Capítulo 2 - Sentindo-se deslocada

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Estando eu deitada, fiquei imaginando o porque do Dylan ter me tratado daquela forma. Segurei firme no pingente que meus pais me deram e lembrei das palavra de minha mãe...

- Fale, MAS não domine a conversa;

- Faça perguntas, MAS não seja intrometida;

- Seja amigável, MAS não flerte;

- Seja confiante, MAS não arrogante;

São tantos mas... Que me pergunto se fiz algo de errado. Será que fiz?

Escrevendo em um pedaço de papel , coloquei as seguintes palavras:

 - Me sinto perdida
Deslocada...
Talvez seja isso
Eu sou uma estranha no meu próprio mundo.
Isso é tão irônico, pois eu lutei tanto
pra construí esse mundo que agora, me sinto perdida
Talvez, você tenha razão
Talvez, eu tenha um parafuso a menos ou a mais
Eu queria ser normal...
Esse vazio me faz mal.

Guardei a folha dentro do livro e resolvi ir dormir. Mas antes que eu fosse meu celular toca...

-  Alô? - Perguntei.

- Filha?- Perguntou minha mãe.

- Porque você não me ligou quando chegou? Estava tão preocupada, sem saber como você estava... 

- Calma mãe! Estou bem, Não tive tempo de te ligar, foi tudo tão corrido... As aulas e tal e resolvi ficar no dormitório mãe, não sei se quero morar em um apartamento e sozinha, não me sentiria bem.

- Filha, quero que você pense melhor tá bem? Você não pode ficar todo esse tempo morando no dormindo da Universidade! - Exclamou ela.

- Relaxa tá bom!? Não se preocupe! Além do mais é super normal, existem alunos de vários lugares aqui e está sendo ótimo! Mas eu prometo que pensarei no caso, agora vou dormir mãe, amanhã tenho que estar de pé bem cedo.

- Já? Mas só são 22hs! - Disse ela.

- Aqui já são 1hs da manhã mãe! Esqueceu que são três horas adiantados aqui em Londres?

- Tinha esquecido querida. Boa noite! Mamãe te ama! - Disse ela.

- Boa noite mãe... Também amo você.

Amanheci com uma enxaqueca horrível! Como é que eu posso ter raiva de alguém sem ao menos conhecer? Mas eu tenho! Droga! O que eu fiz para ele não gostar de mim? O que será que eu despertei nele? Com certeza o pior de mim.

— Olhei o despertador e já estava quase na hora de ir para aula! Fui cuidar! — Exclamei!

Coloquei uma calça jeans, moleton, botas e fiz uma trança básica nos cabelos. Amo tempo frio! Meus cabelos ficam com mais vida! Haha'

Chegando na sala, me acomodei, abri o notbook e fiquei aguardando o professor.

de repente... Psiu!

No momento não dei atenção, até por que não me chamo psiu!

Então... Alice! — Gritou ele.

Olhei e era o Heitor.

— Oi, tudo bem? — Respondi meio envergonhada.

— Posso me sentar ao seu lado? — Perguntou ele.

— Claro que sim. — Respondi.

— Então... Não sabia que estava na aula de EPISTEMOLOGIA .

— E eu não sabia que você estaria nessa aulas. — Falei.

Bom, agora você sabe e estou muito feliz!

— Por que está tão feliz? — Perguntei?

— Por estar aqui com você. — Respondeu ele.

Fiquei meio sem graça, desde o primeiro momento que ele me encarou e não queria largar minha mão. Ele ainda estava me encarando e foi nesse momento que o professor entrou na sala.

— Bom dia turma! Sou o professor Arthur. Hoje iniciaremos com Epistemologia que é: O ramo da Filosofia que trata da natureza...

A aula termina e começo a caminhar enquanto o Heitor me segue.

— Foi bom te ver Heitor. — Falei.

— Espera Alice! — Exclamou ele.

— Deixa eu te acompanhar, ser seu amigo.

Olhei para ele e vi aquele olhar doce... Tudo bem. — Respondi.

enquanto caminhavámos, nos sentamos na grama, de baixo de um pé de árvore enorme.

Perguntei a ele o que tinha de errado com o Dylan, o que eu tinha feito de errado e tal...

É sobre ele que você quer falar? — Perguntou ele.

Fiquei meio sem graça pois eu sabia que ele queria falar sobre outra coisa.

Desculpe! Você tem razão, estou sendo uma boba.

— Mas se você quer mesmo saber, o Dylan não é um cara fácil de se conviver. Ele é assim na dele, não é de conversar muito. Apesar da estranhesa, não se acanhe, não se deixe abater pela forma prepotente dele, aliás você não vai querer se envolver com ele. Se você for esperta vai querer ficar longe dele. — Falou.

Aquelas palavras foram como um choque! Fiquei paralisada por um momento.

— Você está bem? — Perguntou ele.

— Sim, estou! — Respondi.

— Desculpa por ter te falado isso. — Disse ele.

— Não, eu estou bem! Obrigado por te me alertado.

Sorrimos um para o outro.

— Então , você não quer saber nada de mim? — Perguntou ele.

— Por que decidiu vim para Londres? — Perguntei.

No início tinha curiosidade de visitar Londres e depois decidir cursar Psicologia.

Acho incrível Estudar a mente e o comportamento humano.

— Não sabia que iria cursar Psicologia. Pensei que estava pagando alguma disciplina por fora— Falei meio surpresa.

— E não gostou de saber disso? — Perguntou ele.

— Claro que sim! Por que eu não iria gostar? — Respondi.

— Agora estarei mais perto de você Alice! — Respondeu ele segurando minha mão.

De repente nos deparamos com o Dylan nos olhando de longe. Heitor acenou mas ele virou as costas.

— Que estranho! Por que ele não veio falar com você? — Perguntei.

— Porque ele é estranho Alice ou porque eu estou com você — Falou.

— Mas se for a segunda opção não tem lógica alguma. Como você mesmo disse: Não tem razões para ele ficar com raiva de nós dois. Ele não gosta de mim e somos amigos.

— É! Somos amigos — Falou ele baixinho.

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⏰ Última atualização: Feb 02, 2016 ⏰

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