ❤

Give Me Love - A Última FotografiaOnde histórias criam vida. Descubra agora