Quatro e meia da manhã...

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Quatro e meia da manhã e ele toca-lhe à porta. Joana puxa-o pelo queixo e beija-o bem fundo como se do primeiro se tratasse.
E era.

Não houve caricias, preliminares nem reconhecimento facial. Era a primeira troca de olhares, ainda de luzes apagadas, sem conhecerem o som da própria voz, estado civil, ou o cheiro do olhar, já os corpos ferviam um contra o outro como se se pertencessem. Como se tivessem estado juntos antes. Como se fosse um reencontro antigo por realizar. Como se fossem um do outro desde do antigamente.

A cru e nu, o corpo peludo crava-lhe nos olhos e agarra-a pelas mãos. Uma por cada.
Forçando-a a ficar, ficar e sentir.

O domínio foi logo dele.
Todo dele.

Sim, ela era dele.

Um Desconhecido em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora